domingo, 13 de setembro de 2020

FIM, mas…



Chegam ao fim as Feiras do Livro de Lisboa e Porto 2020, mas os livros Sistema Solar e Documenta continuam, como sempre, disponíveis — ou podem ser encomendados — na sua livraria habitual, na nossa livraria da Rua Passos Manuel, em Lisboa, e em


Marque encontro com os livros Sistema Solar I Documenta. 
Bons encontros e boas leituras.

quinta-feira, 3 de setembro de 2020

Biografia e Poesia Reunida de Leonor de Almeida



Apresentação conjunta da biografia e da poesia reunida de

LEONOR DE ALMEIDA

Auditório Sul da Feira do Livro de Lisboa 2020
4 de Setembro de 2020, sexta-feira, às 18 horas


«Tudo começou com um quadro: Leonor, esteticista e amiga da minha avó desde os anos 50, vendeu-lhe uma pintura surrealista de João Moniz Pereira, que teria pertencido a Alexandre O’Neill. Resolvi seguir o rasto da senhora, na esperança de obter mais informações sobre a tela, e descobri Leonor de Almeida — não a Marquesa de Alorna, com quem partilha o nome —, mas uma das mais invulgares poetas do século XX.» [Cláudia Clemente, Tatuagens de Luz, https://www.sistemasolar.pt]

Homónima da Marquesa de Alorna, Leonor de Almeida (1909-1983) publicou, entre 1947 e 1960, quatro livros de poesia aclamados pela crítica: João Gaspar Simões integrou-a no rol «dos melhores poetas portugueses contemporâneos»; Jacinto Prado Coelho saudou-lhe a «personalidade lírica invulgar»; Artur Portela descreveu-a como um «dos casos mais extraordinários da poesia moderna»; em 1951, a revista A Serpente destacou-a como autora dos «mais fortes poemas até hoje assinados por um nome de mulher em Portugal»; E.M. de Melo e Castro e Natália Correia incluíram-na em antologias de referência. Depois, Leonor eclipsou-se numa treva de silêncio e mistério. Este volume [Na Curva Escura dos Cardos do Tempo: Poesia Reunida, https://pontodefuga.pt/) resgata ao esquecimento a obra de uma das mais espantosas poetas do século XX português.


Leonor de Almeida nasceu no Porto, a 25 de abril de 1909. Colaborou com os principais jornais e revistas dos anos 40 e 50. Viveu em Londres, Paris, Copenhaga. Publicou quatro livros de poesia. Depois desapareceu e foi esquecida. Habitou incógnita em Lisboa, onde morreu sozinha, em dia incerto de maio de 1983. Além de poeta, foi enfermeira, fisioterapeuta, esteticista, mãe, viajante, aventureira, corajosa, pioneira, mas, acima de tudo, um espírito livre muito à frente do seu tempo.
 

Cláudia Clemente é arquitecta de formação e estudou cinema em Barcelona e Lisboa. Divide o seu trabalho entre a escrita e a realização cinematográfica, a ficção e os documentários. Publicou dois livros de contos, O Caderno Negro (2003) e A Fábrica da Noite (2010), e a peça Londres (2012), vencedora do Grande Prémio de Teatro da SPA/Teatro Aberto. O seu primeiro documentário, & etc., foi premiado nos festivais Doc Lisboa e IMAGO’07. Estreou-se no romance em 2014, com A Casa Azul

Tatuagens de Luz — Para uma imagem de Leonor de Almeida I Cláudia Clemente


Tatuagens de Luz — Para uma imagem de Leonor de Almeida 
Cláudia Clemente 

ISBN 978-989-9006-43-0 | EAN 9789899006430 

Edição: Agosto de 2020 
Preço: 17,92 euros | PVP: 19 euros 
Formato: 14,5 x 20,5 cm (brochado) 
Número de páginas: 336 (a cores) 

Com a Câmara Municipal do Porto


O que tinha eu, no princípio de tudo? Pouco, muito pouco, quase nada. Um quadro, três nomes, a memória descarnada de uma figura de mulher lá pelos anos 50. Pouco. Duas antologias com poemas e uma revista. Muito pouco. A recordação vaga de um filho na Suécia. Quase nada. 



Tudo começou com um quadro: Leonor, esteticista e amiga da minha avó desde os anos 50, vendeu-lhe uma pintura surrealista, de João Moniz Pereira, que teria pertencido a Alexandre O’Neill. Resolvi seguir o rasto da senhora, na esperança de obter mais informações sobre a tela, e descobri Leonor de Almeida — não a Marquesa de Alorna, com quem partilha o nome —, mas uma das mais invulgares poetas do século XX. 
Leonor, que se disfarçava usando uma peruca quando trabalhava como esteticista, foi uma autora surpreendente, aclamada pelos mais importantes críticos da época, de João Gaspar Simões («dos melhores poetas portugueses contemporâneos») a Jacinto Prado Coelho («dos casos mais extraordinários da poesia portuguesa»). A sua obra foi incluída em antologias, como a Antologia da Novíssima Poesia Portuguesa (1959), de Maria Alberta Menéres e E.M. de Melo e Castro, ou a Antologia de Poesia Portuguesa Erótica e Satírica (1965), de Natália Correia. Colaborou com poemas, artigos e entrevistas nos principais jornais e revistas dos anos 40 e 50. Viveu em Londres, Paris, Copenhaga. Publicou quatro livros de poesia. Depois desapareceu, e foi esquecida.
[Cláudia Clemente]





Arquitecta de formação, Cláudia Clemente divide o seu trabalho actual entre a escrita e a realização cinematográfica, entre a ficção e os documentários. Nascida no Porto em 1970, estudou arquitectura nessa cidade e cinema em Lisboa e Barcelona. Licenciou-se em arquitectura na FAUP em 1995. Publicou o seu primeiro livro de contos, O caderno negro, em 2003, na Editora Tinta Permanente, e o segundo, A fábrica da noite, na Editora Ulisseia, em 2010. A sua peça Londres foi vencedora do Grande Prémio de Teatro SPA/Teatro Aberto 2011, e editada pela Imprensa Nacional – Casa da Moeda. Publicou o seu primeiro romance, A casa azul, em 2014. Concluiu o curso de Escrita de Argumentos para Longas-metragens da Gulbenkian, com a London Film School, em 2006. Terminou o curso de cinema na Restart, em 2007. Os seus contos foram editados em Portugal, Espanha e Itália. Realizou quatro curtas metragens e um documentário. Foi responsável pelos argumentos, storyboards, realização, direcção de arte, montagem e (na maioria dos casos) produção dos seus próprios filmes. Estes já foram exibidos em Portugal, no Brasil, no Uruguai, na Índia, em Cuba e em Itália, tendo sido premiados em diversos festivais.