segunda-feira, 13 de novembro de 2023

Jésus-la-Caille

 

Jésus-la-Caille
Francis Carco

Tradução e apresentação de Aníbal Fernandes

ISBN 978-989-568-071-9 | EAN 9789895680719

Edição: Outubro de 2023
Preço: 15,09 euros | PVP: 16 euros
Formato: 14,5 × 20,5 cm (brochado, com badanas)
Número de páginas: 184

O controverso aparecimento de Carco como romancista. A homossexualidade masculina com uma audácia então desconhecida na literatura francesa. E o nome Jesus a baptizar… inocentemente… um gigolô.



 

Em 1914, o ano em que foi publicado pela primeira vez Jésus-la-Caille, Francis Carco só tinha como antecedentes literários uns quantos versos a que o autor chamava canções agridoces e podiam ser lidos em edições pobres, com reduzida circulação nas livrarias. Viviam-se dias de guerra, mas com uma presença editorial marcada por alguns sobressaltos. Poucos meses antes, os leitores franceses tinham sido surpreendidos com os versos de Alcools de Apollinaire e os de La Prose du Transsibérien de Blaise Cendrars; Barrès publicava o seu melhor livro, La Colline inspirée, e Martin du Gard provocava amenamente os católicos com Jean Barois; Proust dava a conhecer uma primeira amostra do seu enorme romance, e chamava-lhe Du Côté de chez Swann; Alain-Fournier, a poucos meses da bala alemã que o ia matar, mostrava-se com todas as seduções do seu Le Grand Meaulnes; Gide supunha-se impertinente com Les Caves du Vatican e Raymond Roussel fora de todas as regras com Locus Solus; o Jean-Christophe de Romain Rolland recebia o Grande Prémio da Academia Francesa.

No meio desta efervescente convivência criativa Jésus-la-Caille, a primeira obra em prosa de Francis Carco (que viria a ter a sua versão definitiva em 1917), levantava hesitações conservadoras aos editores de Paris. Era a primeira vez que a homossexualidade masculina da prostituição de engate surgia com tanta audácia num romance da literatura francesa. Ainda por cima, com um título que se atrevia a dar o nome de Jésus a um gigolô e a acrescentar-lhe na alcunha um La Caille, que embora significasse na linguagem vulgar uma inocente codorniz, tinha no calão da época o sentido de «a trampa». O som destas palavras, que num inevitável desvio de significação poderia sugerir Jesus a Trampa, era um mau gosto que roçava o sacrilégio. (Registe-se que muitos anos depois, em 1955, o banal filme de André Pergament baseado neste romance — com um dos primeiros papéis no cinema de Jeanne Moreau — achou que devia adoçar o seu título para um bem comportado M’sieur La Caille).

[Aníbal Fernandes]

Carmen seguido de Lokis

 

Carmen seguido de Lokis
Prosper Mérimée

Tradução e apresentação de Aníbal Fernandes

ISBN 978-989-568-112-9 | EAN 9789895681129

Edição: Outubro de 2023
Preço: 14,15 euros | PVP: 15 euros
Formato: 14,5 × 20,5 cm (brochado, com badanas)
Número de páginas: 160


Dois pontos altos nas novelas de Mérimée. «Carmen», a oportunidade de uma dissertação sobre o mundo dos ciganos ibéricos. «Lokis», um fantástico de escabroso subentendido que recupera e transtorna uma lenda da tradição eslava.




Um livro onde Carmen e Lokis surgem reunidos pode não ser mais do que a associação de dois pontos altos na série de contos e curtas novelas que se fizeram o essencial na obra literária de Prosper Mérimée; mas reúne, além disto, duas histórias--pretexto; ou seja, em Carmen a oportunidade de uma dissertação sobre o mundo e os hábitos dos ciganos ibéricos; em Lokis um fantástico de escabroso subentendido que recupera e transtorna uma lenda da tradição eslava, aqui deslocada até à Lituânia como pretexto para uma reflexão sobre a estranha língua samogítica que Mérimée designa no texto com a forma popular jmud.

Mérimée nasceu em Paris no mês de Setembro do ano 1803; o seu pai, pintor de quadros banais, tinha o curioso nome de Léonor Mérimée; a sua mãe anglófila, culta e autoritária, dominou o filho com uma possessiva relação edipiana e durante toda a vida incitou-o à prudência de um celibato que ele temperou com relações cuidadosamente desviadas da vigilância materna. «Não podes confiar nas mulheres» — dizia ela, cautelosa ao ponto de mandar gravar-lhe num anel uma variante mais vaga do mesmo conselho: «Lembra-te de que deves desconfiar», uma frase que surgia no aro de ouro em minúsculas letras gregas e se reduzia, na gramática pessoal de Madame Mérimée, aos perigos de convivências mais íntimas com o elemento feminino.

[…]

Mérimée, um dos românticos mais corajosos e marcantes da sua geração, teve de J. Barbey d’Aurevilly esta curiosa frase: «Talento brilhante e negro como a Espanha que ele pintou, e com um refinamento que chega à malvadez. Há Goya em Mérimée.»

[Aníbal Fernandes]

quarta-feira, 8 de novembro de 2023

Callas e os Seus Duplos — Metamorfoses da Aura na Era Digital

 

Callas e os Seus Duplos — Metamorfoses da Aura na Era Digital
João Pedro Cachopo


ISBN 978-989-568-114-3 | EAN 9789895681143

Edição: Outubro de 2023
Preço: 16,98 euros | PVP: 18 euros
Formato: 14,5 × 20,5 cm (brochado, com badanas)
Número de páginas: 232 (a cores)


«Quase meio século após a morte de Maria Callas (1923-1977), o mito da cantora persiste. Somando-se a exposições, documentários e biografias, multiplicam-se os projectos em que os novos meios desempenham um papel decisivo: um dueto virtual, um espectáculo holográfico, uma ópera multimédia.

Callas e os Seus Duplos examina o paradoxo que atravessa estes projectos. Por um lado, o fascínio pela disseminação de imagens, cópias e duplos é manifesto, e é com entusiasmo que se recorre a meios digitais para reanimar a memória e o legado da intérprete. Por outro lado, mantém-se a obsessão pelos valores do original: a autenticidade, a presença, a imediatez. Afinal, numa era marcada pelo triunfo da reprodutibilidade técnica, a aura sofre um declínio ou uma metamorfose? E o que nos diz a aceleração do mito de Callas, não apenas sobre a artista, mas também sobre nós e sobre o nosso tempo?»

[João Pedro Cachopo]

As 4 Idades da Filosofia — E Outros Textos

 

As 4 Idades da Filosofia — E Outros Textos
Sousa Dias


ISBN 978-989-568-113-6 | EAN 9789895681136

Edição: Outubro de 2023
Preço: 15,09 euros | PVP: 16 euros
Formato: 14,5 × 20,5 cm (brochado, com badanas)
Número de páginas: 172

As grandes épocas históricas da filosofia: sua distinção do ponto de vista da concepção predominante em cada uma delas do pensamento e da própria filosofia — De que falamos quando falamos de arte contemporânea? — Poesia, ofício e não epifania: captura do inefável na linguagem — Cinema e literatura, condições e limites da traduzibilidade entre si das artes — Manuel Rosa, ou a essência desnudada da escultura — Empédocles, a sua actualidade, e as duas imagens dos filósofos: a imagem histórica-filosófica e a imagem extra-histórica, intemporal.




O título deste texto [«As 4 Idades da Filosofia»] repete o de outro, publicado num livro anterior. Tratava-se aí de diferenciar as idades históricas da filosofia na óptica das categorias finito/infinito. Aqui, trata-se de diferenciar essas mesmas idades mas em função das concepções do pensamento mais características de cada uma delas. Inspira-nos, neste desígnio, a distinção introduzida por Deleuze entre ideologia e noologia e as teses noológicas por ele expostas no seu ensaio sobre a filosofia. Ideologia, no sentido dessa distinção, remete para o estudo das doutrinas dos filósofos, dos seus sistemas de ideias, das suas constelações de conceitos. Em contrapartida, a noologia tem por objecto o estudo daquilo a que aquele filósofo chama as «imagens do pensamento», quer dizer, das respostas, tantas vezes implícitas, dos filósofos à questão «o que é pensar?», «o que é filosofar?». A noologia (de nous, palavra grega para espírito, ou pensamento) consiste, pois, na tematização das formas filosóficas de pensar tomadas em si mesmas, do pensamento do pensamento, da auto-imagem do filosofar pressuposta por cada filosofia, por toda a ideação conceptual, pela criação de ideologias filosóficas.

[Sousa Dias]

1983

 

1983
João Pedro Vale, Nuno Alexandre Ferreira

Textos de Maria e Armando Cabral, Alexandre Melo, João Pedro Vale e Nuno Alexandre Ferreira, Mário Cesariny, André Tecedeiro
Tradução de Colin Ginks
Design gráfico de vivóeusébio

ISBN 978-989-568-109-9 | EAN 9789895681099

Edição: Outubro de 2023
Preço: 26,42 euros | PVP: 28 euros
Formato: 15 × 24 cm (brochado)
Número de páginas: 332 (a cores)

Edição bilingue: português-inglês
Com a Rialto6


«Uma cama de alarme antes da eternidade» Mário Cesariny, «O Navio de Espelhos», in Titânia e a Cidade Queimada, 1977

 



1983 é título de uma instalação e performance evocando uma cena de rua, em noite chuvosa, numa zona de Lisboa por vezes chamada marginal no que a sexo diz respeito. Uma paragem de autocarro, dois homens sentados.

1983 é também o ano das primeiras notícias sobre SIDA em Portugal. Uma crise global revelou então — como hoje a emergência climática, a COVID ou o terrorismo de Putin — a eminente vulnerabilidade da vida e liberdade humanas.

A SIDA revelou também a homofobia estrutural que atrasou de modo criminoso as decisões políticas necessárias para a enfrentar e desencadeou uma vaga de militâncias que hoje, quarenta anos depois, manifestam evoluções significativas nas lutas anti-racistas, feministas e contra o totalitarismo heteronormativo, constituindo decisiva parte integrante da luta contra as novas vagas com vocação neofascista (de Trump a Bolsonaro).

Em Portugal, por razões históricas que se podem considerar evidentes (o longo período de ditadura política e a hegemonia das versões mais conservadoras da religião católica), não há uma linhagem explícita de «arte gay» (nem mesmo nos anos 60) e muito menos uma presença significativa das temáticas e debates queer na área das artes plásticas. O trabalho de João Pedro Vale e Nuno Alexandre Ferreira, além da relevância no campo específico da escultura/instalação e dos «filmes de artista» — nomeadamente variações queer, ou camp, a partir de Moby Dick e Werther —, tem uma relevância política e ideológica que em Portugal podemos considerar excepcional.

[Alexandre Melo]

O Armário – 40 Modos de Usar


O Armário – 40 Modos de Usar
Mariana Gomes, Armanda Duarte, António Caramelo, Bárbara Assis Pacheco, Carlos Correia, Pedro Vaz, Marta Caldas, Thierry Simões, Ana Vidigal, Rui Horta Pereira, Hugo Barata, António Olaio, Catarina Leitão, Felipe Arturo, Tomás Cunha Ferreira, André Alves, Jaime Welsh e Manuel Tainha, Jérémy Pajeanc, Raquel Melgue e Sónia Baptista, Cecília Costa, Sara & André, João Jacinto, Ana Jotta, Gonçalo Barreiros, Rita GT, Nuno Henrique, Bruno Cidra, Constança Arouca, Alice Geirinhas, Diogo Evangelista, João Marçal, Sara Mealha, Francisca Aires Mateus, Andreia Santana, André Romão, Martinha Maia, João Fonte Santa, Musa paradisiaca, António Júlio Duarte e Sandro Aguilar, Lea Managil

Edição de Benedita Pestana e José Roseira Textos de André Sousa, Francisca Portugal, Maria do Mar Fazenda e Benedita Pestana, Pedro Barateiro, Susana Pomba, Rodrigo Silva 
Projecto editorial, edição e design de Ana Baliza
Desenho técnico de Andreia d’Almeida

ISBN 978-989-568-108-2 | EAN 9789895681082

Edição: Julho de 2022
Preço: 15,09 euros | PVP: 16 euros
Formato: 18,5 × 21,1 cm (brochado)
Número de páginas: 144 (duotone)
Com o apoio da DGArtes

Maria do Mar: «O Armário é um contador de histórias. Gosto desta tua formulação para descrever este livro, por várias razões: montar uma exposição é sempre contar uma história, o artista como contador de histórias é também uma ideia que me conforta (conto com essas possibilidades para pensar o mundo) e, finalmente, o Armário, o objecto que vira sujeito.»

 



A quem nos dirigimos quando apresentamos um livro? De quem são as mãos que folheiam estas páginas ou os olhos que decifram estas letras? Esta questão é sempre pertinente, mas no caso do objeto que tem (tens?) nas mãos ela palpita e altera o sentido das palavras que aqui depositamos, hesitando entre os dois públicos que imaginamos no lugar do leitor. Dois, porque esta publicação é dúplice nas suas intenções. Primeiro, ela é um exercício íntimo de reciprocidade, um trabalho que responde à confiança e carinho que tantos artistas, amigos e companheiros de viagem depositaram neste projeto. Eles conhecem-nos e dispensam explicações que serão sempre incompletas, porque inadequadas a este suporte tão plano e literal. Para esse leitor ou leitora, este livro faz-se como lembrança e agradecimento; organiza-se em episódios breves que tentam respeitar a memória cronológica de experiências muito diferentes que, ao longo de nove anos, povoaram uma sala do Anexo A do n.º 128 da Calçada da Estrela.

[Benedita Pestana e José Roseira]

Partida do Fim

 

Partida do Fim
Diogo Bolota


Textos de Ana Anacleto, Eva Mendes e Diogo Bolota
Fotografia de Maria Leonardo Cabrita
Tradução de José Gabriel Flores

ISBN 978-989-568-101-3 | EAN 9789895681013

Edição: Outubro de 2023
Preço: 16,98 euros | PVP: 18 euros
Formato: 17 × 22 cm (brochado)
Número de páginas: 102 (a cores)

Edição bilingue: português-inglês
Com a Giefarte



Mudamos o contexto (como sugere Wittgenstein) e mudamos o sentido: uma «partida» pode afinal ser também isso mesmo: uma armadilha.




Este livro foi publicado por ocasião da exposição Partida do Fim, de Diogo Bolota, com curadoria de Ana Anacleto, realizada na Giefarte, de 14 de Abril a 9 de Junho de 2023.

 

Assumindo uma continuidade processual — que tem vindo a ser revelada nos contextos expositivos que tem integrado —, um manifesto interesse pela linguagem, pelos processos interpretativos, pela circularidade e pela dinâmica do jogo enquanto metáfora da vida e da própria condição humana, o artista propõe-nos a criação de um ambiente imersivo, detalhadamente pensado para a edificação de uma espécie de armadilha interpretativa. A presença e cuidada distribuição das obras no espaço, a sua envolvente, a escala e os seus aspectos materiais e formais ajudam a construir um universo de combinatória e estratégia que em muito favorece a instauração de um lugar de questionamento e de especulação.

Há uma secura, uma espécie de clareza formal seca que atravessa toda a exposição e que — como é aliás característico no seu trabalho — constitui uma extraordinária matriz para a concentração de uma temperatura psicológica tensa. Um estado de suspensão psicológica, que é criado pela presença das várias imagens de bolas de bilhar que parecem flutuar sobre fundos negros profundos (e sabemos o quanto o bilhar é um jogo que concilia aspectos de perícia e execução, com estratégia e azar, e o quanto o campo especulativo é, por inerência, o seu território privilegiado de actuação).

Encontramo-nos no território do jogo (desportivo ou recreativo, justo ou manipulado, vivido ou performatizado) onde a relação entre as regras e o livre-arbítrio se estabelece em permanente tensão, e onde a manifestação dos estados emocionais e psicológicos promove uma inevitável aproximação à vida.

[Ana Anacleto]

sexta-feira, 13 de outubro de 2023

Variações — Arte Portuguesa, Séculos XIX-XX

 

Variações — Arte Portuguesa, Séculos XIX-XX
Raquel Henriques da Silva


ISBN 978-989-568-051-1 | EAN 9789895680511

Edição: Julho de 2023
Preço: 33,93 euros | PVP: 36 euros
Formato: 16 × 22 cm (brochado, com badanas, acabamento Otabind)
Número de páginas: 752 (a cores)


Apoio: Fundação Millennium BCP e Fundação Carmona e Costa

Hoje, o desafio é rever, sem modelos obrigatórios, a produção artística de dois séculos para compreender as continuidades, as específicas aberturas, as fecundas particularidades.




Sem falsa modéstia, começo por declarar que os quarenta e um textos reunidos neste livro são menos de um quarto dos que escrevi e publiquei desde os finais dos anos de 1980, quando, no decurso da realização do mestrado em História da Arte, comecei a descobrir e a praticar o ofício de historiadora da arte. Faltam também os poucos livros de que sou autora exclusiva e, sobretudo, os catálogos que, sempre com excelentes equipas, são construídos com uma escrita encadeada que não se adequa a destacar «artigos isoláveis». Em relação aos textos sobre artistas em nome próprio, a selecção foi drástica. Não pude incluir todos e sobre alguns escrevi e publiquei diversas vezes: é o caso de Almada Negreiros, Carlos Botelho, Nikias Skapinakis e José de Guimarães.

Ainda assim, o que seleccionei, e que respeita aos últimos vinte anos, dispersa-se por diferentes áreas temáticas: pintura sobretudo, mas também arquitectura e história de Lisboa (e esta é a que tem maior desequilíbrio entre o feito e o mostrado), história dos museus, do coleccionismo de arte e das exposições.

Esta diversidade temática é talvez o traço que marca o meu percurso de investigadora. Não é nem deixa de ser motivo de orgulho, antes simples facto que, hoje em dia, nas instâncias de avaliação nacional e internacional, é encarado com reserva por se considerar que tanta dispersão impede a profundidade. Nunca quis ser de outra maneira, continuo a interessar-me por quase tudo e a pensar que se nascesse outra vez (mas não há risco…) gostaria finalmente de me concentrar no que mais amo e nunca pratiquei: o nascimento das artes nas comunidades humanas antiquíssimas e em geografias alargadas.

[Raquel Henriques da Silva]

Antes de Um Novo Tempo — Dez Ensaios sobre a Escola Secundária de Camões

 

Antes de Um Novo Tempo — Dez Ensaios sobre a Escola Secundária de Camões
Alunos, António Júlio Duarte, Paulo Catrica, Pedro Letria


Organização de Hugo Cunha
Textos de Ana Maria Pereirinha, João Jaime Pires, Margarida Vale de Gato, Mário de Carvalho, Nuno Júdice, Sérgio Mah

ISBN 978-989-568-082-5 | EAN 9789895680825

Edição: Setembro de 2023
Preço: 26,42 euros | PVP: 28 euros
Formato: 20 × 28 cm (encadernado)
Número de páginas: 160 (a cores)

Com a Escola Secundária de Camões

Esta publicação é um desafio que acarinha a memória, exalta a renovação, revela os tempos.

 



Nas palavras e nos olhares de Ana Maria Pereirinha, Margarida Vale de Gato, Mário de Carvalho, Nuno Júdice, António Júlio Duarte, Pedro Letria e Paulo Catrica, e no sentir dos alunos André Mega, Filipe Baixinho, Joana Formiga, Joana Franco, Madalena Lourenço, Miguel Veiros e Mónica Lapa Neves, todos, com mestria passam o testemunho de uma escola secular construída por Ventura Terra, que se foi adaptando ao tempo e às modificações necessárias — a construção dos gabinetes de Física e Química, auditório, refeitório, pavilhão gimnodesportivo, integração do edifício da antiga escola António Arroio — espaços posteriores à construção inicial que marcam a história da escola e, consequentemente dos alunos que a habitaram, agora interligados pela mão com alma de João Falcão de Campos.

[João Jaime Pires]

Et in opera ego? seguido de A Obra-Prima Desconhecida de Honoré de Balzac

Et in opera ego? seguido de A Obra-Prima Desconhecida de Honoré de Balzac
Rui Sanches, Honoré de Balzac


Tradução de Sousa Dias
Fotografias de António Jorge Silva e José Manuel Costa Alves

ISBN 978-989-568-110-5 | EAN 9789895681105

Edição: Setembro de 2023 Preço: 14,15 euros | PVP: 15 euros
Formato: 14,5 × 20,5 cm (brochado)
Número de páginas: 128 (a cores)

Edição bilingue: português-francês

Com a Ala da Frente (Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão)


 Honoré de Balzac: «A atenção do jovem logo foi exclusivamente conquistada por um quadro que, naquele tempo de motins e de revoluções, se tornara já famoso, e que era visitado por alguns desses teimosos a quem se deve a preservação do fogo sagrado durante os períodos funestos.»

 


Este livro foi publicado por ocasião da exposição Et in opera ego?, de Rui Sanches, com curadoria de António Gonçalves, realizada na Galeria Ala da Frente em Vila Nova de Famalicão, de 23 de Setembro de 2023 a 12 de Janeiro de 2024.

 

Um percurso: encontro com diversas situações que produzem experiências associadas à espacialidade (convocando associações com espaços arquitectónicos), através de aros metálicos, portas em diferentes configurações, espelhos, camas, mesas ou estantes. Estruturas que se repetem, como variações sobre um tema, onde o observador vai sendo confrontado com um módulo constante que vai sofrendo alterações ao longo do tempo. Onde o seu próprio corpo está implicado, reflectido nos espelhos e vidros, nas marcas das mãos deixadas no barro e representado (?) nas formas orgânicas que a sobreposição de placas de madeira sugere.

Sensações de abertura ou fechamento, passagens que o olhar pode atravessar, por vezes factuais, outras ilusórias, imagens num espelho que perturbam e tornam mais complexa a leitura do espaço. Os materiais, simples e banais, facilmente reconhecíveis na sua crueza, sofreram diversas alterações, sugerindo estados diferentes: opacidade, transparência, translucidez, reflexo, brilho, solidez, plasticidade, organicidade.

As sucessivas percepções, informadas pela memória, vão, ao longo do percurso, construindo uma experiência, um espaço. Quase no final, a presença de uma esfera de bronze suspensa, pontua, no lugar, o carácter absoluto do tempo presente.

[Rui Sanches]

A Body as Listening — Resonant cartography of music (im)materialities

 

A Body as Listening — Resonant cartography of music (im)materialities
Joana Sá


Concepção gráfica de Horácio Frutuoso

ISBN 978-989-568-075-7 | EAN 9789895680757

Edição: Dezembro de 2022
Preço: 16,98 euros | PVP: 18 euros
Formato: 17 × 24 cm (brochado)
Número de páginas: 244 (a cores)
Edição em inglês

Com o Teatro Praga (colecção «Série»)

Are you there? Can you touch this? (Listening is touching at the distance)

 



This book unfolds from the perspective of a musical practice by taking your body as part of this resonant cartography.

It will imply exploring all kinds of (im)possible resonant and vibratory processes.

All entities responsible for this book cannot, however, predict ‘what a body can do’ or take entire responsibility for ‘its’ actions or outcomes.

By navigating the two streams in this book, you agree with the fact that we do not provide the best experience, therefore agreeing to and feeding the possibility of failure.

quarta-feira, 11 de outubro de 2023

#aseriesofprotectivestyles. Volume I — A Coroa

#aseriesofprotectivestyles. Volume I — A Coroa
Petra.Preta


Concepção gráfica de Horácio Frutuoso

ISBN 978-989-568-076-4 | EAN 9789895680764

1.ª edição em Dezembro de 2022
Preço: 14,15 euros | PVP: 15 euros
Formato: 17 × 24 cm (brochado)
Número de páginas: 48 (a cores)

Com o Teatro Praga (colecção «Série»)

Petra vem de preta.

E… Sara, mas cura?

 

Sara Fonseca da Graça, aka Petra.Preta, n. 1992. Licenciada em teatro pela ESTC, é artista pluridisciplinar e arte-educadora. A forma de expressão não é o ponto de partida, é um veículo para ressignificar, transformar linguagens e criar imaginários seguros e de empoderamento para corpes negres.

………

No interior encontra-se um processo a meio do caminho, um guia para proteção; salvaguardar; preservar; resguardar; defender. O mapear de estratégias para um movimento interior, um percurso da margem para o centro.

IV. SUJEITE DE PROTEÇÃO: a) hidratar; b) nutrir; c) restaurar.

III. OS SEGREDOS: a) o afeto, práticas de afeto; b) a eficácia, práticas de eficácia; c) o poder, práticas de poder.

II. AS ROTAS: a) o que existe para ti vs. os teus tesouros; b) a construção vs. o que estás a construir; c) os teus tesouros vs. o que existe para ti.

I. O REPOUSO: a) a preparação; b) o restauro.

segunda-feira, 11 de setembro de 2023

Kyra Kyralina

 

Kyra Kyralina
Panait Istrati

Tradução e apresentação de Aníbal Fernandes

ISBN 978-989-568-041-2 | EAN 9789895680412

Edição: Agosto de 2023
Preço: 14,15 euros | PVP: 15 euros
Formato: 14,5 × 20,5 cm (brochado, com badanas)
Número de páginas: 160

Roman Rolland: «É um contador de histórias do Oriente que encanta e se comove com as suas próprias narrativas; e de um tal forma se prende a elas, que uma vez começada a história ninguém sabe, nem ele próprio sabe, se vai durar uma hora ou mil e uma noites.»

 

O mais significativo resultado de tudo isto deu-se em 1924 — o ano em que André Breton publicava Les Pas perdus, Raymond Radiguet surgia com o póstumo Le Bal du comte d’Orgel, Jean Cocteau com Le Grand écart e Jean Giraudoux com Juliette au pays des hommes — quando um desconhecido com estranho nome a soar muito a romeno, mas a mostrar que escrevia em francês, ofereceu ao público uma sedutora história de orientalismos que se chamava Kyra Kyralina. Dois anos antes, este Istrati já tinha quatro obras terminadas — Oncle AnghelKir NicolasSotiz e Mikhail — mas o seu «mestre» preferiu-o na estreia literária com esta outra, mais recente e perturbante — que acrescentava ao nome de uma mulher o seu diminutivo — a que surgiu em 1923 na revista Europe e um ano depois em livro e prefaciada por Romain Rolland:

«Nos primeiros dias de Janeiro de 1921, foi-me entregue uma carta que vinha do Hospital de Nice. Tinha sido encontrada no corpo de um desesperado que acabava de dar um golpe na garganta. Havia poucas esperanças de que ele sobrevivesse ao ferimento. Li-a e fui invadido pelo tumulto do génio. Um vento que queimava na planície. Era a confissão de um novo Gorki dos países balcânicos. Conseguiram salvá-lo. Eu quis conhecê-lo. Encetámos uma correspondência. Ficámos amigos.»

[…]

A surpresa de Kyra Kyralina animou um editor a fazer o contrato que deu a conhecer poucos meses depois Oncle Anghel Présentation des Haïdoucs. E em 1927 a Nouvelles Littéraires já se interessava por ele como entrevistado.

[…]

Morreu em 16 de Abril de 1935. Tem uma lápide no cemitério de Bellu, em Bucareste, aonde foi parar sem serviços religiosos. A sua fama política incomodava a ortodoxia romena. Tinha escrito Em Direcção a Outra Chama? Sim, mas era ainda assim «um comunista».

[Aníbal Fernandes]

Codine

 

Codine
Panait Istrati

Tradução e apresentação de Aníbal Fernandes

ISBN 978-989-568-040-5 | EAN 9789895680405

Edição: Agosto de 2023
Preço: 12,26 euros | PVP: 13 euros
Formato: 14,5 × 20,5 cm (brochado, com badanas)
Número de páginas: 96



Codine, transformado no fora-da-lei por um sentimento cheio de violência contra a injustiça dos homens. Adrien, um apaixonado aprendiz do seu desiludido conhecimento dos males do mundo. Um estranho, incómodo e radical conceito do amor-amizade.

 



Os títulos do Istrati ficcionista vão aparecendo com uma imperturbável regularidade. Constroem aos poucos uma disfarçada autobiografia onde teremos de destrinçar o realmente vivido do literariamente contado, e que se divide em várias secções. As Narrativas de Adrien Zograffi incluem Kyra KyralinaO Tio AnghelApresentação dos Haiduques e Domnitza de SnagovA Infância de Andrien Zograffi inclui CodineMikhailAs Minhas Partidas e os contos de O Pescador de EsponjasA Vida de Andrien Zograffi inclui A Casa Thüringer, A Agência de EmpregosMediterrâneo. Fora deste extenso zograffismo está um dos seus romances mais célebres (Os Cardos do Baragan) que as memórias da sua vida inspiram mas escapa à presença explícita do Istrati-Zograffi.

[…]

Panait Istrati conviveu com Codine cerca de cinco anos, desde 1891 a 1896, ou seja, desde os seus sete aos doze anos de idade. E a passagem a literatura desta apaixonada admiração põe-nos perante um estranho, incómodo e radical conceito de amizade. Nas histórias de Adrien Zograffi, a amizade tem um papel importante; é o mais profundo dos sentimentos, aquele que ultrapassa todos os outros, incluindo o do amor sensual. Deste amor sensual há a mais explícita das confissões quando escreve em NarrantsoulaAmo no homem o que ele transporta consigo desde que nasce, o amor-amizade. Amo a mulher quando o seu sangue está abrasado pela paixão carnal. Entrego-me a eles sem condições, com frenesi. Isto custa caro, mas as decepções que sofri nunca me decepcionaram, nunca diminuem a soma dos meus desejos.

Na sua obra há a história de duas amizades masculinas que se destacam por uma brutal violência de sentimentos.

[Aníbal Fernandes]

Constelações — Ensaios sobre Cultura e Técnica na Contemporaneidade

 

Constelações — Ensaios sobre Cultura e Técnica na Contemporaneidade
José Bragança de Miranda


ISBN 978-989-8833-91-4 | EAN 9789898833914

Edição: Abril de 2023
Preço: 18,87 euros | PVP: 20 euros
Formato: 16 × 22 cm (brochado, com badanas)
Número de páginas: 272

Com o apoio do Instituto de Comunicação da Nova 



Um livro deve tudo aos que ajudaram a arrancá-lo ao grande exterior, seja ele o nada ou o real. Agora que o devolvo aos meandros de onde proveio, escavados por todos sobre a superfície da Terra, talvez mais um sulco, ou alguma água desviada, quero agradecer àqueles que me ajudaram a fazer este retraçamento do caminho feito nestes anos de crise, pouco propícios para a escrita. […] Dá-me alegria o número daqueles a que precisei de agradecer. Se morremos sozinhos, mesmo que sejam sempre os outros que morrem — é esse o epitáfio escolhido por Duchamp —, só vivemos bem em companhia.

 



Estes ensaios foram escritos sob a imagem da constelação. Controlada pelo conceito, com as novas máquinas como a da fotografia, a imagem libertou-se, separou-se dos objectos que a aprisionavam, eles próprios prisioneiros da lógica da rendibilidade. Uma nova plasticidade é produzida pelas imagens, que na sua leveza e movimento arrastam, com leveza e sem violência, o real. O pensamento do século XX propôs uma outra configuração do pensar pela imagem, desenvolvendo métodos como os de mosaico, de caleidoscópio, de paradigma, de mapa, de atlas, de arquivo, de arquipélago, e até de floresta ou de montanha, como nos ensinou Aldo Leopoldo. Esta nova semântica da imagem, depois de milénios de destituição pelo platonismo, significa estar à escuta da máxima de Giordano Bruno de que «pensar é especular com imagens».

 

Em suma, a constelação em acto neste livro é magnetizada por uma certa ideia da técnica enquanto acontecimento decisivo, e cada ensaio aqui reunido corresponde a uma refracção dessa ideia num problema por ela suscitado, passando pela arte, o corpo, a fotografia e a técnica propriamente dita. Tem como único objectivo que um certo pensar se materialize, que este livro o transporte consigo e, seguindo o seu curso, encontre os seus próximos ou não.

[José Bragança de Miranda]

Oscilações (poesia em todos os sentidos)

 

Oscilações (poesia em todos os sentidos)
Joana Matos Frias


ISBN 978-989-8834-53-9 | EAN 9789898834539

Edição: Julho de 2023
Preço: 22,64 euros | PVP: 24 euros
Formato: 14,5 × 20,5 cm (brochado, com badanas)
Número de páginas: 344

Com o apoio do Instituto de Literatura Comparada Margarida Losa



A razão pela qual são estes os ensaios que compõem esta colectânea, e não os vários outros que de momento ficam de fora, […] resulta de um certo tipo de sobressalto insistente e persistente, que por isso mesmo é transversal a todas as reflexões.




Os textos aqui reunidos foram pensados e escritos, nas suas primeiras versões, ao longo de cerca de duas décadas, em momentos e circunstâncias distintos, que poderão ser reconstituídos a partir das informações incluídas no final do volume. Mas isso não significa que a sua reunião neste livro represente apenas um aglomerado de artigos sem qualquer relação entre si para além da comum autoria. Muito pelo contrário. A razão pela qual são estes os ensaios que compõem esta colectânea, e não os vários outros que de momento ficam de fora, é que a problematização que em cada um deles é levada a cabo — malgrado a diversidade dos autores e das obras lidos e comentados — resulta de um certo tipo de sobressalto insistente e persistente, que por isso mesmo é transversal a todas as reflexões.

Em certa medida, esse sobressalto é equacionável a partir de uma sequência de incertezas que foram suscitadas por alguns autores que têm acompanhado as minhas leituras nos últimos anos e que, embora possam não ser explicitamente citados ao longo das próximas páginas, subjazem a uma parte muito considerável delas. Oriundos de tempos e espaços bastante díspares, encontro sempre em todos eles motivos maiores de desassossego. Falarei com brevidade desses motivos, esperando que de alguma forma este comentário preliminar possa preparar a leitura orgânica daquilo que se segue.

[Joana Matos Frias]

 

AUTORES REFERIDOS

António Franco Alexandre / Ana Luísa Amaral / Fiama Hasse Pais Brandão / Rui Pires Cabral / Armando Silva Carvalho / Vergílio Ferreira / Manuel de Freitas / Marília Garcia / Théophile Gautier / Nuno Guimarães / Herberto Helder / Rui Lage / Albano Martins / Murilo Mendes / João Cabral de Melo Neto / Alexandre O’Neill / Luís Quintais / António Ramos Rosa / Mário de Sá-Carneiro / Alexander Search / José Miguel Silva.

A Experiência Sonora — Da Linearidade à Circularidade

 

A Experiência Sonora — Da Linearidade à Circularidade
Adriana Sá, António de Sousa Dias, David Novack, Gonçalo Gato, João Manuel Marques Carrilho, Luís Cláudio Ribeiro, Mohammed Boubezari, Raquel Castro

Coordenação e introdução de Luís Cláudio Ribeiro

ISBN 978-989-568-065-8 | EAN 9789895680658

Edição: Abril de 2023
Preço: 16,98 euros | PVP: 18 euros
Formato: 16 × 22 cm (brochado, com badanas)
Número de páginas: 240

Com o apoio do CICANT



Quer organicamente quer estruturalmente nada no som deve remeter para uma representação ou uma materialidade. Assim sendo, o som acarreta uma orfandade e como tal tem apenas como indicação poisar-nos no mundo.

 



Há uma ideia muito antiga, tão antiga como o humano, que quer reunir o som com uma fonte, um som que traz no seu rastro uma figura ou imagem. Esta matriz é também a origem de uma enigmática sensação: o som no nosso ouvido abre os olhos a uma fonte, possível origem desse som. O som traz consigo uma figura muda que quer ser revista. Mesmo já perdida a fonte, o cérebro quer saber a sua origem. Esta situação ocorre quando não há media de produção que alteram a matriz sonora. Neste caso, o som, pensemos no processo electrónico, é apenas o vestígio que quer fazer a sua própria representação.

Agora pensemos que quer organicamente quer estruturalmente nada no som deve remeter para uma representação ou uma materialidade. Assim sendo, o som acarreta uma orfandade e como tal tem apenas como indicação poisar-nos no mundo. Ele não quer ser mais do que as fundações de uma habitação ou uma moradia que torne possível uma existência plena, o melhor sensível dessa existência, que se revela no som como ponte e passagem para uma sintonia eficaz com o mundo. E essa «apresentação» não provém de uma significação, é apenas um efeito que pode ser diverso em cada indivíduo.

[…]

Quando em 2011 iniciámos o projecto «Lisbon Sound Map» tínhamos como primeiro objectivo fazer um levantamento do mapa sonoro de Lisboa, sobretudo das áreas que estavam a sofrer alterações, seja na sua população residente, seja na construção. Este mapa sonoro é hoje importante para se entender as alterações dos fluxos e paisagens sonoras da cidade nesta última década.

[…]

O conjunto dos eventos realizados em diferentes lugares da cidade e na universidade, sob proposta dos membros do projecto, possibilitam essa reflexão, que aqui se apresenta em capítulos que desejam desenvolver as relações da audição e do som com o meio envolvente e com a produção sonora para os media e as artes. Aprofundar estas relações tornou-se hoje numa urgência que os investigadores editados neste livro aceitaram.

[Luís Cláudio Ribeiro]