sábado, 28 de dezembro de 2019

Parabéns, Sergio Lima!


Sergio Lima, nome artístico de Sergio Claudio de Franceschi Lima, nasceu no dia 28 de Dezembro de 1939, faz hoje 80 anos, em Pirassununga, São Paulo, Brasil.

Parabéns, Sergio Lima!

segunda-feira, 23 de dezembro de 2019

Parabéns, Artur Guerra!



Artur Guerra, tradutor de Tirant lo Blanc para a Documenta, nasceu em Silvã de Cima (Sátão, Viseu) no dia 23 de Dezembro de 1949, faz hoje 70 anos. 

terça-feira, 10 de dezembro de 2019

Gostamos muito de o(a) ver por cá.


LIVRARIA SISTEMA SOLAR
Rua Passos Manuel, 67 B, 1150-258 Lisboa
Telefone 210 117 010 livraria.pm(arroba)sistemasolar.pt 

segunda a sábado: 10h-13h — 14h-19h. 
24 e 31 de Dezembro: 10h-13h — 14h-16h

Encerra: domingos, feriados, 25 e 26 de Dezembro de 2019 e 1 de Janeiro de 2020


Visite-nos. Gostamos muito de o(a) ver por cá.

«Espelho / Mirror», de Rui Sanches [convite]


terça-feira, 3 de dezembro de 2019

Sinal Respiratório — Cartas para Sergio Lima I Mário Cesariny


Sinal Respiratório — Cartas para Sergio Lima
Mário Cesariny



Apresentação de Sergio Lima
Edição e posfácio de Perfecto E. Cuadrado

ISBN 978-989-9006-02-7 | EAN 9789899006027

Edição: Novembro de 2019
Preço: 15,09 euros | PVP: 16 euros
Formato: 14,5 x 20,5 cm (brochado, com badanas)
Número de páginas: 200

Com a Fundação Cupertino de Miranda



Atrasado como estou em dar-lhe sinal respiratório não vou deixar o dia de hoje sem ao menos pôr aqui escrito o abraço ininterrupto que vai de mim para seu 
desde o primeiro dia do nosso contacto.
[Mário Cesariny, carta de 20 de Abril de 1977]



A primeira notícia de Mário Cesariny me foi dada por Aldo Pellegrini, em meados de 1967, quando da nossa troca de cartas para a montagem em São Paulo da I Exposição Surrealista, aliás XIII Exposição Internacional do Movimento dos Surrealistas. De imediato lhe escrevi sobre os planos da exposição. Em seguida enviou todo um material do movimento em Lisboa — envio urgente que Mário me comunicou por telegrama, dia 13 de julho ’67. A partir do que nossa correspondência vai se estender larga e loucamente, com umas poucas interrupções até 1995 e depois, nos últimos anos, torna-se rara e muito espaçada.
Mesmo assim vigorou sempre a parceria e cumplicidades que culminariam com a entrevista em vídeo que lhe fiz — em fins de junho 2006 — por ocasião da apresentação da «boneca» da revista-almanaque A Phala 2. Projeto esse, afinal, de que fora o principal incentivador desde meados de 1987 e que agora tinha em suas mãos.
[Sergio Lima]


O Surrealismo é justamente o mar de descobertas e naufrágios onde navegaram juntos Mário Cesariny e Sergio Lima, junto a muitos outros que sentiram a necessidade e a urgência românticas de sair da caverna à procura da luz e do caminho para a conquista do Absoluto (no conhecer, no sentir e no dizer uma realidade reabilitada, uma realidade poética, isto é, transformada e transtornada pela imaginação, como Cesariny pedia). 
[…] 
As cartas de Mário Cesariny para Sergio Lima, como as enviadas para Laurens Vancrevel ou Cruzeiro Seixas, são um documento importante para a história do Surrealismo e, de maneira muito especial, para a história da intervenção surrealista em Portugal e no Brasil e as suas ligações através do diálogo entre dois dos seus protagonistas maiores.
[Perfecto E. Cuadrado]


Sergio Lima, nome artístico de Sergio Claudio de Franceschi Lima, nasceu no dia 28 de Dezembro de 1939 em Pirassununga, São Paulo, Brasil. Escritor-pintor, envolveu-se, desde 1955, com o surrealismo e o cinema. Em Paris, a partir de Setembro de 1961, passa a participar nas reuniões do grupo surrealista de Paris, no café La Promenade de Vénus, convidado pelo seu fundador André Breton. Desde então, é o responsável pela activação do surrealismo no Brasil e nos países de língua portuguesa, especialmente em Portugal, onde estabeleceu um diálogo muito próximo com Mário Cesariny. Estreou-se com Amore (Massao Ohno, 1963), obra referida na revista surrealista parisiense La Brèche. No Brasil, entre outras actividades, realizou a XIII Exposição Internacional do Surrealismo (1967), traduziu e organizou a antologia de poemas Amor Sublime, de Benjamin Péret (Brasiliense, 1985), e promoveu a exposição «Collage — Homenagem ao Centenário de André Breton (1896-1996)». Em 1995, inicia a publicação de A Aventura Surrealista, projecto de grande fôlego que se propõe compilar as ideias e as produções do movimento surrealista no Brasil e no mundo. Vive em São Paulo, num pequeno bosque verde cercado pelo bares da Vila Madalena.

Espelho / Mirror I Rui Sanches


Espelho / Mirror
Rui Sanches

Textos de Delfim Sardo, Sara Antónia Matos e Richard Deacon

Design de Pedro Falcão

ISBN 978-989-9006-00-3 | EAN 9789899006003

Edição: Novembro de 2019
Preço: 33,19 euros | PVP: 35 euros
Formato: 22,3 x 29,7 cm (brochado)
Número de páginas: 280 (a cores)

Com a Fundação Carmona e Costa

Edição bilingue: português-inglês



Este livro documenta a exposição «Espelho/Mirror», de Rui Sanches, que teve lugar em Lisboa, no Torreão Nascente da Cordoaria Nacional entre 29 de Setembro de 2019 e 12 de Janeiro de 2020, com curadoria de Delfim Sardo, e no Museu Coleção Berardo entre 10 de Outubro de 2019 e 12 de Janeiro de 2020, com curadoria de Sara Antónia Matos.


A obra de Rui Sanches tem vindo a desenvolver-se, ao longo dos últimos 35 anos (a sua primeira exposição individual em Portugal teve lugar em 1984), como uma extensa reflexão em torno de três questões fundamentais: a relação da criação moderna e contemporânea com a história e as diferentes linhagens que se foram definindo, a possibilidade de tematizar a questão do ponto de vista (do espectador e dos que a obra em si mesma propõe) — quer em termos físico-percetivos, quer em termos representacionais — e a questão da relação da arte com o mundo, seja por processos de ressignificação, de relação com o contexto, de citação ou paráfrase ou pelo léxico material utilizado. 
[Delfim Sardo]


Cada desenho fixa momentos ou estados, não tanto sobre a figura ou os objectos, antes sobre as suas qualidades líquidas, os movimentos e as vibrações que antecedem a forma. Na obra de Rui Sanches, o desenho parece sair da folha de papel, extravasando as suas margens, para lá dele, como se se estendesse pelo espaço. Assim, em certas circunstâncias, o desenho parece poder ser atravessado pelo espectador: este, não tendo base firme (referências de escala, perspectivas) onde assentar os pés, pode aproximar-se ou afastar-se daquele, afundar-se na janela que abre para o lado de lá ou ficar deste lado e vê-lo à distância.
[Sara Antónia Matos]

Os trabalhos produzidos por Rui Sanches nos últimos dois anos, Os espaços em volta, sugerem que os espaços, como vórtices em água turbulenta ou portais cósmicos (wormholes), se abrem por toda a parte em nosso redor. Dois destes trabalhos, os de maior dimensão, contêm mesmo portas, apesar de a entrada permanecer no domínio do imaginário, não no do possível — o que, aliás, faz todo o sentido, pois se de facto entrássemos, muito provavelmente desapareceríamos. 
[Richard Deacon]

Sérgio Pombo — Obras 1973-2017


Sérgio Pombo — Obras 1973-2017
Sérgio Pombo

Textos de João Pinharanda, Jorge Silva Melo e José Alexandre de São Marcos

ISBN 978-989-9006-08-9 | EAN 9789899006089

Edição: Novembro de 2019
Preço: 18,87 euros | PVP: 20 euros
Formato: 17 x 22 cm (brochado, com badanas)
Número de páginas: 208 (a cores)

Com a Fundação Carmona e Costa

Edição bilingue: português-inglês



João Pinharanda: «No seu trabalho ecoam a potência masculina da vida (a vitalidade sujeita à morte) e a potência espiritual feminina (transportadora de vida) […]»


Este livro foi publicado por ocasião da exposição «Sérgio Pombo: Obras 1973-2017», com curadoria de João Pinharanda, realizada na Fundação Carmona e Costa, entre 23 de Novembro de 2019 e 11 de Janeiro de 2020.


Sérgio Pombo exprime a sua subjectividade dominante e o seu «sentimento trágico da vida» através de uma figuração exacerbada; cria o seu próprio tempo e universo mas insere-os num tempo cronológico que os ultrapassa e num campo longo, expressionista (ainda não inteiramente revelado e estudado), da criação artística portuguesa. A sua obra está presa à angústia que os românticos e os modernos deixaram como herança à contemporaneidade: a vã procura do fio de Ariadne deitado ao chão por Teseu. 
[João Pinharanda]


A pintura de Sérgio Pombo — pintura, desenho, com figuras ou sem, a pintura que nele tudo é pintura, irredutivelmente pintura — é tão brilhantemente viva que ofusca, é tão desassombrada que nos assalta o equilíbrio, sofre, o dia em que nasci morra e pereça, dizia Job, amaldiçoa-nos — mas promete-nos o humano, o humano presente, o humano simplesmente, a vida de hoje, esta, sufocantemente bela na sua crueza rápida, na sua imensa solidão. 
Porque Sérgio Pombo, com a rapidez das estrelas cadentes no céu de todas as noites, persegue a beleza, promete-nos que ela aí vem, está a chegar, voluptuosa, fulgurante, escandalosamente nova, de ontem à noite sempre, nua ainda. 
[Jorge Silva Melo]


O Sérgio Pombo está para lá da contemplação, da interrogação, coloca-se sempre no lugar da acção. Não há comodismo, há uma intransigência quase autofágica que vive a inadaptação como elemento para evoluir. A sua pintura é ele, o seu corpo e os corpos que encontra, e pedaços de todos os lugares que se atravessam na vida humana, sempre à escala do ser humano vezes o infinito. 
[José Alexandre de São Marcos]

Uma Luz sobre a Noite seguido de O Pão e a Alma


Uma Luz sobre a Noite seguido de O Pão e a Alma
Paulo Pires do Vale, Rui Serra, Tomás Maia

Apresentação de Ricardo Escarduça

ISBN 978-989-9006-07-2 | 9789899006072

Edição: Novembro de 2019
Preço: 11,32 euros | PVP: 12 euros
Formato: 17 x 24 cm (brochado, com badanas)
Número de páginas: 60 (a cores)

Com o Projecto Travessa da Ermida


A arte não transfigura a noite em dia; ela faz luz sobre a noite. O que já é muito — mesmo se, para muitos, pode parecer pouco. Miséria da arte. Mas miséria que alimenta a nossa fome negra.


Uma Luz Sobre a Noite, de Paulo Pires do Vale e Tomás Maia, publicado pela Documenta, é apresentado pelo Projecto Travessa da Ermida no contexto do encerramento da exposição «Fome» de Rui Serra. O livro é o corolário de um encontro a dois tempos entre os autores e o pintor, iniciado em Abril de 2017 no âmbito da sua exposição «Todas as Noites», no Museu de Arte Contemporânea de Elvas (colecção António Cachola). 
[Ricardo Escarduça, «Apresentação»]


— … se a Noite é «antiquíssima» — a Noite que nos faz falar —, não será ela então e sempre o antiquíssimo em nós? Quando fazemos uma obra, necessariamente trazida à luz, não estaremos assim a responder à Noite e, ao mesmo tempo, não a chamaremos? Ser chamado e chamar pela Noite, não será isso o que faz a obra dizendo ou ecoando Vem— «Vem, Noite antiquíssima e idêntica»? E, no entanto, essa obra não mostrará também que a Noite recua e se esquiva sempre, cada vez mais longínqua, mais antiga?

— Sim, antiquíssima porque originante — e os mitos da criação sublinham que antes da luz ou do dia, havia a noite: ela é o Anterior. Escuridão que antecede o começo. […]
[Paulo Pires do Vale e Tomás Maia, «Diálogo»]


De que fome se está a falar com este título — «Fome»? E quem pode falar da fome, e a que título? 
Há pelo menos duas fomes, a do animal físico e a do animal metafísico. O humano, se não vir saciada a primeira fome, não pode experienciar a insaciabilidade da segunda. Leio Pascoaes:
Viver é ter fome! A vida é fome: fome de alma e de pão! Fome negra!
Seja de alma ou de pão, a fome é negra. E tal é a primeira experiência desta exposição — que nos convida a entrar e a atravessar um negrume. Travessia da qual não sairemos incólumes: seremos expulsos para ver, a outra luz, a noite. Para rever a noite à luz da arte.
[Tomás Maia, «O Pão e a Alma»]

Uncanny River (The Crossing) I João Biscainho


Uncanny River (The Crossing)
João Biscainho

Textos de Paulo Campos Pinto, Luísa Santos, Peter Hanenberg e Bernardo Barahona Corrêa
Seleta de textos de João Biscainho

Design de Ricardo Assis

ISBN 978-989-9006-01-0 | EAN 9789899006010

Edição: Outubro de 2019
Preço: 11,32 euros | PVP: 12 euros
Formato: 16,8 x 22,5 cm (brochado)
Número de páginas: 96 (com encarte a cores)

Com a Universidade Católica Portuguesa – Colecção Cultura@Católica 2

Edição bilingue: português-inglês



João Biscainho: «A instalação vídeo Uncanny River (The Crossing) (2014-2015), projeta ao espectador vinte e cinco composições simétricas por segundo. A experiência sobre esta peça não é substituível por qualquer descrição.»

Uncanny River (The Crossing) inaugura o espaço de programação Generation Next (GN) da Galeria Fundação Amélia de Mello, dedicado a artistas, curadores, designers emergentes, bem como a projetos de investigação com metodologias research-based art e art-based research, produzidos em contexto académico.
Com uma periodicidade anual, as exposições GN pretendem potenciar e dar visibilidade à investigação e criação artísticas produzidas em modelos de interligação entre teoria e prática, nos domínios das artes plásticas e multimédia, no reconhecimento da prática artística — enquanto resultante do trabalho académico — como criadora de conhecimento qualitativamente relevante, e da validade das metodologias de investigação académica, que convocam a arte e o fenómeno artístico para a produção de saber confiável.
[Paulo Campos Pinto]


O Uncanny River de João Biscainho move-se, precisamente, entre a atração empática e a repulsa à estranheza criados pela justaposição de elementos familiares em combinações inesperados. Perante a imagem dupla de um movimento simétrico, reconhecemos um curso de água, uma travessia de um rio, que vemos de cima como se estivéssemos dentro de um barco a passar de um lado ao outro. Contudo, perante a combinação da imagem e respectivo reflexo simétrico, e pelo facto de nunca podermos ver quaisquer elementos físicos que permitam uma percepção geográfica ou temporal, a esta sensação de familiaridade sobrepõe-se um sentimento de estranheza.
[Luísa Santos]