sábado, 31 de janeiro de 2015
quinta-feira, 22 de janeiro de 2015
A Felicidade dos Tristes I Luc Dietrich
A Felicidade dos Tristes
Luc Dietrich
Tradução e apresentação de Aníbal Fernandes
ISBN: 978-989-8566-88-1
Edição: Janeiro de 2015
Preço: 14,15 euros | PVP: 15 euros
Formato: 14,5 × 20,5 cm (brochado, com badanas)
Número de páginas: 224
Gostaria de me afundar como no mar.
Criar com a minha boca.
Que a minha mão saísse para fora das linhas…
Porque as melhores pessoas são tristes. A minha mãe é pálida, muito pálida, e mesmo quando se ri treme-lhe uma tristeza no riso como gotas de água num ramo ao sol.
Nunca vemos Jesus dar cotoveladas aos seus discípulos e torcerem-se a rir. Judas, esse, queria armar-se em esperto e afastava-se deles para se rir sozinho. Nunca se viu ninguém pensar numa coisa difícil, nos rebentos de uma árvore, no sol, como é que ele sobe e desce na água do céu, e desatar a rir-se. Aliás, só há felicidade nos tristes.
Os homens dizem: «Uma vida de cão.» Julgam que os animais são humilhados e infelizes. Mas eu tinha observado com atenção os animais e sabia que os homens se enganavam porque uma formiga nunca pára para suspirar, dizendo que a vida não vale a pena ser vivida, e não há um burro que diga: «Como me envergonho de ser burro.» E no que respeita às plantas, tanto orgulho têm por ser o que são, que nunca dizem nada a ninguém. Os animais só são infelizes quando magoam uma pata. Eu quando me magoo não me sinto infeliz. Mesmo quando era pequeno e caía, desatava a rir-me e gritava: «Dei um tombo!», ou chamava alguém para anunciar: «Tenho sangue a correr!»
Nós, nós somos infelizes por não andarmos nada contentes com o que somos, e também por não sabermos o que gostaríamos de ser. [Luc Dietrich, A Felicidade dos Tristes]
Luc Dietrich nasceu a 17 de Março de 1913 em Dijon e morreu a 12 de Agosto de 1944. A Felicidade dos Tristes, com que esteve à beira de ganhar o Prémio Goncourt em 1935, é a sua obra mais conhecida.
Almada: O que nunca ninguém soube que houve I Almada Negreiros
Almada: O que nunca ninguém soube que houve
Almada Negreiros
Textos de José Manuel dos Santos e Sara Afonso Ferreira
ISBN: 978-989-8566-87-4
Edição: Dezembro de 2014
Preço: 16,98 euros | PVP: 18 euros
Formato: 16,7 × 22 cm [brochado]
Número de páginas: 152 [com imagens a cores]
[ Em colaboração com a Fundação EDP ]
Livro editado por ocasião da exposição Almada: O que nunca ninguém soube que houve (desenho, pintura, livros de artista) realizada pela Fundação EDP, na sala Cinzeiro 8 – Museu da Electricidade, em Lisboa, de 11 de Dezembro de 2014 a 29 de Março de 2015.
O conceito da exposição norteia a estrutura deste catálogo. […] Marcos de diferentes épocas, objectos raros e inacessíveis na sua plenitude, os quatro livros de artista escolhidos — Litoral, parva (1, 2, IV e 5), O Pierrot que Nunca Ninguém Soube que Houve e Quinze Panneaux de D. João I: Retable Batalha I — impenetráveis, na exposição, ao gesto da leitura, reproduzem-se aqui na íntegra. As páginas deste catálogo servem também para fixar outras obras menos conhecidas de Almada integradas na exposição. [Sara Afonso Ferreira]
Com a sua assinatura, ele marcava o mundo e apontava-o para si. A linha que crescia do d tinha um movimento que fazia daquela assinatura uma performance: espectáculo, acção, exibição, pontaria. Era assim Almada Negreiros [1893-1970], poeta-romancista-novelista-dramaturgo-ensaísta-conferencista-desenhador-pintor-vitralista-gravador-ilustrador-caricaturista-humorista-bailarino-cenógrafo-figurinista-coreógrafo-e-tudo-o-mais. Era assim aquele que desenhava com as palavras e escrevia com os olhos. Era assim aquele a quem José-Augusto França chamou o «português sem mestre, por impossibilidade de o haver, no Portugal do seu tempo de nascimento e juventude…», e em quem a ingenuidade se encontrava com a violência, o que é erudito não desconhecia o que é popular, a imaginação não expulsava o rigor. […] Esta exposição tem a assinatura de Almada, a sua simetria desigual, a sua linha em subida. Os livros de artista que aqui se mostra vão desde o jornal manuscrito parva (em latim), de 1920, até aos múltiplos, intermináveis ensaios de especulação geométrica, que atravessaram a sua vida inteira. Aqui estão eles: livros de artista avant la lettre, como se Almada tivesse o dom de fazer tudo pela primeira vez: Começar. [José Manuel dos Santos]
O Artista Fala… Conversas com Sara Antónia Matos e Pedro Faro I Júlio Pomar, Sara Antónia Matos e Pedro Faro
O Artista Fala…
Conversas com Sara Antónia Matos e Pedro Faro
Júlio Pomar, Sara Antónia Matos e Pedro Faro
Fotografias de Luísa Ferreira
ISBN: 978-989-8566-91-1
Edição: Janeiro de 2015
Preço: euros 9,52 euros | PVP: 10 euros
Formato: 16 × 22 cm [brochado, com badanas]
Número de páginas: 112
[ Em colaboração com os Cadernos do Atelier-Museu Júlio Pomar ]
O Artista fala… é o nome da entrevista de fundo que o Atelier-Museu fez ao pintor Júlio Pomar, no decorrer dos dois últimos anos, desde a abertura do museu monográfico dedicado à sua obra em Abril de 2013. Esta longa conversa estendeu-se por lugares e tempos diversificados, em almoços, cafés, ou visitas ao museu, e pretende trazer a público a fala própria do artista, a sua voz.
Não há mais razão nenhuma aparente para um quadro esperar dez anos até que volte a ele [risos]? Os tempos envolvidos na criação são difíceis de explicar. Quando a Menez era viva, e ela e a Paula [Rego] iam ao meu atelier, tinham uma conversa que se passava mais ou menos nestes termos: uma dizia «Como é que fizeste isto? Está tão bem». E eu respondia «Olha que isso ainda não está». Então, a outra dizia-me «Não está? Estás parvo?». Acabava quase sempre assim. O remate dependia de quem começava a conversa. Diferentes olhares, diferentes tempos, várias percepções do acto criativo e do resultado. Fazem-me muita falta essas conversas. [Júlio Pomar, in O Artista Fala…]
quarta-feira, 21 de janeiro de 2015
José de Guimarães – Le Nomadisme transculturel I Pierre Restany
José de Guimarães – Le Nomadisme transculturel
Pierre Restany
ISBN: 978-2-7291-1648-4
Preço: 14,15 euros | PVP: 15 euros
Formato: 21 × 27 cm
Número de páginas: 224 (a cores)
Edição em francês
EDIÇÃO
Éditions de la Différence
DISTRIBUIÇÃO
Sistema Solar
Assumer le nomadisme transculturel, pour Guimarães, cela signifie être présent aux quatre coins de la planète pour y explorer différents terroirs de la communication et en identifier les signes « ancestraux » d’une symbologie de base, qui, traduits en morphèmes, viendront nourrir la force de travail de l’image, et la rendre « parlante ». C’est ce que l’artiste exprime en une formule lumineuse : « Écouter les images ». La finalité de cette approche anthropologique est tout autant linguistique qu’existentielle. Issus du répertoire magique des civilisations ancestrales, les morphèmes de Guimarães entendent exprimer au quotidien l’authenticité et la force d’impact d’une message qui se situe d’emblée au-delà de la pure narration ou de la simple décoration. [Pierre Restany]
Né au Portugal en 1939, à Guimarães, ville dont il adoptera le nom en tant qu’artiste, José de Guimarães, qui a passé sept années en Angola, s’intéresse à l’ethnographie et à l’art africain. Il travaille sur l’idée d’une synthèse et d’une possible osmose entre les cultures africaine et européenne. Son oeuvre, découverte d’abord en Belgique dans les années soixante, est exposée successivement dans la plupart des pays européens. À partir de 1989, il expose régulièrement au Japon où il réalise de nombreux et importants projets publics, notamment à Tokyo, Kuchiro, Tsumari et Naoshima. En 1993, il effectue plusieurs voyages au Mexique et intègre dans son oeuvre ses recherches sur l’art précolombien. Depuis 1995, il partage sa vie entre Lisbonne et Paris, tandis que de nombreuses expositions lui sont consacrées en Allemagne, en Suisse, en Belgique, en Espagne, au Portugal, au Japon et au Brésil. À partir de 1998, il s’intéresse également à la culture chinoise ancienne et expose à Hong Kong, Macao et Pékin.
Sur l’oeuvre de José de Guimarães, La Différence a déjà publié, en 2003, dans la collection « Mains et Merveilles », une vaste monographie d’Alain Bonfand.
Cadernos CIAJG – Imagens Coloniais: Revelações da antropologia e da arte contemporâneas I Nuno Faria, Teresa Castro, Marie-Manuelle da Silva, Maria do Carmo Piçarra, Ricardo Roque
Cadernos CIAJG – Imagens Coloniais: Revelações da antropologia e da arte contemporâneas
Nuno Faria, Teresa Castro, Marie-Manuelle da Silva, Maria do Carmo Piçarra, Ricardo Roque
ISBN: 978-989-8566-85-0
Edição: Janeiro de 2015
Bilingue: português-inglês
Preço: 14,15 euros | PVP: 15 euros
Formato: 14,6 × 21,5 cm Número de páginas: 232 (com cor)
[ Co-edição: A Oficina, CIPRL ]
Em 2013, sob o mote «Imagens coloniais», quisemos cruzar duas linguagens que partilham, não raras vezes, campos operativos e estratégias discursivas: a arte contemporânea e a antropologia. Juntámos, assim, especialistas que têm vindo a escrutinar a produção da imagem em contexto colonial e que o fazem aliando rigor na investigação e risco na interpretação. Lidar com imagens não equivale a lidar com palavras: perante aquelas abre-se um campo imponderável, incontrolável, de significados que engendram um fluxo de sensações, de reminiscências, de aparições que inelutavelmente trazem para o discurso retórico a incerteza da pele e as profundezas do inconsciente e da memória.
O livro que agora se publica documenta e, mais do que isso, dá corpo, a um conjunto de contributos que ocorreram e se cruzaram no espaço da palavra (o auditório) e do corpo (o museu), mediados pela imagem, num lugar em que convivem obras de arte contemporânea e objectos religiosos, ritualísticos e propiciatórios. [Nuno Faria]
Alberto Carneiro: árvores, flores e frutos do meu jardim (desenhos e esculturas) I Alberto Carneiro
Alberto Carneiro: árvores, flores e frutos do meu jardim (desenhos e esculturas)
Alberto Carneiro
Edição de Catarina Rosendo
ISBN: 978-989-8566-89-8
Edição: Janeiro de 2015
Preço: 16,98 euros | PVP: 18 euros
Formato: 16,7 × 22 cm [brochado] I Número de páginas: 200
[ Em colaboração com a Fundação Carmona e Costa ]
Editado por ocasião da exposição Alberto Carneiro: Árvores, flores e frutos do meu jardim (desenhos e esculturas), com curadoria de Catarina Rosendo, na Fundação Carmona e Costa, em Lisboa, de 10 de Janeiro a 21 de Fevereiro de 2015.
Por uma espécie de efeito metonímico, os jardins de Carneiro contêm todas as suas paisagens imaginadas, e experimentar e vivenciar todos os fenómenos naturais que o ciclo das estações impõe ao seu jardim é penetrar o interior de todas as conotações antropológicas e pictóricas ligadas à ideia de paisagem e aos horizontes largos e infinitos que ela sempre sugere. Ao fixar em imagens as impressões obtidas pela apreensão das diversas intensidades do vento, do espectáculo de uma flor que emerge do bolbo, do restolho das folhas de Outono, ou do aroma dos frutos colhidos, Carneiro faz viajar a sua imaginação por dentro das suas qualidades mais íntimas, transportando-se para dentro delas através do desenho e justificando uma sua frase, de 2004: «Nestes desenhos estou eu no meu jardim.» [Catarina Rosendo]
Alberto Carneiro nasceu no Coronado, Portugal, em 1937. Entre os dez e os vinte e um anos de idade, aprendeu o ofício de santeiro nas oficinas de arte sacra da sua terra natal. Diplomado pela Escola Superior de Belas-Artes do Porto (1961-1967) e pós-graduado pela Saint Martin’s School of Art de Londres (1968-1970). Bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian: Porto (1962-1967) e Londres (1968-1970). Professor Associado, agregado pela Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto. Leccionou no curso de Escultura da ESBAP (1971-1976), no curso de Arquitectura da FAUP (1970-1999) e foi responsável pela orientação pedagógica e artística do Círculo de Artes Plásticas, Organismo Autónomo da Universidade de Coimbra (1972-1985).
Dedicou-se ao estudo do Zen, do Tao, do Tantra e da Psicologia Profunda. Viajou pelo Oriente e pelo Ocidente para viver e interiorizar outras culturas. Expõe desde 1963.
Realizou 93 exposições individuais e participou em mais de cem exposições colectivas em Portugal e no estrangeiro; está representado em museus e colecções públicas e privadas, em Portugal e no estrangeiro; realizou esculturas públicas em diversos países; recebeu numerosos prémios e publicou inúmeros textos e três livros, um em co-autoria, sobre Arte e sobre Pedagogia.
sábado, 10 de janeiro de 2015
Subscrever:
Mensagens (Atom)