segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Haja poesia.

                                                                                           João de Menezes-Ferreira, 1973

«A viagem a bordo desta cápsula espacial começa no ano de 1955, no momento em que Carl Perkins calça uns sapatos de camurça azul e dá início à festa, só terminando quando, já em 1980, Rui Reininho canta isto em jeito de exorcismo: "Fumada! Frustrada! Fumada! Bruxa Oxigenada". Fala-se aqui de ESTRO IN WATS – poesia da idade do rock, livro saído da pena de João de Menezes-Ferreira, uma antologia que reúne 563 letras do universo pop/rock entre 1955 e 1980 e que pode ser desfrutado como um manifesto de juventude no qual, o autor, trabalhou durante cerca de trinta anos.
[...]
Para lá das letras em versão bilingue, o livro inclui notas biográficas de todos os artistas e bandas incluídos e algumas fotografias. O ideal será lê-lo da mesma forma que o livro foi escrito: lentamente e em silêncio, primeiro, depois procurando as canções no youtube – ou os discos numa boa loja de vinyl –, para que a palavra se una à música e se torne, como cantaria Sérgio Godinho, no elixir da eterna juventude.

Conversámos com João de Menezes-Ferreira a propósito da edição de ESTRO IN WATTS, numa troca de frases que deu para tudo: negar a vinda de Dylan como o messias do rock, esmiuçar o título apresentado em modo críptico ou perceber que o autor se vai mantendo a par das tendências sonoras actuais, elegendo os LCD Soundsystem como a banda mais importante da última década. Haja poesia.
[...]»

Entrevista a João de Menezes-Ferreira, por Pedro Miguel Silva, «Rua de Baixo» [onde pode lida na íntegra] 

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