terça-feira, 24 de novembro de 2015

Hamlet-Rei (Luís II da Baviera) I Guy de Pourtalès


Hamlet-Rei (Luís II da Baviera)
Guy de Pourtalès

Tradução e apresentação de Aníbal Fernandes

ISBN: 978-989-8618-95-5

Edição: Novembro de 2015

Preço: 14,15 euros | PVP: 15 euros
Formato: 14,5 × 20,5 cm (brochado, com badanas)
Número de páginas: 176


«Um eterno enigma, é o que eu quero ser
para mim e para os outros.»

Guy de Pourtalès escreveu na primeira edição do seu livro: «as três figuras de Liszt, Chopin e Luís II parecem-me revelar os sintomas exactos dessa longa e talvez incurável doença dos homens que se chama o romantismo. Para juntar tudo isto em três palavras: Liszt é o amor; Chopin é a dor; e Luís II é a ilusão.» E acrescenta: «Em Luís II da Baviera, a beleza foi a única forma do amor. E se hoje a sua vida só me parece impotência e loucura, tanto mais o seu drama me emociona por ter sido vivido para a ilusão. No entanto, este tímido ruborizado teve audácias de César, e na Europa do fim do século XIX foi o último grande artista a usar coroa. Desde aí, Luís II fica com um rosto poético, assume um valor representativo. É excepcional como personagem de tragédia. E, muito naturalmente, ao estudar a sua história comecei a todo o momento a ler Hamlet onde estava Luís.»

Guy de Pourtalès [Berlim, 1881-Lausanne, 1941] […], se num primeiro momento de afirmação foi apenas tradutor de Shakespeare […], não tardaria a expor-se como ensaísta, como memorialista, e num alargado espaço de vinte anos como escritor de oito obras submetidas ao título L’Europe romantique, as que viriam a associar dois romances a seis biografias. Esta Europa romântica de Guy de Pourtalès revê-se em histórias instaladas nas margens do lago Leman — as margens que tinham sido cenário de eleição na sua juventude, as que ele voltava a amar nos romances Marins d’eau douce (1919) e Montclar (1926) — e escolhe biografias de homens ligados de perto a importantes momentos musicais do século XIX, todos contemporâneos ou mesmo próximos por amizades e ambientes, todos a gravitarem num mesmo espaço cultural. Começa com La vie de Franz Liszt (1925) e prolonga-se com Chopin ou le poète (1926), Louis II de Bavière ou Hamlet-Roi (1928), Nietzsche en Italie (1929), Wagner, histoire d’un artiste (1932) e por fim Berlioz et l’Europe Romantique (1939). 
Exteriormente a esta Europa Romântica foi autor de La Pêche miraculeuse […], em 1937 a escolha dos que atribuíam o Grande Prémio da Academia Francesa. 
[Do Prefácio de Aníbal Fernandes]




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