segunda-feira, 7 de junho de 2021

Cartoons do Ano 2020

Cartoons do Ano 2020 
António Antunes, André Carrilho, Cristina Sampaio, João Fazenda, Vasco Gargalo, António Maia, Henrique Monteiro, Rodrigo de Matos, Cristiano Salgado, 
Nuno Saraiva 


Introdução de Alberto Mesquita 
Apresentação de Pedro Mexia 
Comentários de José António Lima 
Coordenação editorial de António Antunes 

ISBN 978-989-9006-88-1 | EAN 9789899006881 

Edição: Junho de 2021 
Preço: 14,15 euros | PVP: 15 euros 
Formato: 17 × 21 cm (encadernado) 
Número de páginas: 128 (a cores) 

Com o apoio da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira 

Edição bilingue: português-inglês


Pedro Mexia: «É que enquanto muita gente exige cartoons sem exageros, o mundo anda tão exagerado que até o exagero parece um eufemismo.» 



O tema incontornável nesta retrospetiva é a pandemia de Covid-19, que aliás acaba por ser transversal a muitos outros aspetos também relevantes da conjuntura social e política nacional e internacional. Num ano tão difícil quanto este que atravessámos, tornou-se ainda mais importante a presença do humor nas nossas vidas, sendo por vezes o elemento catalisador que nos ajudou a renovar energias e a enfrentar tantas circunstâncias dramáticas que preencheram o nosso dia-a-dia. 
[Alberto Mesquita] 

Nos últimos tempos, os cartoonistas tornaram-se alvos habituais de reacções fortes. Reacções fortes a ideias fortes são compreensíveis e até desejáveis, mas os cartoons costumavam ser vistos, antes de mais, como um efeito forte. Os cartoonistas têm ideias, claro, mas também têm um método, que é o exagero. E esse método passou a ser tratado como uma ideia, quer dizer, como uma afronta. 
[…] 
Esta antologia dos melhores cartoons portugueses de 2020 mostra-nos um planeta doente. Trata-se, em primeiro lugar, da pandemia e dos medos que desencadeou. O coronavírus, com a sua característica (e microscópica) configuração, faz-se bem visível nestas páginas: é uma bola, um novelo, um escudo, um sol, uma forma que tomou conta da nossa existência e da nossa imaginação visual. Mas depois vem o «exagero» de apresentar a Covid como um de vários vírus em voga, entre os quais o neonacionalismo, o fundamentalismo, a democracia iliberal ou os líderes mundiais com penteados estrambólicos, incluindo aquele que achava que isto ia lá com lixívia. É que enquanto muita gente exige cartoons sem exageros, o mundo anda tão exagerado que até o exagero parece um eufemismo. 
[Pedro Mexia]

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