sexta-feira, 5 de julho de 2019

A Chuva Cai ao Contrário I João Jacinto


A Chuva Cai ao Contrário
João Jacinto

Textos de Jorge Silva Melo, Nuno Faria

ISBN 978-989-8902-81-8 | EAN 9789898902818

Edição: Junho de 2019
Preço: 16,98 euros | PVP: 18 euros
Formato: 24 x 34 cm (brochado com acabamento Otabind)
Número de páginas: 48 + 32 separata (a cores)

Com a Fundação Carmona e Costa

Edição bilingue: português-inglês



Jorge Silva Melo: «Tudo é silêncio neste tempo que aqui repetidas vezes suspende o seu voo.»


Este livro foi publicado por ocasião da exposição «A Chuva Cai ao Contrário», de João Jacinto, com curadoria de Manuel Costa Cabral e Nuno Faria, realizada na Sociedade Nacional de Belas-Artes, em Lisboa, de 18 de Junho a 20 de Julho de 2019, com o apoio da Fundação Carmona e Costa. Inclui um folheto que não pode ser vendido separadamente.

João Jacinto retoma um tema antigo da nossa imaginação, estamos outra vez nel mezzo del camin, a selva é obscura, já não há ninguém, mas a diritta via é só esta, a da morte e já ali está, inexorável via sem redenção, soterradas que ainda vemos as caveiras dos nossos dias.
Vistos assim, estes obsessivos desenhos-pinturas (como chamar-lhes?) chegam-nos quando tudo ainda é incerto, breve lusco-fusco, tudo ainda vago como foi a lua japonesa, destino e origem misturando-se, ramos, folhagem, troncos torcidos, horizonte, vida passada quando, vagabundos, os cães voltam a ser lobos e os homens ossadas.
[Jorge Silva Melo]

A natureza aparece aqui, nos desenhos-pintura de João Jacinto, mais do que tematizada, coisificada (justamente) pelo efeito de repetição, em modo panorâmico e cíclico, contrariando o tempo linear, irreversível e degenerativo que o modelo teleológico quis impor.
Nestes desenhos, parece que vemos sempre a mesma imagem, repetida ou re-apresentada, mas o que indiscernivelmente se presentifica perante cada espectador é a potência regeneradora do gesto que se traduz, obscuramente, numa busca da totalidade.
[Nuno Faria]

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