terça-feira, 15 de outubro de 2019

Momento à Parte / A Moment Apart I Vasco Araújo


Momento à Parte | A Moment Apart
Vasco Araújo

Textos de Ana Cristina Cachola, Inês Grosso, Ivo Mesquita, Alexandre Melo, André Tecedeiro, André e. Teodósio, Chantal Pontbriand, Colin Perry, Joacine Katar Moreira, João Pinharanda, Josué Mattos, Luísa Duarte, Rafael Esteves Martins, Rosa Lleó.

Design de Ana Luísa Bouza

ISBN 978-989-8902-92-4 | EAN 9789898902924

Edição: Junho de 2019
Preço: 28,30 euros | PVP: 30 euros
Formato: 19 x 24 cm (encadernado com sobrecapa)
Número de páginas: 144 (a cores)

Com o MAAT – Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia

Edição bilingue: português-inglês


Ana Cristina Cachola: «Na exposição Momento à Parte, como em grande parte da obra de Vasco Araújo, a textualidade, a visualidade e a sonoridade sobrepõem-se para que as múltiplas instâncias discursivas que concorrerem para a criação de um sistema intersígnico revelem a complexidade do mundo.»


No seguimento de uma carreira internacional de vinte anos, marcada numa fase inicial pelo Prémio Novos Artistas Fundação EDP em 2002, a exposição de Vasco Araújo reúne muitas das peças que o artista produziu em torno dos temas da voz, do corpo e da performance— grande parte das quais raramente vistas em Portugal, ou mesmo aqui apresentadas pela primeira vez ao público português. Deste modo, a exposição antológica constitui, a um tempo, um estimulante veículo de rememoração da coesão da totalidade da sua obra, e uma avaliação crítica da sua evolução artística, desde o primeiro vídeo realizado em 2000, O Carteiro Toca Sempre Duas Vezes, até uma performance especialmente produzida para a exposição, Libertas — a qual fez a extraordinária abertura da exposição, com mais de duzentos voluntários a cantarem publicamente o «Coro dos Escravos Hebreus», extraído da ópera Nabucco, de Giuseppe Verdi.
[da Apresentação]

Estes trabalhos não alinham no «novo» enquanto ideia comum. Vasco Araújo colecciona princípios dúplices de construção e destruição: o adorável enquanto terror, o velado enquanto estratégia emancipatória. Evitando apropriação e representação dos outros, evidenciam-se procedimentos culturais, geológicos, dispositivos e performances sociais, etc. intrínsecos a ontologias e comportamentos preponderantes que se tentaram naturalizar como sendo únicos. Diferindo de procedimentos museológicos conservadores, este «projecto expositivo» contínuo não é de afirmação mas de abandono; não um abandono pela demissão de tomada de posição ou neutralização mas pela intensificação da negatividade do projecto identitário.
[André e. Teodósio]

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