sábado, 18 de abril de 2020

(Im)permanência I Manuel Botelho

(Im)permanência
Manuel Botelho

Textos de Filipa Oliveira, João Pinharanda e Manuel Botelho

ISBN 978-989-9006-23-2 | EAN 9789899006232

Edição: Janeiro de 2020
Preço: 22,64 euros | PVP: 24 euros
Formato: 30,5 x 21 cm (brochado)
Número de páginas: 128 (a cores)

Com a Câmara Municipal de Almada
Edição bilingue: português-inglês



A morte é, tal como a vida, um leve fumo branco que se esvai na atmosfera.


Este livro foi publicado por ocasião da exposição (Im)permanência, de Manuel Botelho, com curadoria de Filipa Oliveira, encomendada e produzida pela Câmara Municipal de Almada, a qual teve lugar no Convento dos Capuchos, entre 9 de Novembro de 2019 e 26 de Abril de 2020. Esta exposição foi feita em parceria com o Museu Nacional de Arte Antiga, onde a segunda parte esteve patente entre 28 de Novembro de 2019 e 22 de Março de 2020.


As fotografias, elas também impermanentes, tentam corporificar uma ausência, torná-la presente. Se são testemunho da ruína, são igualmente lugar da materialização de uma presença pura e simples. São, por outro lado, sinal de algo que está para além do material, algo espiritual, algo atemporal. Simbolizam toda a humanidade, em silêncio, cruzando os tempos.
No Convento dos Capuchos de Almada, espaço de silêncio, de meditação e do atemporal, encontraram o lugar perfeito para virem à luz, numa feliz parceria com o Museu Nacional de Arte Antiga, que acolhe um núcleo dedicado ao Mosteiro da Batalha. 
[Filipa Oliveira]


Manuel Botelho afeiçoou-se aos corpos jacentes, às arcas maciças, às tampas amovíveis, à figuração decorativa acessória e simbólica, às arquitecturas que tudo enquadram; afeiçoou-se às sombras, ao pó, às manchas de humidade, ao rendilhado da pedra, às texturas e cores; afeiçoou-se ao tempo; […]. As suas fotografias cumprem, num subjectivo sistema de equivalência das artes, o papel da escultura tumular que registam. […] E, vendo-se morto num tempo passado que nunca poderia ter sido seu, vê-se sobrevivo num futuro que é agora (o desta exposição) e num futuro que já não será seu (aquele em que a perenidade da sua obra acompanhará a perenidade destas esculturas). 
[João Pinharanda]


O meu trabalho baseou-se sempre num questionamento dos motivos por que hoje faço isto e amanhã aquilo, hoje com esta configuração e amanhã com aquela, hoje com os meios próprios da pintura e amanhã com vídeos ou fotografias. Isto porque acredito que a essência da arte é aí que reside. Para mim a arte tem de ser pensamento e interrogação… interrogação constante, mesmo que as respostas tantas vezes nos iludam e se escapem por entre os dedos como a areia da praia. 
[Manuel Botelho]

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