Dona Guidinha do Poço
Manoel de Oliveira Paiva
Apresentação de Aníbal Fernandes
ISBN: 978-989-8566-64-5
Edição: Fevereiro de 2016
Preço: 14,15 euros | PVP: 15 euros
Formato: 14,5 x 20,5 cm [brochado]
Número de páginas: 224
A acidez de um fruto verde.
Uma fascinante aventura verbal.
Dona Guidinha do Poço […] recuperava nos seus traços gerais um caso que nos primeiros anos da década de 1850 perturbara a placidez de Quixeramobim (uma vila com este nome índio da tribo dos quixarés, a cerca de duzentos quilómetros de Fortaleza). Nessas terras áridas e sujeitas a secas prolongadas, a fazendeira Marica Lessa respondera em tribunal pelo assassínio do seu marido, o coronel Domingos d’Abreu e Vasconcelos, porque se tinha tomado de amores por Senhorinho Pereira, sobrinho do seu marido, e resolvera contratar um jagunço para desafogar o caminho que levantava obstáculos à sua paixão. Fora condenada a muitos anos de cárcere passados na cadeia pública de Fortaleza, e depois de sair em liberdade vagueara enlouquecida e indigente pelas ruas da cidade.
Na história de Manoel de Oliveira Paiva, a fazendeira é Dona Margarida Reginaldo de Oliveira Barros, a mulher bravia e apaixonada do Poço da Moita […]. [Aníbal Fernandes]
Manoel de Oliveira Paiva [Ceará, 1861-Ceará, 1892] começa a sua actividade literária enquanto estuda na Escola Militar no Rio de Janeiro, fundando nessa altura a revista A Cruzada, onde publicou o seu folhetim Tal Filha, Tal Esposa. No entanto, dois anos mais tarde, tem de abandonar a Escola Militar por sofrer de tuberculose. Regressa então ao Ceará onde, enquanto jornalista, luta pelo abolicionismo. Paralelamente, intensifica a produção literária através de contos, crónicas e sonetos. Em 1889 é publicado em folhetins no jornal Libertador o seu romance de estreia, A Afilhada, e, três anos mais tarde, deixa pronto um novo romance, Dona Guidinha do Poço, que contudo só viria a ser publicado em 1952. Esta obra é considerada um dos mais marcantes romances do naturalismo brasileiro.
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