segunda-feira, 23 de junho de 2014

«Os Trabalhos de Persiles e Sigismunda», de Miguel de Cervantes


Os Trabalhos de Persiles e Sigismunda 
Miguel de Cervantes 

Tradução, introdução e notas de José Bento 
Imagens de José Pedro Croft 

ISBN: 978-989-8566-55-3 


Preço: 26,89 euros | PVP: 28,50 euros 
Formato: 15,5x21,5 cm (brochado, com badanas) 
Número de páginas: 432 (12 reproduções a cores)

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«Andam o amor e o temor tão unidos que, para onde quer que volteis a cara, vê-los-eis juntos; e o amor não é soberbo, como alguns dizem, mas humilde, agradável, e manso; tanto, que costuma perder aquilo a que tem direito para não dar desgosto a quem quer bem.» [ Cervantes, Os Trabalhos de Persiles e Sigismunda 

Os Trabalhos de Persiles e Sigismunda, considerado por Cervantes a sua melhor obra, era há muito anunciado em livros anteriores, como D. Quixote. Publicado um ano após a sua morte, este texto narra a longa viagem de dois príncipes nórdicos enamorados que se fazem passar por irmãos. Cruzando mares povoados de ilhas, do Norte da Europa até Lisboa, aventuram-se em peregrinação a Roma, seguindo por terra os caminhos do Sul. Dos trabalhos passados dão conta as muitas personagens principais e secundárias que os acompanham na sorte adversa e na fortuna. 

Miguel de Cervantes (1547-1616) nasceu em Alcalá de Henares. Em 1566 a sua família fixou-se em Madrid. Daí Cervantes fugiu para Itália, para escapar à pena por ter participado numa rixa. Pouco depois, alistou-se como soldado e, em 1571, lutou na batalha de Lepanto, tendo perdido o uso da mão esquerda. Em 1575, no regresso a Espanha, foi feito prisioneiro pelos turcos e levado para Argel onde esteve cativo durante sete anos; só em 1577 pôde regressar. Foi romancista, poeta e dramaturgo.


«Antológica – Da Pintura à Pintura», de Pires Vieira




Antológica – Da Pintura à Pintura 
Pires Vieira

Texto de Adelaide Ginga

ISBN: 978-989-8566-57-7


Preço: 22,64 euros | PVP: 24 euros (encadernado) 
Número de páginas: 176 (a cores) 

Edição bilingue 

[ em colaboração com a Fundação Carmona e Costa ]

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Catálogo da exposição antológica do artista plástico Victor Pires Vieira apresentada no Museu Nacional de Arte Contemporânea – Museu do Chiado [selecção de obras produzidas desde finais de 1960 até ao início da primeira década do século XXI] de 6 de Junho a 14 de Setembro de 2014 e na Fundação Carmona e Costa [grande parte da obra em papel, nas suas inúmeras variantes, igualmente desde finais dos anos 60 do século XX até à actualidade] de 14 de Junho a 13 de Setembro de 2014.

Pires Vieira afirma-se no contexto da arte portuguesa como um caso singular, com identidade própria, que não é fácil categorizar e exige de quem interpreta o seu trabalho uma estrutura alargada de conhecimento, face ao carácter singular da sua obra. O pioneirismo dos anos 70, numa linguagem conceptual, minimalista, em consonância com o grupo francês Supports-Surfaces, tem continuidade num percurso único, em permanente mutação, incomparável no contexto português. O facto de ter assumido uma postura liberta de convenções e de ter sabido manter-se independente dos preceitos estabelecidos no meio das artes contribuiu para o deficiente conhecimento da sua obra, que pode agora ser corrigido nesta que é a sua primeira exposição antológica. O longo caminho de criação artística que Pires Vieira vem a percorrer desde finais dos anos 60 é alvo de uma expedição com dois pontos de partida e um ponto de chegada. Do fim e do princípio, porque tudo coexiste num percurso surpreendente da pintura à pintura. [ Adelaide Ginga 

Pires Vieira (Porto, 1950) estudou na Escola de Belas Artes de Paris, expôs individualmente em cerca de 40 ocasiões e participou em 70 exposições colectivas. Vive e trabalha no Estoril. Para além da sua actividade como artista plástico colabora na produção editorial de várias obras ligadas ao coleccionismo de arte contemporânea. Está representado em inúmeras colecções como: CAM – Fundação Calouste Gulbenkian, MNAC – Museu do Chiado, Culturgest/CGD, Colecção Museu Berardo, Fundação de Serralves.

sexta-feira, 20 de junho de 2014

«Cinco Histórias de Luz e Sombra», de Edith Wharton



Cinco Histórias de Luz e Sombra 
Edith Wharton 

Selecção, tradução e apresentação de Aníbal Fernandes 

ISBN: 978-989-8566-50-8 

Preço: 15,09 euros | PVP: 16 euros 
Formato: 14,5x20,5 cm (brochado, com badanas) 
Número de páginas: 240 


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Edith Wharton [ Nova Iorque, 1862 – Saint-Brice-sous-Forêt, 1937 ] fez-se uma hábil construtora de atmosferas batidas pela luz, pela sombra, e sobretudo por um não-dito que lhes garante a peculiar sedução. E em quase todas plana a fundamental lição dos textos de Henry James: o ponto de vista exclusivo de uma das personagens, limitador e a deixar-nos entregues ao que a sua participação na intriga permite conhecer. As escolhas deste livro passeiam por cinco destes textos «perturbados» [«A Sineta da Criada de Quarto», «Confissão», «Mais Tarde», «Segundo Holbein», «Uma Garrafa de Perrier»]. 

[ Aníbal Fernandes ]

Diz-se que o estilo de Edith Wharton é um claro e luminoso meio de fazer as coisas surgirem precisas e de nos atingirem para lá do que realmente está escrito. Mas não deixará aqui de se ter isto por verdadeiro: que o mistério e a ameaça das areias infinitas, o calor envolvente, a ausência da passagem do tempo, o silêncio, a inacessibilidade — tudo se faz luminoso embora seja mais qualquer coisa do que isso; é algo que nos põe a cismar, nos assombra quando fica claro, e acaba por desembocar na precisão, atingindo-nos para lá do que o seu desenho revela.

[ Ellery Queen ]

quinta-feira, 19 de junho de 2014

«Dicionário Filosófico», de Voltaire

Dicionário Filosófico 
Voltaire 

Tradução e posfácio de José Domingos Morais 

ISBN: 978-989-8566-49-2 

Preço: 26,42 euros | PVP: 28 euros 
Formato: 14,5cmx20,5 cm (brochado, com badanas) 
Número de páginas: 440

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«Pessoas de todos os estados e condições encontrarão com que se instruir e, ao mesmo tempo, divertir. Este livro não exige uma leitura seguida, mas seja qual for a página em que se abrir, encontrar-se-á sempre matéria de reflexão. Os livros mais úteis são aqueles em que os leitores são os autores de uma das metades. Desenvolvem os pensamentos cujos germes lhes foram apresentados, corrigem o que lhes parecer defeituoso e, com as suas reflexões, dão solidez ao que se lhes afigura frágil.» 

Voltaire ]


Estava-se em pleno século XVIII, o século do Iluminismo, e o Iluminismo foi a idade de ouro dos dicionários. […] Existindo tão vasta publicação de obras orientadas para a divulgação dos conhecimentos acumulados pelo homem, poderá perguntar-se o que teria levado Voltaire [Paris, 1694 – Paris, 1778] a acrescentar mais um título ao rol dos dicionários. Não foi certamente por ter sucumbido ao fascínio de uma moda, mas talvez tenha cedido à tentação de esclarecer, de iluminar definições e conceitos com as ideias resultantes do seu julgamento pessoal, da sua razão. Por outro lado, Voltaire reconhecia que uma enciclopédia em dúzias de volumes não era cómoda, nem prática, nem manejável; em suma, não era eficaz. […] E é assim que aparece em Genève, em Junho de 1764, a primeira edição deste livro de bolso, logo seguida de uma outra ainda seis meses não eram decorridos. […] Duas edições em seis meses é, na verdade, um sucesso. E o sucesso deve-se não só ao tamanho portátil da obra, mas ainda e sobretudo ao facto de Voltaire não se limitar a definições de ordem científica. Pelo contrário, evita-as ou critica-as e usa a sua razão para emitir julgamentos pessoais, quase sempre espirituosos e não poucas vezes provocatórios. […] Por isso, não é este um dicionário de consulta para aclarar uma ou outra dúvida. É um livro que se pode ler começando pela primeira página ou escolhendo qualquer artigo, para se ficar a saber o que o Patriarca de Ferney, como ficou conhecido no burgo, pensava sobre a guerra, a tolerância, a amizade, Job ou Abraão. Voltaire transformou, como ainda diz René Pomeau, o artigo de dicionário num género literário. 

José Domingos Morais 


sexta-feira, 13 de junho de 2014