terça-feira, 31 de março de 2015

Um Milhão Conta Redonda ou Lemuel Pitkin a Desmantelar-se I Nathanael West



Um Milhão Conta Redonda
ou Lemuel Pitkin a Desmantelar-se
Nathanael West

Tradução e apresentação de Aníbal Fernandes

ISBN: 978-989-8566-59-1

Edição: Fevereiro de 2015
Preço: 13,21 euros | PVP: 14 euros
Formato: 14,5 × 20,5 cm (brochado, com badanas)
Número de páginas: 160


Uma fábula de riso incómodo.
O ditador oculto nos mecanismos da democracia.
O «sonho americano» a desmantelar-se.

Depois de Miss Lonelyhearts, [Nathanael] West cometeu outro desvio ao previsível como tema de romance, e foi a subversão de uma das mais queridas mitologias do país; a do self-made man que nenhum contratempo esmorece, que da pobreza honrada ascende aos muitos dólares do conforto milionário. Para este cometimento que veio a chamar-se Um Milhão Conta Redonda ou Lemuel Pitkin a Desmantelar-se (complicado título que substituiu America, America, o mesmo que Elia Kazan escolheria para o seu filme autobiográfico), West lembrou-se de Voltaire e da peregrinação de Candide, mas sobretudo de Horatio Alger, um autor de optimismos patrióticos que viveu entre 1832 e 1899 […].

As ameaças que West pressentia na actividade dos movimentos fascistas e no descontentamento político dos conservadores incitou-o a morder em Horatio Alger e na sua literatura de rasteiro patriotismo — a parodiar-lhe as ingenuidades de puritano de Massachusetts, os momentos de incontenção racista, os apelos «ao leitor amigo» para se condoer das personagens designadas por «nosso herói» e «nossa heroína» — e sob esta divertida superfície cometer as crueldades do «desmantelamento» físico de Pitkin, da escolha de Betty para uma das mulheres mais generosamente violadas da literatura americana, para criar um curioso Mr Whipple, ex-presidente dos Estados Unidos que todos estes malefícios justifica com a acção sub-reptícia dos judeus da banca internacional e dos sindicatos bolchevistas, inimigos os mais temíveis da América das Oportunidades.

Nathanael West [1903-1940, escritor, dramaturgo e guionista americano] — um contador de histórias «visuais», um construtor da acção «vista» e dialogada, com lugar exíguo para os interregnos onde, em silêncio de diálogo, poderia passar-se a um aprofundamento psicológico das personagens, essas a que ele sabe conferir toda a espessura apenas com o que dizem e fazem, ou seja, propondo-nos qualquer coisa próxima de um cinema lido e realizado na mente de quem o lê. Foram características que o mostraram a Hollywood como trunfo apetecível […]. [Aníbal Fernandes]

Reflexos I Pawel Kuczynski


Reflexos
Pawel Kuczynski

Textos de Alberto Mesquita, Karolina Prymlewicz

ISBN: 978-989-99307-8-0

Edição: Março de 2015

Preço: 14,15 euros | PVP: 15 euros
Formato: 16,5 x 22 cm
Número de páginas: 128 (a cores)

[ Em colaboração com a Câmara Municipal de Vila Franca de Xira ]


Na 16.ª edição da Cartoon Xira, continuando o esforço de proporcionar a possibilidade de conhecer e apreciar o que de melhor se faz ao nível internacional no mundo dos cartoons, escolhemos como convidado o polaco Pawel Kuczynski [Szczecin, Polónia, 1976].

Ilustrador formado pela Academia de Belas-Artes, em Poznan, iniciou em 2004 o seu trabalho em ilustrações satíricas, tendo já no seu currículo mais de 130 prémios e distinções ao nível mundial, conseguidas com desenhos em aguarela e lápis de cor sobre papel.

A sua exposição, a que deu o nome de Reflexos, inclui trabalhos que retratam temas como a guerra, a fome, a pobreza, o racismo, a ecologia.

O autor autodenomina-se «ilustrador realista do nosso tempo… do nosso tempo surreal», e sem dúvida que a vertente satírica e inquietante é facilmente detetada, fazendo bem jus à função do cartoon.

Os seus desenhos trazem mensagens, reflexões, e críticas a que é impossível ficar indiferente. Não fosse a beleza das suas imagens, só isso já seria motivo suficiente para olhar atentamente os seus trabalhos. [Alberto Mesquita, Presidente da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira]

Cartoons do ano 2014 I António Antunes, José Bandeira, Carlos Brito, André Carrilho, Augusto Cid, Cristina Sampaio, Vasco Gargalo, António Jorge Gonçalves, António Maia, Henrique Monteiro


Cartoons do ano 2014
António Antunes, José Bandeira, Carlos Brito, André Carrilho, Augusto Cid, Cristina Sampaio, Vasco Gargalo, António Jorge Gonçalves, António Maia, Henrique Monteiro

Textos de Vicente Jorge Silva, José António Lima

ISBN: 978-989-99307-9-7

Edição: Março de 2015

Preço: 14,15 euros | PVP: 15 euros
Formato: 16,5 x 22 cm
Número de páginas: 128 (a cores)

[ Em colaboração com a Câmara Municipal de Vila Franca de Xira ]


Só o humor nos salva dos extremos caricaturais da beatitude ou do catastrofismo. E será também por isso que o humor suscita ódios ferozes e intolerâncias assassinas, tal como mostrou, já no início de 2015, o massacre na redação do Charlie Hebdo. Foi a prova trágica de que o humor — e o humor em desenho, em caricatura — pode ser a guarda avançada da liberdade de expressão, essa liberdade sem a qual nenhuma das outras liberdades faz sentido.

[…]

Felizmente, neste nosso país de brandos costumes e pouco exposto aos olhares do mundo, os desenhadores de humor não precisam de pagar com a vida o atrevimento de rir dos poderes e dos dogmas. 2014 foi, de resto, um ano especialmente melancólico, em que os portugueses se habituaram a conviver, sem excessivos protestos e alaridos, com os rigores da austeridade. E à melancolia ambiente, dissipado o efeito da grande manifestação dos nossos indignados em setembro de 2012, correspondeu uma acentuada melancolia do sorriso — mais do que o riso — dos desenhadores. O humor pode ser também o reflexo mais fiel do estado de alma de uma sociedade. [Vicente Jorge Silva]

Livro publicado por ocasião da exposição Cartoons do ano 2014, apresentada entre 14 de Março e 10 de Maio de 2015 no Celeiro da Patriarcal, em Vila Franca de Xira. Os cartoonistas desta 16.ª edição da Cartoon Xira são António Antunes [Vila Franca de Xira, 1953], José Bandeira [Lisboa, 1962], Carlos Brito [Lisboa, 1943], André Carrilho [Amadora, 1974], Augusto Cid [Horta, Açores, 1941], Cristina Sampaio [Lisboa], Vasco Gargalo [Vila Franca de Xira, 1977], António Jorge Gonçalves [Lisboa, 1964], António Maia [Rio Maior, 1951] e Henrique Monteiro [Guarda, 1969].

A Outra Mão I Graça Pereira Coutinho


A Outra Mão
Graça Pereira Coutinho

ISBN: 978-989-8618-61-0

Edição: Março de 2015
Preço: 30,19 euros | PVP: 32 euros
Formato: 24 x 33 cm
Número de páginas: 188 (a cores)

[ Em colaboração com a Fundação Carmona e Costa ]

Este livro reproduz em fac-símile o livro de artista de Graça Pereira Coutinho apresentado na exposição A Outra Mão, com curadoria de Paulo Pires do Vale, realizada na Fundação Carmona e Costa, em Lisboa, de 17 de Março a 2 de Maio de 2015.

O domínio do escritor não está na mão que escreve, essa mão «doente» que nunca solta o lápis, que não pode soltá-lo, pois o que segura, não o segura realmente, o que segura pertence à sombra e ela própria é uma sombra. O domínio é sempre obra da outra mão, daquela que não escreve, capaz de intervir no momento adequado, de apoderar-se do lápis e de o afastar. [Maurice Blanchot]

Graça Pereira Coutinho nasceu em Lisboa, onde tirou o curso de Escultura na ESBAL. Em 1971 foi estudar para Londres, onde tirou o curso de pós-graduação St. Martins School of Art, onde ainda vive. Das inúmeras exposições que realizou destacam-se: Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa; Fundação de Serralves, Porto; Caixa Geral de Depósitos, Lisboa; Museu de Arte Contemporânea Osaka, Japão; Bienal de São Paulo, São Paulo; MAC, Badajoz; Museu Histórico Nacional, Rio de Janeiro; Centro Britânico, São Paulo; Centro Cultural Ecco, Brasília.

Tem exposto na Todd Gallery, Londres; Galeria Graça Fonseca, Lisboa; Galeria Cristina Guerra, Lisboa; Galeria Porta 33, Funchal; Galeria João Esteves de Oliveira, Lisboa; entre outras. Tem trabalhos em várias colecções particulares e nas colecções da Caixa Geral de Depósitos, Fundação António Prates, Fundação PLMJ, Museu de Arte Contemporânea Belém (Brasil), Museu de Arte Contemporânea Osaka(Japão), Fundação Calouste Gulbenkian, Centro Cultural de Belém, etc.

segunda-feira, 9 de março de 2015

Inferno I August Strindberg



Inferno
August Strindberg

Tradução do original francês e redacção cronológica de Aníbal Fernandes

ISBN: 978-989-8566-13-3

Edição: Fevereiro de 2015

Preço: 15,09 euros | PVP: 16 euros
Formato: 14,5 × 20,5 cm (brochado, com badanas)
Número de páginas: 256



Portador de um fascinante enigma.
Na desordem uma liberdade.


August Strindberg [1849-1912, escritor e dramaturgo sueco], chegou a Inferno coleccionando sinais inexplicáveis que o perturbaram em Paris, em Saxen e em Lund, com eles fazendo um cerco às trivialidades do quotidiano. Esgotou-se num esforço esplendorosamente fracassado para confrontar as suas dúvidas com a inocência tranquila da realidade. Mas construiu um espectáculo que impressiona. A sua manipulação de sinais efémeros marca com dureza um destino supostamente regido por Potências que lhe não poupam dores nem o martírio da expiação. Para Strindberg estas Potências —imagem de um deus que ele não consegue definir — incitam-no a um refúgio na Ciência, mas por ironia encontrará aí outra vergasta que o incita a investir contra os homens; é um mundo de obsessões, com tréguas raras e curtas, derrotas sofridas com um masoquismo que o humilha e destina ao sangrento desastre das relações humanas. [da apresentação de Aníbal Fernandes]

O inferno? Fui educado no mais profundo desprezo pelo inferno, ensinado a tê-lo como fantasia atirada para o monturo dos preconceitos. Apesar disto não posso negar uma diferença, e reside nela a novidade da interpretação das chamadas penas eternas: já estamos no inferno. A terra é o inferno, prisão que uma inteligência superior construiu de forma a eu não poder dar um passo sem beliscar a felicidade alheia, e os outros não poderem ser felizes sem me fazer sofrer. […]
O fogo do inferno é o desejo do êxito; as Potências despertam-no e consentem que os malditos vejam os seus votos realizados. Mas atingido o objectivo e realizados os anseios, tudo se revela destituído de valor e a vitória é nula! É tudo vaidade das vaidades, nada mais do que vaidade. Depois da primeira desilusão, as Potências sopram o fogo do desejo, da ambição; mas o que mais atormenta não é o apetite insaciado; é, antes, a cobiça satisfeita que inspira o nojo de tudo. O Demónio, esse, também padece infinitamente a pena porque obtém quanto deseja no instante em que deseja, e nada mais tem para gozar. [de August Strindberg, Inferno]

A Reinvenção do Real – curadoria e arte contemporânea no Museu do Neo-Realismo I David Santos


A Reinvenção do Real – curadoria e arte contemporânea no Museu do Neo-Realismo
David Santos

Apresentações de Delfim Sardo e Pedro Pousada

ISBN: 978-989-8566-90-4

Edição: Dezembro de 2014

Preço: 26,42 euros | PVP: 28 euros
Formato: 16 × 22 cm [brochado, com badanas]
Número de páginas: 304 [com imagens a cores]


De uma forma quase subliminar, o projeto curatorial que David Santos aqui rememora e documenta — e que constituiu o centro do seu doutoramento apresentado ao Colégio das Artes da Universidade de Coimbra — situa-se num processo particularmente importante e relevante de, num contexto com a peculiaridade do português e numa situação concreta levemente excêntrica, reposicionar a relação entre modernidade e contemporaneidade a partir de uma circunstância política que impele a uma tematização do real nas práticas artísticas.

Que a chave para encontrar esse elo perdido entre a modernidade das grandes narrativas e a eclosão do fascínio pelas comunidades temporárias, pela memória coletiva idiossincrática das micronarrativas, ou seja, entre formulações díspares e contraditórias de equacionar o papel político da arte tenha sido desenvolvida a partir de um museu criado em volta de uma ideia celebratória de um momento histórico, ainda mais interessante torna o processo, porque no eixo de aggiornamento procurado na programação que agora fica fixada para debate futuro está patente uma intrínseca reflexão retroativa, ou melhor, retroprospetiva. [Delfim Sardo, do «Prefácio»]

David Santos é historiador de arte e curador de arte moderna e contemporânea. Doutorou-se em Arte Contemporânea no Colégio das Artes da Universidade de Coimbra (2014). Dirigiu o Museu do Neo-Realismo entre 2007 e 2013. Dirige desde finais de 2013 o Museu Nacional de Arte Contemporânea – Museu do Chiado. É autor de Marcel Duchamp e o readymade – Une sorte de rendez-vous (Assírio & Alvim, 2007).

Este livro foi publicado com o apoio do Colégio das Artes e da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira.

Negro Teatro de Jorge Molder I Alberto Ruiz de Samaniego



Negro Teatro de Jorge Molder
Alberto Ruiz de Samaniego

Edição bilingue – português/castelhano

ISBN: 978-989-8566-96-6

Edição: Fevereiro de 2015

Preço: 16,98 euros | PVP: 18 euros
Formato: 14,5 × 20,5 cm [brochado]
Número de páginas: 184 [com imagens a cores]

[ Em colaboração com a Fundação EDP ]


Percorrer as imagens de Molder, que às vezes tão ferozmente nos interpelam, é como assistir à emergência inquietante de uma mascarada muito séria, um teatro enganoso em que a vítima, o testemunho, o fazedor na sombra, o vigilante e o carrasco encarnam no mesmo indivíduo, não tanto para consolação dos espectadores, nem, supostamente, por narcisismo, quanto para os enredar em estratégias de despersonalização, dominação, dissimulação e culpa, todo um teatro da crueldade e do mistério em que o sujeito aparece submerso ou refugiado numa espécie de cripta psíquica: um verdadeiro espaço de sedução medúsea — eis o que é a imagem e, especificamente, a imagem fotográfica — do qual, sem dúvida, nem ele nem os espectadores podem sair ilesos. [Alberto Ruiz de Samaniego]

Livro publicado por ocasião da exposição de Jorge Molder Rico pobre mendigo ladrón no Circulo de Bellas Artes em Madrid de 5 de Fevereiro a 17 de Maio de 2015.

Alberto Ruiz de Samaniego (1966), professor de Estética da Universidade de Vigo. É autor, entre outros, dos livros: Maurice Blanchot: una estética de lo neutro (1999); Semillas del tiempo (1999); La inflexión posmoderna: los márgenes de la modernidad (2004); James Casebere (2005); Belleza de otro mundo. Apuntes sobre algunas poéticas del inmovilismo (2005); Ser y no ser. Figuras en el dominio de lo espectral (2013); Las horas bellas. Escritos sobre cine (2015).

Parque – Os cones e outros lugares I Ricardo Jacinto



Parque – Os cones e outros lugares
Ricardo Jacinto

Textos de Nuno Faria, Ricardo Jacinto, Hugo Brito

Edição bilingue – português/inglês

ISBN: 978-989-99307-6-6

Edição: Janeiro de 2015

Preço: 14,15 euros | PVP: 15 euros
Formato: 16 x 24 cm
Número de páginas: 264 a preto e branco e a cores

[ Co-edição: A Oficina, CIPRL ]


A presente exposição revisita Parque, o mais amplo e complexo projecto de Ricardo Jacinto realizado até à data, e investe o território inexplorado que ficou desenhado quando o extenso colectivo de artistas e músicos que se reuniu em torno do autor se desmembrou. […]

Constituindo-se seguramente como uma das mais fascinantes obras produzidas no contexto da arte contemporânea portuguesa na última década, Parque define-se como um espaço de criação colectiva e comunitária e desenvolveu-se praticamente sem interrupções entre 2001 e 2007, articulando um conjunto de três peças performativas principais com um conjunto de apresentações mais informais que documentavam as fontes, os materiais e os conceitos que consubstanciaram o projecto. Ricardo Jacinto cruza no seu trabalho escultura, arquitectura e música para criar peças em que o espectador é convocado para experiências perceptivas intensas e, por vezes, inusitadas.

Editado por ocasião da exposição Parque – Os cones e outros lugares, de Ricardo Jacinto [25 de Outubro 2014 – 11 de Janeiro 2015, na Plataforma das Artes e da Criatividade / CIAJG, Guimarães], produzida pelo Centro Internacional das Artes José de Guimarães.

Ricardo Jacinto (Lisboa, 1975) vive e trabalha em Lisboa e Belfast. Artista sonoro e músico, concentra-se principalmente na relação entre som e espaço. Desde 1998 tem apresentado o seu trabalho em exposições, concertos e performances individuais e em grupo, em Portugal e no estrangeiro, e tem colaborado extensivamente com outros músicos, arquitectos e artistas. Apresentou o seu trabalho em diversas exposições individuais e colectivas como: Projet Room CCB – Lisboa, Circulo de Belas-Artes – Madrid, MUDAM – Luxemburgo, Centro Cultural Gulbenkian – Paris, Manifesta 08 – Bienal Europeia de Arte Contemporânea em Itália, Loraine Frac-Metz, OK CENTRE – Linz – Áustria, CHIADO 8 – Culturgest – Lisboa, Casa da Música – Porto e Bienal de Arquitectura de Veneza de 2006. Como músico-performer actuou em diversos locais como: Fundação de Serralves – Porto, Palais Tokyo – Paris, SARC – Belfast, Festival VERBO – São Paulo, Festival Temps d’ Images – Lisboa, Festival Rescaldo – Lisboa, Festival BigBang – CCB – Lisboa, Culturgest – Porto e Lisboa, ZDB – Lisboa, Dança Base – Edimburgo, Kabinett 0047 – Oslo, Fundação Calouste Gulbenkian – Paris e SARC – Belfast.