quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

Ana Hatherly: Território Anagramático I Ana Hatherly



Ana Hatherly: Território Anagramático
Ana Hatherly

Textos de João Silvério, Maria Filomena Molder, Fernando Aguiar, Andreia Poças

ISBN: 978-989-8834-96-6

Edição: Janeiro de 2018
Preço: 37,74 euros | PVP: 40 euros
Formato: 21 x 27 cm (encadernado)
Número de páginas: 280 (a cores)

[ Em colaboração com a Fundação Carmona e Costa ]

Edição bilingue: português-inglês



«Sentado num degrau da escada estava um sema.
O seu aspecto era semelhante ao duma salsicha azul-clara.
Todos os que o viam achavam estranho e diziam: é metafísico.
Ninguém reparava que era azul.» 


[Ana Hatherly, «Tisana 138», 463 Tisanas]




Este livro foi publicado por ocasião da exposição «Ana Hatherly: Território Anagramático», realizada na Fundação Carmona e Costa, com curadoria de João Silvério, entre 17 de Novembro de 2017 e 13 de Janeiro de 2018.


A exposição Ana Hatherly: Território Anagramático toma a obra escrita pela autora sob o título Tisanas como uma grelha estrutural para dar a ver o seu trabalho artístico e os cruzamentos que esse mesmo trabalho revela ao nível do pensamento, da escrita, da performance e das preocupações da artista, que se manifestam sobre contextos diversos e em diferentes meios de expressão escrita e plástica. 
[João Silvério]

Como um mergulhador, Ana Hatherly vem à superfície para recuperar o fôlego e logo se embrenha nas profundezas. Porém não é só isso, é que dela, deste poeta-artista, só ficarão essas breves tomadas de fôlego, essas minúsculas bolsas de ar agarradas, um contraste menor, às palavras, aos riscos, aos silvos, bolsas de ar que não se vêem, não se lêem, nem se ouvem, talvez se adivinhem (leia-se um dos poemas de Cisne Intacto, 54). 
[Maria Filomena Molder]

A obra visual de Ana Hatherly é caracterizada pela gestualidade, pelo movimento da mão que cria inquietas linhas de texto, densas texturas, inomináveis volumes, múltiplas formas que continuamente se (trans)formam, que sugerem itinerários, significações diversas, procedimento para transmitir graficamente uma poética que, sendo também verbal, se metamorfoseia e se evidencia na visualidade.
Nas caligrafias, as palavras/versos são inscritos na página como trilhos a percorrer ao sabor da «imaginação e da memória» de cada um. 
[Fernando Aguiar]




Sobre Ana Hatherly e os autores dos textos, consultar www.sistemasolar.pt



Animals’ Nightmare I Joana Villaverde


Animals’ Nightmare
Joana Villaverde

ISBN: 978-989-8833-19-8

Edição: Outubro de 2017
Preço: 14,15 euros | PVP: 15 euros
Formato: 16,5 x 23 cm (brochado)
Número de páginas: 88

Edição trilingue: português-inglês-árabe




O Alentejo onde vivo, as oliveiras, o Mediterrâneo,
o calor, as pessoas empurraram-me para a Palestina.


Este livro foi publicado a propósito da residência artística de Joana Villaverde na Qatan Foundation, em Ramallah, na Palestina (Junho-Julho 2014). Da residência resultaram duas exibições da exposição «Animals’ Nightmare»: na cavalariça do futuro Fórum Cultural de Avis (Abril-Maio 2015) e na Appleton Square, em Lisboa (Janeiro-Fevereiro 2016).


Este texto é sobre um trabalho na vida, ou vice-versa, não faço distinções. A experiência, o que vi e vivi durante as minhas estadas na Palestina. Experiência que fez transformar o trabalho, a forma como o devia apresentar, como o devia dar a ver, como o devia fazer.
Este trabalho é sobre dignidade. Quis mostrar aquilo que vi, que senti, mostrar como a vida não se passa igual em todos os lugares. Este trabalho é sobre pessoas, é sobre a vida, é sobre a morte, é sobre como a vida e a morte estão tão perto.

Em forma de livro sinto que devia contar uma história, como se contam as histórias aos meninos à noite. É o que tento fazer aqui, só que esta história não é só para meninos. Tento explicar o que me leva, o que me levou a amar a Palestina. 
[Joana Villaverde]



Joana Villaverde é artista plástica e nasceu em Lisboa, em 1970. Vive e trabalha em Avis desde 2012. Foi bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian para a residência Location One em Nova Iorque (2010/2011). Foi artista residente na Guest House da Fundação Qattan em Ramallah (2014). Foi seleccionada pela EUNIC-European Union National Institutes for Culture para participar no workshop Rethink Palestine, em Jericó, na Palestina (2015). Em Dezembro 2015 participou na conferência «Walter Benjamin in Palestine», em Ramallah, na Palestina. Em 2018, inaugura o seu atelier Officina Mundi, em Avis. O seu trabalho está representado na Colecção MAAT-Fundação EDP, quARTel Colecção Fernando Ribeiro, Diocese de Beja e em várias colecções particulares em Portugal, Espanha, França, Bélgica, Reino Unido, EUA e Palestina. Mais informação em www.sistemasolar.pt.

Magna Terra: Miguel Torga e outros lugares I Duarte Belo



Magna Terra: Miguel Torga e outros lugares

Duarte Belo

ISBN: 978-989-8902-02-3

Edição: Janeiro de 2018
Preço: 11,32 euros | PVP: 12 euros
Formato: 14,5 x 20,5 cm (brochado, com badanas)
Número de páginas: 96 (a cores)

[ Com o apoio do Espaço Miguel Torga ]



Ainda que sobre estas terras caia o esquecimento, de uma humanidade
que esconde o seu medo da natureza na profundeza frágil
das cidades, um dia talvez tenhamos que regressar a estes territórios.


Este livro foi publicado por ocasião da exposição «Magna Terra: Miguel Torga e outros lugares», de Duarte Belo, realizada no Espaço Miguel Torga, em São Martinho de Anta, Sabrosa, de 17 de Janeiro a 31 de Março de 2018.


Torga foi um dos mais singulares intérpretes de um tempo que passou, de uma comunidade, quase um país inteiro, que tinha raízes e garras presas a uma antiguidade remota, de feição animal, faminta, de uma sobrevivência em luta tenaz contra a pobreza na mais absoluta falta de liberdade. Torga fala-nos deste passado, mas também da permanência, da dureza das matérias do quotidiano, da suavidade amarga da memória de homens e mulheres. Dignidade e resistência. Esta é a magna terra que nos acolhe, Miguel Torga, escritor de um século. Agora, caminhamos sobre uma ausência deixada na terra.
[…]
Acordámos numa leitura do universo geográfico, próximo, de Miguel Torga: São Martinho de Anta e os territórios envolventes. São as paisagens do santuário de Nossa Senhora da Azinheira até ao Douro, de Sabrosa à Serra do Alvão. Há outros lugares que foram muito marcantes na vivência de Torga, particularmente Coimbra. A opção de ficarmos pela região onde nasceu, prende-se com o significado que a mesma assume na génese e no carácter de toda a sua obra literária. Há uma marca nestas terras transmontanas que permanece, há aqui um vinco telúrico de que Torga foi um exímio descodificador e singular voz. As suas palavras refletem paisagens que nenhuma fotografia pode revelar.
Não deixámos, no entanto, de ensaiar uma viagem imaginária. Praticamente todas as fotografias foram feitas em 2017, especificamente para esta edição e exposição; há duas exceções, as fotografias do Santuário Rupestre de Panóias, de 2015, e as últimas fotografias, a preto e branco, retiradas de um arquivo que, há mais de 30 anos, constrói aproximações à representação do espaço português. 
[Duarte Belo]




Cabrita Reis: A Voragem do Mundo – Conversas com Sara Antónia Matos e Pedro Faro


Cabrita Reis: A Voragem do Mundo – Conversas com Sara Antónia Matos e Pedro Faro
Pedro Cabrita Reis, Pedro Faro, Sara Antónia Matos

ISBN: 978-989-8834-99-7

Edição: Dezembro de 2017
Preço: 11,32 euros | PVP: 12 euros
Formato: 12 x 17 cm [brochado]
Número de páginas: 192

[ Em colaboração com o Atelier-Museu Júlio Pomar ]



Eu e o mundo alimentamo-nos mutuamente… […] Está tudo ao meu alcance, 
ao alcance da vontade, ao alcance do desejo de devorar. Só se ama, só se vive 
devorando o corpo amado. Neste caso, o «corpo amado» é o mundo inteiro. 


Cabrita Reis: A voragem do mundo. Conversas com Sara Antónia Matos e Pedro Faro insere-se na colecção Cadernos do Atelier-Museu Júlio Pomar e dá seguimento ao projecto de entrevistas que se iniciou com Júlio Pomar: O Artista fala…[2014], continuou com Rui Chafes: Sob a pele [2015] e teve seguimento com Julião Sarmento: O Artista como ele é [2016]. 
As entrevistas são feitas por ocasião do programa de exposições do Atelier-Museu, que cruza a obra do pintor com artistas convidados, mostrando novas relações daquele com a contemporaneidade. 
Periodicamente, durante a investigação, as conversas vão acontecendo, ora no atelier do artista, ora no museu, gerando-se um corpo de diálogos espaçados no tempo, que poderá servir para o leitor acompanhar e desvendar o processo de preparação da exposição, desde a sua concepção até às opções de montagem e materialização. 
De realçar que o projecto de exposição Das Pequenas Coisas foi construído passo a passo com Cabrita Reis, concorrendo estas conversas para definir as obras que entraram na exposição, o conceito a elas inerente, a forma de as apresentar no espaço, o título da exposição e as publicações. Desse modo, as conversas e períodos de investigação desenvolvidos com o artista revelaram-se fundamentais para a exposição que se centrou (por sugestão do próprio Cabrita Reis) nas assemblages de Júlio Pomar (realizadas sobretudo nas décadas de 1960 e 1970) e num conjunto de peças relativamente pequenas de Cabrita Reis, intimamente relacionadas com momentos da sua vida privada. Na verdade, através das conversas, veio a perceber-se que, embora não esteja explícito na materialização da obra, cada peça conta uma história e um episódio de vida. 
[Sara Antónia Matos



Sobre Pedro Cabrita Reis, consultar www.sistemasolar.pt

História da Vida Privada I Pedro Valdez Cardoso



História da Vida Privada
Pedro Valdez Cardoso

Texto de João Miguel Fernandes Jorge

ISBN: 978-989-8902-00-9

Edição: Dezembro de 2017
Preço: 24,53 euros | PVP: 26 euros
Formato: 20,5 x 28 cm (brochado, com badanas)
Número de páginas: 168 (a cores)


Edição bilingue: português-inglês



A linguagem destes inumeráveis géneros de coisas assemelha-se ao lixo que as marés
lançam à praia ou aos ramos secos das podas que ao longo de um Verão se acumularam
e aguardam os dias chuvosos do Outono para que possam arder numa queimada.



Este livro foi publicado por ocasião da exposição «Pedro Valdez Cardoso: História da Vida Privada» que teve lugar na Galeria 111, Lisboa, entre 11 de Novembro e 30 de Dezembro de 2017.



Plásticos, sob a forma de alguidares, ossos, vegetais… Madeira, sisal, cartão, linhas, cartolina, tecido, silicone, papel fotográfico, mapas, borracha, papel-manteiga, esferográfica, cordão, fita adesiva, papel químico, cimento, couro, latas de alumínio, cerâmica, cabelo artificial, porção de rocha, vidro, pano turco, esferovite, tela, napa, marcadores…

Materiais por onde se desenvolve e amplifica a criatividade na obra de Pedro Valdez Cardoso. E estarei longe de os ter esgotado. Eles são o instrumento por onde a sua arte percorre, interiorizando, em cada objecto que nos propõe, pensamentos sobre a conexão entre os instintos e um psiquismo que não se querem limitados nem pelo tempo nem pelo espaço e que evocam um aparentemente perdido mundo real. […]
O silêncio percorre quase sempre o trabalho de Valdez Cardoso. Um silêncio de mármore. Podemos tocá-lo. Liso. Profundo. Como se fosse a passagem de uns dedos sobre o nosso rosto, discretos. São obras de grande solidão aquelas com que nos deparamos, porque um círculo longínquo protege-as. Fogem da nossa inquietação, à semelhança de aves migratórias, que vivendo na distância dos céus ao modo de todas as aves, partem para um país longínquo na busca de um novo e outro silêncio. 
[João Miguel Fernandes Jorge]



Pedro Valdez Cardoso (Lisboa, 1974), vive e trabalha em Lisboa. Expõe regularmente desde 2001, tendo participado em inúmeras exposições individuais e colectivas em Portugal e no estrangeiro. A obra que tem vindo a desenvolver, com um maior foco na escultura e na instalação, centra-se sobretudo em problemáticas relacionadas com a identidade (social, sexual e cultural), e questões pós-coloniais. Encontra-se representado em diversas colecções públicas em Portugal e no estrangeiro.

Kamal I Francisco Pinheiro


Kamal
Francisco Pinheiro

Textos de Leonor Nazaré, Francisco Pinheiro & Olympio Pinheiro, Jaume Valentines-Álvarez

ISBN: 978-989-8834-93-5

Edição: Novembro 2017
Preço: 16,98 euros | PVP: 18 euros
Formato: 17 x 24 cm (brochado, com badanas)
Número de páginas: 128 (a cores)

Edição bilingue: português-inglês



Textos e imagens invocam a necessidade de uma
alquimia, a importância de lembrar, de resistir.


Este livro parte da exposição «Sob um sol de agulhas», realizada no Instituto Camões (Lisboa, 2016), com curadoria de Nuno Faria, e enquadra-se na bolsa Fulbright/Carmona e Costa, com a qual, enquanto bolseiro, o artista fez o seu mestrado na San Francisco Art Institute, Califórnia (2012-2014).


Reencontrei «o meu tio do Brasil», o Olímpio com Y. Falámos como se nos tivéssemos conhecido pela primeira vez.
Nesta altura estava em momento de criação para a minha exposição no Instituto Camões em Lisboa, e a pensar em questões relacionadas com língua e identidade. Por coincidência ou não, o aparecimento do meu tio e as nossas inúmeras conversas em torno de Trás-os-Montes, da guerra colonial em Angola e do Brasil acabaram por animar novas conexões no interior do meu trabalho. […] Ao ouvir o meu tio, pude descobrir um pouco mais da minha biografia familiar e vislumbrar parte da complexa, bela e violenta espiral colectiva de que fazemos todos parte. 
[Francisco Pinheiro]


Uma linha costeira, o mar aberto, a invocação de outros continentes: conversas que passam por Angola e Brasil, obras e instrumentos de colecções noutros países, minas de metais, pedras e diamantes na Califórnia, na China e na África do Sul, abrigos, materiais escolares nas ex-colónias… A exposição realizada em 2016 no Instituto Camões em Lisboa e esta publicação dão assim a volta ao mundo, com indícios, evocações e apontamentos detalhados de luzes que se acenderam e apagaram na história da navegação portuguesa, no sentido mais lato que a ela se pode associar. 
[Leonor Nazaré]


Francisco Pinheiro (Lisboa, 1981) é artista plástico e a sua prática situa-se entre o desenho, a escultura e o som. A par do seu trabalho individual, tem criado projectos colaborativos através do West Coast, uma plataforma nómada de criação e debate em torno de culturas costeiras, ciência e ecologia. Fez o mestrado pela San Francisco Art Institute (EUA, 2014) como bolseiro Fulbright/Fundação Carmona e Costa e é licenciado em Pintura pela Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa (2005). Mais informação: www.sistemasolar.pt.

Xabregas City I João Paulo Feliciano


Xabregas City
João Paulo Feliciano

Textos de Jorge Gaspar, Sérgio Mah

ISBN: 978-989-8834-91-1

Edição: Novembro de 2017
Preço: 28,30 euros | PVP: 30 euros
Formato: 24 x 39 cm (encadernado)
Número de páginas: 200 (a cores)

[ Com o apoio da Câmara Municipal de Lisboa, Junta de Freguesia do Beato, Cristina Guerra Contemporay Art ]

Edição bilingue: português-inglês



São fotografias para serem visitadas e viajadas.

Este livro reúne 1404 fotografias (de um total de 8300 fotografias, todas elas tiradas com iPhone, que foram sendo seleccionadas e publicadas no Instagram e no Facebook entre 9 de Novembro de 2015 e 22 de Novembro de 2016) da zona oriental de Lisboa. A ordem das fotografias reproduz a sequência cronológica da sua publicação original. Estas fotografias foram expostas no Ar.Co, em Xabregas, Lisboa, entre 10 de Março e 20 de Maio de 2017.


O inquérito-expedição levado a cabo por João Paulo Feliciano na Lisboa Oriental e que está sintetizado neste conjunto de fotografias abre-nos múltiplas janelas para aquele espaço fascinante, encriptado nas suas complexas geometrias. […]
São patentes as narrativas poéticas, que não só proporcionam leituras como experiências. São fotografias para serem visitadas e viajadas. 
[Jorge Gaspar]

Desde o início da sua trajectória artística, nos anos finais de 1980, que o trabalho de João Paulo Feliciano se tem distinguido pela persistente exploração dos limites e possíveis intersecções entre as condições materiais e discursivas da prática artística e diferentes aspectos da cultura urbana e popular. O que é da arte e o que é da vida equivalem-se, o que é específico e o que é transversal complementam-se […]. 
[Sérgio Mah]



João Paulo Feliciano (Caldas da Rainha, 1963). Artista visual e músico, é licenciado em Línguas e Literaturas Modernas pela Universidade de Lisboa. Um percurso muito pouco linear tem levado João Paulo Feliciano a experimentar múltiplos campos de expressão, diversas formas artísticas e até diferentes actividades. No entanto é a partir do seu trabalho como artista plástico que Feliciano tem afirmado o essencial da sua linguagem.
Na sua obra encontramos instalação, objectos, pintura, desenho, fotografia, vídeo, luz, som, música, design gráfico, arquitectura, performance
Em 2009, em conjunto com o seu irmão Mário Feliciano, criou o Real Combo Lisbonense – uma orquestra de música de dança. Entre 2015 e 2016 realizou o projecto Xabregas City, um importante levantamento fotográfico da zona oriental de Lisboa, publicado online e agora em livro.

António de Castro Caeiro apresenta «Contemplação Particular» [convite]

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segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

Ponto de Encontro: Livraria do Convento de São Francisco, em Coimbra




Livraria Convento de S. Francisco
Convento de S. Francisco
Avenida da Guarda Inglesa, 3040-270 Coimbra

Horário: Abre todos os dias das 15h às 20h, excepto à segunda-feira.

Marque encontro com os nossos livros na sua livraria habitual.

sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

Ponto de Encontro: Ler Devagar, em Lisboa



LER DEVAGAR - LX FACTORY
Livraria de Fundos - Comércio de Livros, S.A.
Rua Rodrigues Faria, n.º 103 - G 0.3
1300-501 Lisboa

Marque encontro com os nossos livros na sua livraria habitual.

quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

Miguel Torga [12/8/1907 - 17/1/1995] e outros lugares


«Torga foi um dos mais singulares intérpretes de um tempo que passou, de uma comunidade, quase um país inteiro, que tinha raízes e garras presas a uma antiguidade remota, de feição animal, faminta, de uma sobrevivência em luta tenaz contra a pobreza na mais absoluta falta de liberdade. Torga fala-nos deste passado, mas também da permanência, da dureza das matérias do quotidiano, da suavidade amarga da memória de homens e mulheres. Dignidade e resistência. Esta é a magna terra que nos acolhe, Miguel Torga, escritor de um século. Agora, caminhamos sobre uma ausência deixada na terra.» 
[Duarte Belo] 


Este livro foi publicado por ocasião da exposição «Magna Terra – Miguel Torga e outros lugares», de Duarte Belo, realizada no Espaço Miguel Torga, em São Martinho de Anta, Sabrosa, de 17 de Janeiro a 31 de Março de 2018.

quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

Derborence I Charles Ferdinand Ramuz


Derborence
Charles Ferdinand Ramuz

Tradução e apresentação de Aníbal Fernandes

ISBN: 978-989-8833-22-8

Edição: Novembro de 2017
Preço: 14,15 euros | PVP: 15 euros
Formato: 14,5 x 20,5 cm (brochado, com badanas)
Número de páginas: 184


Esta memória de um longínquo e brutal acontecimento no
cenário da sua terra natal permanece como um dos mais
celebrados títulos da sua literatura.

Esta alta montanha suíça tinha sob a sua imponência o frágil assentamento de camadas do primário e do terciário com espaços ocos entre elas, um peso de rochas, neves e florestas que a incitavam à desagregação. Os camponeses das suas encostas ouviam inexplicáveis ruídos que atribuíam aos Diabretes, seres fantásticos que a sua superstição enfeitava com histórias mais e menos macabras, mais e menos assustadoras.
[…]
Escrevi (tentei escrever) uma língua falada; a língua falada por aqueles do meio onde nasci. Menorização ocultadora de um grande trabalho de estilo, que Stefan Zweig retocou numa homenagem que o teve como centro: «Os temas de Ramuz são a cadeira de Van Gogh, a árvore de Hobbema, a violeta de Dürer, a maçã de Cézanne: a banalidade do quotidiano transfigurada, eternizada pela intensidade do artista. E ainda o dom de fazer a simplicidade sublime e o sublime simples; esta mistura de contenção e generosidade, este equilíbrio entre a arte requintada e a força primitiva. Aqui estão, segundo me parece, os seus mais belos segredos de artista, os que lhe valem toda uma admiração de colegas e amor dos seus leitores.» Derborence: a cadeira, a árvore, a violeta, a maçã de Charles Ferdinand Ramuz.
[Aníbal Fernandes]




Charles Ferdinand Ramuz nasceu em Lausanne no dia 24 de Setembro de 1878. Licenciado em letras clássicas pela Universidade de Lausanne, foi professor e preceptor. Era um solitário e, como nos diz Aníbal Fernandes na «Apresentação» de Derborence, «arrastava-se, entediado, por estas ocupações, sentindo que só havia em si um escritor literário». Viveu entre Paris e a sua terra natal. Em 1914, com o início da Grande Guerra, regressou à Suíça, onde continuou a dedicar-se à escrita. A sua obra trata essencialmente da relação Homem-Natureza e da impotência humana relativamente às forças naturais. A sua escrita dividiu e extremou opiniões, acabando por ser reconhecida de forma mais generalizada e consensual. Entre os seus defensores, encontramos Cocteau, Rolland, Céline, Claudel. Morreu em Lausanne no dia 23 de Maio de 1947.

Janela, Espelho, Mapa… — A obra de arte e o mundo, reflexão sobre o projecto artístico individual I Rui Sanches


Janela, Espelho, Mapa… — A obra de arte e o mundo, reflexão sobre o projecto artístico individual
Rui Sanches

ISBN: 978-989-8834-86-7

Edição: Novembro de 2017
Preço: 16,98 euros | PVP: 18 euros
Formato: 16 x 22 cm (brochado, com badanas)
Número de páginas: 280




Neste estudo apresento uma análise do meu trabalho enquanto escultor, desde a formação inicial até ao presente, procurando caracterizar o modo como me posiciono no contexto plurifacetado da arte do meu tempo.


Ao decidir analisar o meu próprio trabalho estou a colocar-me simultaneamente na posição de autor e de espectador dessa obra. Na verdade esta dupla situação existe já, de forma essencial, como parte integrante da actividade artística: durante a criação de uma obra o autor alterna momentos de total imersão na sua actividade, em que perde qualquer distância em relação ao que está a fazer, com momentos de paragem em que consegue, até certo ponto, ver «de fora» o que fez e ter uma relação crítica com a sua produção. Num ensaio que irei citar várias vezes ao longo deste texto, o historiador inglês Fred Orton afirma: «O artista é, claramente, o primeiro observador do seu próprio trabalho. Enquanto o artista faz o seu trabalho tem de continuamente aferir a sua experiência e interpretação do que está a fazer, daquilo que está a tornar realidade, com a intenção que o motivou a fazer o que está a fazer». Esta deslocação de uma situação para outra, de autor para espectador e vice-versa, é, no entanto, perfeitamente natural pois, ser um espectador não é ser um certo tipo de pessoa: significa ocupar um determinado papel. Papéis diferentes podem ser interpretados por uma mesma pessoa, no caso de um artista essa multiplicidade de papéis é uma necessidade.
[Rui Sanches]





Rui Sanches (Lisboa, 1954) inicia formação plástica no Ar.Co, em Lisboa. Prossegue-a no Goldsmiths’ College, Londres, onde tirou um Bachelor of Arts em 1980, e na Yale University, New Haven, onde obteve um Master of Fine Arts, em 1982, sendo bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian. De regresso a Portugal, deu aulas no Ar.Co, onde foi também responsável pelo Departamento de Escultura e membro da Direcção, e no IADE. Expõe colectivamente desde 1985 e individualmente desde 1984, tanto em Portugal como no estrangeiro. Nos anos 80 e 90 está ligado à direcção do CAM da FCG, desenvolvendo trabalho de curadoria de exposições. A partir de 1993 realiza também intervenções em espaços públicos. É representado em diversas colecções públicas e privadas no país e no estrangeiro, tendo sido premiado com o Prémio AICA em 2008.

O Trabalho do Actor na Obra de John Cassavetes I Filipa Rosário


O Trabalho do Actor na Obra de John Cassavetes
Filipa Rosário

Prefácio de Clara Rowland

ISBN: 978-989-8834-89-8

Edição: Novembro 2017
Preço: 12,26 euros | PVP: 13 euros
Formato: 16 x 22 cm (brochado, com badanas)
Número de páginas: 128




O cinema de Cassavetes é um cinema da palavra, sem deixar, ao mesmo tempo, de ser um cinema do corpo.


[…] é a partir da tensão agonística entre a fixidez do argumento e a individualidade exacerbada da interpretação dos seus actores que os filmes de Cassavetes adquirem a tensão viva que lhes está na base. Como se diz neste livro: «essa passagem — o texto ao atravessar o actor — leva a que se crie uma tensão entre os dois, à qual a palavra resiste, e é nesse momento que a personagem nasce». 
[Clara Rowland]


John Cassavetes realizou dez filmes nos Estados Unidos entre 1959 e 1984 e foi actor em muitos outros. […] É-lhe reservado, desde Shadows, o seu primeiro trabalho como realizador, um estatuto particular na História do Cinema, por ter trabalhado sempre à margem do sistema — é esse o traço pelo qual é mais evocado e relembrado, quer pela crítica, quer por realizadores, actores e cinéfilos. Por ter financiado sozinho, ou com a ajuda de amigos, praticamente toda a sua obra demonstrou que é possível fazer cinema com total liberdade criativa e que, mesmo apesar dos constrangimentos económicos que uma produção caseira inevitavelmente implica, a qualidade do resultado final não tem de sofrer necessariamente com isso. Por estes motivos, Cassavetes é considerado o pai do cinema independente. 
[Filipa Rosário]


Filipa Rosário coordena o projecto de investigação O Cinema e o Mundo — Estudos sobre Espaço e Cinema, no Centro de Estudos Comparatistas da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde trabalha sobre paisagens do cinema português no âmbito de um projecto de pós-doutoramento. É co-coordenadora do Grupo do Trabalho Paisagem e Cinema da AIM — Associação dos Investigadores da Imagem em Movimento. É doutorada em Estudos Artísticos — Estudos do Cinema e do Audiovisual, pela mesma universidade, com a tese In a Lonely Place. Para uma Leitura do Espaço do Road Movie a partir da Representação da Cidade Norte-americana.

terça-feira, 9 de janeiro de 2018

O Céu Recuou Dez Metros I João Jacinto


O Céu Recuou Dez Metros
João Jacinto

Texto de Nuno Faria

ISBN: 978-989-8834-97-3

Edição: Outubro 2017
Preço: 11,43 euros | PVP: 12 euros
Formato: 14,5 x 20,5 cm (brochado, a cores)
Número de páginas: 64

[ Em colaboração com a Giefarte ]

Edição bilingue: português-inglês



Nada do que João Jacinto havia feito até hoje se avizinha destas imagens. [...] Nada será como dantes.


Este livro, com desenhos de João Jacinto, foi publicado por ocasião da exposição com o mesmo título realizada na Giefarte, Lisboa, com curadoria de Nuno Faria, entre Novembro de 2017 e Janeiro de 2018.

Através destes desenhos, João Jacinto faz-nos visitar alguns dos autores malditos da história da criação europeia — vislumbramos Caravaggio, Goya, Sade, Giacometti, Klossowski, Bataille, Bernini, Bacon, Artaud, Lautréamont… Constituem um verdadeiro corpus alienum, um corpo estranho ou um corpo outro — alienígena em si mesmo, na produção do autor e no território da arte portuguesa. Em rigor, não se vislumbra de onde vêm nem para onde apontam. Parecem imagens sem tempo e sem geografia, que ora se referem a modelos vivos reconhecíveis, ora reproduzem rostos ou imagens conhecidos do passado, ora abordam temas aparentemente excêntricos mas que se percebe pertencerem ao conjunto. São, de todas as formas, imagens para a escuridão, para serem vistas por dentro e como coisas de dentro. 
[Nuno Faria]


João Jacinto nasceu em Mafra, em 1966. Trabalha em Lisboa. Em 1985 iniciou os seus estudos artísticos na ESBAL. Leccionou entre 1989 e 1992 no Ar.Co em Lisboa. É, desde 1999, professor na Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa. Expõe individualmente desde 1987, tendo participado em inúmeras exposições individuais e colectivas. A sua obra encontra-se representada em várias colecções: CAM-Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, Caixa Geral de Depósitos, Lisboa, Colecção António Cachola — MACE-Elvas, Fundação PLMJ, Lisboa, Museu do Chiado (Depósito Isabel Vaz Lopes), Lisboa, Museo Extremeño Iberoamericano de Arte Contemporaneo, Badajoz, Veranneman Foundation, Kruishoutem, Bélgica, Art Collectors, Genebra, Fine Arts Gallery, Bruxelas, Renate Schröder Gallery, Colónia, Gallery Catherine Clerc, Lausanne, Collection Kierbaum & Partner, Colónia, Fundação Carmona e Costa, Lisboa, entre outras.