quarta-feira, 29 de novembro de 2017

OFERTA ESPECIAL DE NATAL E NOVOS HORÁRIOS


Livraria Sistema Solar Passos Manuel
Rua Passos Manuel, 67 B, 1150-258 Lisboa 
Telefone 213583030 livraria.pm(arroba)sistemasolar.pt
Em Dezembro, abre também ao sábado.

De segunda a sábado das 10h-13h / 14h-19h

Encerra aos domingos e feriados
Encerra a 25 e 26 de Dezembro e 1 de Janeiro 


Livraria Sistema Solar Chiado
Pátio Siza - Rua Garrett, 10 | Rua do Carmo, 29 | Terraços do Carmo
 Telefone 212460505 livraria.chiado(arroba)sistemasolar.pt
Em Dezembro, abre também aos domingos e feriados.

De segunda a domingo das 12h-19h 
24 e 31 de Dezembro encerra mais cedo: 12h-16h

Encerra a 25 e 26 de Dezembro e 1 de Janeiro



OFERTA ESPECIAL DE NATAL 2017 
30% DE DESCONTO
nos livros Sistema Solar e Documenta
(excepto livros com menos de dezoito meses, ao abrigo da lei do preço fixo)
AO FIM-DE-SEMANA


Pode ainda marcar encontro com os nossos  livros em
www.sistemasolar.pt

sábado, 25 de novembro de 2017

Grande Prémio Amadeo de Souza-Cardoso 2017 distingue Jorge Pinheiro

clicar na imagem para aceder a www.sistemasolar.pt

Jorge Pinheiro foi distinguido, em cerimónia que decorreu em Amarante no passado dia 18, com o Grande Prémio Amadeo de Souza-Cardoso 2017. Este prémio de consagração é atribuído pelo Município de Amarante e pelo Museu Municipal Amadeo de Souza-Cardoso e visa distinguir a obra de um artista português. 

Parabéns, Jorge Pinheiro!

sexta-feira, 24 de novembro de 2017

Vozes Plurais — A comunicação das organizações da sociedade civil



Vozes Plurais — A comunicação das organizações 
da sociedade civil

Coordenação e organização de Carla Cerqueira e Sónia Lamy
Prefácio Cicilia M. Krohling Peruzzo


LANÇAMENTO
29 de Novembro de 2017, às 14 horas, no âmbito do


ISBN: 978-989-8833-13-6

Edição: Novembro de 2017
Preço: 14,15 euros | PVP: 15 euros
Formato: 16 x 22 cm (brochado, com badanas)
Número de páginas: 160


Refletir sobre o fenómeno da comunicação é de interesse para especialistas, académicos e profissionais, assim como para a construção de uma cidadania mais participada e consciente. 


As organizações da sociedade civil que proliferam na sociedade contemporânea estão hoje fortemente marcadas por uma clara necessidade de estabelecer inovadoras estratégias de comunicação com recurso às tecnologias de informação e comunicação. Este livro pretende contribuir para a reflexão sobre a forma como se interage com os vários públicos, internos e externos, no âmbito do Terceiro Sector, a partir da compilação de diversos trabalhos de investigação que discutem as especificidades da comunicação neste campo. 

«Esta coletânea, que recebe o título Vozes Plurais. A comunicação das organizações da sociedade civil, organizada por Sónia Lamy e Carla Cerqueira, se reveste de importante contribuição para o campo da Comunicação Social. Tanto por sua atualidade, quanto pela pertinência temática, que evidencia uma especificidade da área de Relações Públicas e Comunicação Organizacional, ou seja, chama a atenção para um segmento de atuação profissional um tanto desconhecido pela academia. Trata-se de um segmento — o do Terceiro Sector — que abre um universo de trabalho para o profissional de Relações Públicas, distinto daquele capitaneado pelas empresas públicas e privadas, bem como por órgãos públicos governamentais. Portanto, esta obra se distingue daquelas que se ocupam de temas da comunicação institucional nos âmbitos do Primeiro Sector e do Segundo Sector, ou seja, do Estado e do mercado, respetivamente.»
[Cicilia M. Krohling Peruzzo




Textos de Ana Jorge, Carla Cerqueira, César Neto, Evandro Oliveira, Filipa Henriques, Filipe Teixeira Portela, Gisela Gonçalves, Joana Lisboa, Juana Gallego Ayala, Lidia Marôpo, Rosa Cabecinhas, Sara Balonas, Sónia Lamy, Tatiana Nunes, Teresa Costa Alves.


Coleção SOPCOM
 — A investigação no campo das ciências da comunicação compreende, entre outras, pesquisas sobre jornalismo, política, retórica, semiótica, televisão, rádio, e comunicação estratégica. A Coleção Sopcom, patrocinada pela Associação Portuguesa de Ciências da Comunicação, propõe-se publicar ensaios de autor e volumes temáticos coletivos dedicados a temas e problemas atuais das mais diferentes áreas das ciências da comunicação. Refletir sobre o fenómeno da comunicação é de interesse para especialistas, académicos e profissionais, assim como para a construção de uma cidadania mais participada e consciente.


terça-feira, 21 de novembro de 2017

«Talvez possamos conversar um pouco – sobre a vida em geral» I Mário Cesariny



Mário Cesariny — Encontros XI
Fundação Cupertino de Miranda — Vila Nova de Famalicão
23, 24 e 25 de Novembro de 2017

Apresentação de 
Um Rio à Beira do Rio — Cartas para Frida e Laurens Vancrevel
por Frida e Laurens Vancrevel, Manuel Rosa e Perfecto E. Cuadrado

Pequeno Auditório, 25 de Novembro de 2017, sábado, às 15h45.

segunda-feira, 20 de novembro de 2017

«O livro de Eiras é estonteante, delicioso e altamente estimulante.» I Pedro Proença


«Um livro excepcional, composto inteiramente de citações, e onde ao trabalho de montagem é soberano e exemplar. Pedro Eiras fez exemplarmente o que não se tem coragem de fazer. É um ensaio poema em todos os sentidos. Os romanos faziam sumários ou geriam citações. Pedro Lombardo constituiu um livro canónico de citações a partir do qual os teólogos faziam comentários. Benjamin criou o seu Florilégio nas Arcades. Norman O. Brown publicou dois livros de citações e paráfrases sobre temas psicanalíticos. Cage criou poemas a partir de citações colhidas aleatoriamente em livros. Lembro-me que nos finais dos anos 70, em imitação dos Fragmentos de Um Discurso Amoroso de Barthes, teses, pequenos ensaios e artigos, abundavam em montagens. O simulacionismo nas artes nos anos 80 e já neste milénio a Conceptual poetry introduziram formas de apropriação e de recontextualização de textos e imagens. Penso também nas pinturas de Pedro Portugal e no seu filme Arte, como um ensaio visual parecido com o trabalho de Eiras. Ou as recentes pinturas-textos de Eduardo Batarda. O livro de Eiras é estonteante, delicioso e altamente estimulante. Sei que não estou a dizer nada de concreto.»

Pedro Proença, in facebook, 19 de Novembro de 2017.

domingo, 19 de novembro de 2017

Faz hoje 75 anos



«Num entardecer de Novembro do ano de 1942, o judeu polaco Bruno Schulz (n. 1893), pintor, artista gráfico, escritor e crítico literário, foi alvejado com duas balas na cabeça por um oficial da Gestapo numa rua do gueto da sua cidade natal, Drohobycz (hoje é parte da Ucrânia).»

sexta-feira, 17 de novembro de 2017

Ana Hatherly: Território Anagramático

Ana Hatherly, sem título, 8,9x13,2 cm

ANA HATHERLY: TERRITÓRIO ANAGRAMÁTICO

Curadoria: João Silvério

Inauguração: 17 de Novembro de 2017 às 18.00 horas
Exposição: até ao dia 13 de Janeiro de 2018


FUNDAÇÃO CARMONA E COSTA
Edifício Soeiro Pereira Gomes
Rua Soeiro Pereira Gomes Lote 1 – 6º D — 1600-196 Lisboa

quarta-feira, 8 de novembro de 2017

Preceptores – Gabrielle de Bergerac seguido de O Discípulo I Henry James


Preceptores – Gabrielle de Bergerac seguido de O Discípulo
Henry James

Tradução e apresentação de Aníbal Fernandes

ISBN: 978-989-8833-13-6

Edição: Outubro de 2017
Preço: 15,09 euros | PVP: 16 euros
Formato: 14,5 x 20,5 cm (brochado, com badanas)
Número de páginas: 200



Em tempos que não exigiam aos mundos do trabalho e do êxito social um certificado comprovador de estudos académicos, de bom-tom era mostrar que se dispensavam as más convivências do ensino público, fazendo tudo passar-se em ambientes domésticos e com mestres privativos. Nasceu assim o preceptor.


O preceptor dos antigos gregos e latinos era em geral um escravo liberto com conhecimentos suficientes para aproximar os jovens das suas letras e da sua erudição. A Idade Média, cheia de homens religiosos, preferiu neste papel os capelães. Mas a Idade de Ouro do preceptor foi a época do Renascimento. Havia, quanto a artes e a ciências, uma vontade colectiva de chegar mais alto, dando a estes mestres de casa rica um imprescindível papel. Começam depois as opiniões a dividir-se. Rousseau, que se estendeu sobre este tema no seu Émile ou de l’éducation de 1762, preconizou que era preferível o mestre «de cabeça bem formada ao de cabeça bem cheia» e, a exigirem-se ambas as coisas, houvesse mais sobre costumes e entendimento do que ciência. Mas seria preferível tudo isto sem um preceptor.
[…]
«Gabrielle de Bergerac» conta uma história escrita por um Henry James com vinte e seis anos de idade; ou seja, da época em que ele se resolvia, perturbado por algumas hesitações, a dar à escrita um papel que a faria surgir como sua ocupação central. […] Não obstante este lugar muito do início da sua carreira literária, «Gabrielle de Bergerac» surge com uma característica que viria a tornar-se persistente ao longo de toda a sua obra, ou seja, a narrativa contada a partir de um ponto de vista associado a uma das suas personagens.
[…]
Esta história dos começos do autor Henry James também nos mostra a sua preferida criança complexa (muitas vezes mais complexa do que os adultos da sua convivência) a primeira entre as que ele viria a criar em The Turn of the Screw, What Maisie knew ou no conto «O Discípulo» que integra este volume; crianças abandonadas pela indiferença paterna e que a outros distribuem o papel de personagens centrais da sua vida – aquelas que muitos estudiosos da obra de James reconhecem como uma inequívoca referência autobiográfica. […]
[Aníbal Fernandes]

O Cântico dos Cânticos I Ernest Renan


O Cântico dos Cânticos – Traduzido do hebreu, com um estudo sobre o plano, a idade e o carácter do poema
Ernest Renan

Tradução e apresentação de Aníbal Fernandes

ISBN: 978-989-8566-12-6

Edição: Outubro 2017
Preço: 14,15 euros | PVP: 15 euros
Formato: 14,5 x 20,5 cm (brochado, com badanas)
Número de páginas: 176



O mais antigo grito da literatura que em voz feminina reivindica a liberdade sexual da mulher.


A meio do Velho Testamento, entre a sabedoria perplexa do «Eclesiastes» e a boa nova aos pobres derramada no «Livro de Isaías», a autoridade de um versículo faz deste Salomão erótico o poeta da grande surpresa profana – pese embora esta evidência às retóricas da interpretação aconselhada; do «Cântico dos Cânticos», chamado assim porque talvez melhor momento entre os hinos ao amor físico saídos da velha literatura hebraica, e que é o incómodo, o indisfarçável embaraço cristão nas águas da espiritualidade bíblica; colecção de metáforas sobre a gramática dos sentidos e com potencialidades de interpretação que chegam a uma inesperada licença. Na verdade, até onde pode levar a redução a realismo das palavras de uma apaixonada que acha o fruto do seu amado «doce ao paladar», o incita a «penetrar no seu jardim e comer dos seus belos frutos», a «beber o mosto das suas romãs», ou vê os dedos da sua própria mão molhados pela «mirra líquida que banha o ferrolho»?
[…]
A relação de Ernest Renan com o «Cântico» não prolonga a veia destas intenções poéticas. Para as palavras bíblicas do «Cântico» Renan quer um palco; quer actores; quer um libelo contra a escravatura dos haréns e recuperar o mais antigo grito da literatura que em voz feminina reivindica a liberdade sexual da mulher.
[Aníbal Fernandes]


Ernest Renan nasceu em Tréguier, Bretanha, no dia 27 de Fevereiro de 1823. Escreveu sobre livros do Antigo Testamento, assumindo o papel de implacável filólogo mas evitando sempre posições demasiado radicais. Le cantique des cantiques é de 1860. La vie de Jésus é o ponto alto da sua carreira de escritor e um dos grandes acontecimentos literários do século XIX. Aí recusa o Jesus divino, restituindo-o à sua dimensão humana. Escritor controverso, dividiu e extremou opiniões mas acabou por ser reconhecido, no seu país, como importante figura nacional. Foi professor das línguas hebraica, caldaica e siríaca no Collège de France, de onde foi suspenso devido às suas ideias. Readmitido mais tarde, ascendeu à direcção deste estabelecimento de ensino e teve direito a um lugar na Academia Francesa. Morreu em Paris no dia 2 de Outubro de 1892.

[…] — Ensaio sobre os mestres I Pedro Eiras


[…] — Ensaio sobre os mestres
Pedro Eiras

ISBN: 978-989-8834-85-0

Edição: Novembro de 2017
Preço: 24,53 euros | PVP: 26 euros
Formato: 16 x 22 cm (brochado, com badanas)
Número de páginas: 504



ESTE LIVRO se pediu uma liberdade maior que tive medo de dar. (Clarice Lispector 1969: 7)



PREFÁCIO um pantanal de citações 13 prazeres da citação 17 copiar 20 metodologia 24 Uma citação é sempre uma interpretação 28 uma paixão geométrica 32 a citação é um vício 39 Que livro é este? 44 Todo este universo é um livro 51 que dês agora um salto 58 […] ENSAIO SOBRE OS MESTRES ao princípio era o Vento 63 um Mestre com seus Discípulos 69 O mito 72 Não concebo uma obra desligada da vida 77 O Mestre este menino 87 a sua costumada prontidão divina 90 e o estranho ar grego, que vinha de dentro 95 uma formidável infância 98 a linguagem original da inocência 105 Você se lembra da sua infância 109 um selvagem 112 O Discípulo Sinto a ausência de um mestre 117 onde vais descobrir um professor a esta hora da noite? 124 cai um raio na cabeça de um homem 127 libertação 132 um mortal chamado ao convívio dos Deuses 135 O inabordável 139 nascer outra vez 143 Então aconteceu 146 isto, aqui, agora, sempre 149 É um bocado zen 155 que os mortos sepultem os seus mortos 158 toda a sabedoria da terra estava reunida naquela sala 162 Aulas e Conversas O que quer dizer «pensar»? 171 partir do zero 178 Que sei eu? 183 penso, logo existo 187 conhece-te a ti mesmo 190 isso não me facilita em nada o conhecimento 194 O que é este «eu» que eu sou […]? 198 Aprende a tornar-te naquilo que és 204 Onde invento o real 208 ponto de vista 213 Sonhei a própria realidade 218 E esta vasta combinação chama-se Natureza 224 O que é o 34 na Realidade? 232 A arte não passa […] de uma visão mais directa da realidade 236 perseguir / ficções 241 pergunto a mim próprio se mentes ou dizes a verdade 246 viver bem 250 O Combate gente com capacidade para ter mestre 259 é o corpo de outrem que constitui o nosso 262 homens de pouca fé 269 Eu não sou eu nem sou o outro 274 quase tudo em mim é obra alheia 280 Ao escravo 285 não compreendo 289 com um ar benévolo, complacente, paternal 294 Devorava os discípulos 298 um médico procura sempre prolongar as mazelas 304 Faça de mim o que quiser 308 Ah quantas máscaras e submáscaras 311 Eu próprio já apontei não poucas falhas em Homero 314 um maluco autodidacta 316 os hospícios 321 No final, um verdadeiro Mestre deve estar só 327 Senhor: temos medo 331 alguns discípulos […] arruinaram os seus Mestres 335 – Não és Deus, pois não 339 inimigos 349 um elo de quase parentesco 352 mestre, / […] / Porque […] me acordaste […]? 355 Traindo 362 Que é uma traição aos olhos de Deus? 369 O Fantasma do Pai 373 A Morte A velhice 381 seus últimos dias 387 A morte é sempre um corte / extemporâneo 392 os verdadeiros filósofos […] exercitam-se em morrer 395 os que estavam presentes 398 órfãos 405 o trauma 409 a minha morte não tem importância nenhuma 413 a Lua nunca morre. Regressa sempre 417 Ninguém é inconsolável 422 os deuses partiram 425 Grassa neste mundo o absurdo completo 430 Não é tão cedo como parece 435 EPÍLOGO Cheguei ao fim 445 livro […] rotativo 448 deita fora este livro 452 Bibliografia 455.

Pedro Eiras (Porto, 1975) é professor de Literatura Portuguesa na Universidade do Porto, investigador do Instituto de Literatura Comparada Margarida Losa, membro da rede de pesquisa internacional «LyraCompoetics», dedicada à Poesia Moderna e Contemporânea.

Um Rio à Beira do Rio – Cartas para Frida e Laurens Vancrevel I Mário Cesariny



Um Rio à Beira do Rio – Cartas para Frida e Laurens Vancrevel
Mário Cesariny

Apresentação, tradução e notas de Maria Etelvina Santos
Posfácio e comentários de Laurens Vancrevel

ISBN: 978-989-8834-82-9

Edição: Outubro de 2017

Preço: 23,58 euros | PVP: 25 euros
Formato: 14,5 x 20,5 cm (brochado, com badanas)
Número de páginas: 512


[co-edição com a Fundação Cupertino de Miranda]



Mário Cesariny: «talvez possamos conversar um pouco – sobre a vida em geral»

«enquanto houver água na água»
expressão tão bela,
tão reveladora, da sede, do desejo a agir,
com a sua imagem dupla de redução
(pela purificação) da água pela água –
num poema meu, diz-se
«um rio à beira do rio»
[Mário Cesariny a Frida e Laurens Vancrevel, 23 de Julho 1978]

A correspondência trocada durante trinta e seis anos entre Mário Cesariny, a minha mulher Frida e eu próprio, da qual se reproduzem neste livro as cartas do Mário, dá testemunho da profunda amizade que nos uniu e, é preciso dizê-lo, revela apenas uma pequena parte da história. Faltam a essa correspondência as conversas calorosas que tivemos durante as nossas estadas em Lisboa e as visitas do Mário a Amsterdão; faltam ainda todas as conversas telefónicas.
[Laurens Vancrevel]

[…] a troca epistolar, prolongada e intensa pela amizade, de Cesariny com Frida e Laurens Vancrevel, excede em muito o interesse factual, embora também este seja da maior importância, uma vez que os factos mais relevantes associados ao(s) movimento(s) surrealista(s), cisões, novos recomeços, revistas e outras publicações, exposições, nomes reconhecidos no domínio literário e nas artes plásticas, são objecto de diálogo, de opinião, de tomada de posições, desde finais dos anos sessenta até 2005, data da última carta enviada por Cesariny aos Vancrevel.
[…]
Estes três interlocutores – Mário Cesariny, Frida De Jong e Laurens Vancrevel – escrevem, pintam, traduzem. […] Do livro que nasce ao livro que se publica, quer seja pela mão de Laurens Vancrevel, da casa editora Meulenhoff ou da revista Brumes Blondes que dirige, quer em folhas volantes tão do agrado de Cesariny, fala-se muito de pintura, de música, de poesia, da vida: «talvez possamos conversar um pouco – sobre a vida em geral», escreve o poeta na última carta.
[Maria Etelvina Santos]

Uma Certa Quantidade I Jorge Queiroz


Uma Certa Quantidade
Jorge Queiroz

Poemas de Mário Cesariny

Traduções de Jethro Soutar e Richard Zenith

ISBN: 978-989-8834-83-6

Edição: Outubro 2017
Preço: 14,15 euros | PVP: 15 euros
Formato: 14,5 x 20,5 cm (brochado, a cores)
Número de páginas: 112

[com a Galeria Ala da Frente – Câmara Municipal de Famalicão]

Edição bilingue: português-inglês



Uma certa quantidade de gente à procura de gente à procura de uma certa quantidade
Mário Cesariny

Este livro foi publicado por ocasião da exposição Jorge Queiroz – Uma Certa Quantidade, com curadoria de António Gonçalves, realizada na Galeria Ala da Frente, em Vila Nova de Famalicão, de 7 de Outubro de 2017 a 20 de Janeiro de 2018.

Jorge Queiroz nasceu em Lisboa, em 1966. Estudou no Ar.Co – Centro de Arte e Comunicação Visual, em Lisboa (1992-93), e concluiu o mestrado em Belas-Artes na School of Visual Arts, Nova Iorque (1997-99). Expôs o seu trabalho nos Estados Unidos da América e pela Europa, destacando-se as exposições individuais na Fundação Carmona e Costa, Lisboa (2012), Museu de Arte Contemporânea de Serralves, Porto (2007); Horst-Janssen-Museum, Oldenburgo (2006) e no Künstlerhaus Bethanien, Berlin (2004), onde fez uma residência artística. Participou na Bienal de Rennes (2016); 4.ª Bienal de Berlim (2006), 26.ª Bienal de São Paulo (2004) e na 50.ª Bienal de Veneza (2003). Foi distinguido com o Prémio Artes Plásticas 2015 da Associação Internacional dos Críticos de Arte. Após um longo período a viver em Berlim, actualmente vive e trabalha em Lisboa.

A Ética e os Limites da Filosofia I Bernard Williams


A Ética e os Limites da Filosofia
Bernard Williams


Posfácio de José Manuel Santos



Tradução de Artur Morão e David G. Santos


ISBN: 978-989-8834-47-8

Edição: Outubro 2017
Preço: 18,87 euros | PVP: 20 euros
Formato: 16 x 22 cm (brochado, com badanas)
Número de páginas: 264


[ Em colaboração com o Instituto de Filosofia Prática ]




Para o filósofo inglês, «a questão de Sócrates [“como viver”] é o melhor ponto de partida para a filosofia moral»


Neste livro, que ocupa uma posição central na sua obra, Bernard Williams, um dos mais notáveis filósofos da sua geração, desenvolve uma finíssima e acutilante análise crítica das principais teorias éticas desde Kant. O filósofo inglês mostra brilhantemente as fraquezas destas teorias, preconizando, ao mesmo tempo, a retoma do questionamento ético original, iniciado com a questão socrática «como viver?», bem como uma maior atenção à psicologia moral e à fenomenologia da experiência ética no nosso mundo. Num mundo moderno que é uma «sociedade da reflexão», a generalização e a difusão da reflexão pode pôr em causa o conhecimento ético, e mesmo, como já notara Hannah Arendt, levar ao niilismo. O desafio que Williams coloca a si próprio, em A Ética e os Limites da Filosofia, é de pensar com a necessária profundidade esta situação do homem moderno.

Bernard Williams nasceu no dia 21 de Setembro de 1929 em Westcliff-on-Sea, condado de Essex, Inglaterra. Fez estudos clássicos (grego, latim, cultura clássica) e de filosofia no Balliol College, Universidade de Oxford. Foi Assistente no University College e professor no Bedford College, em Londres. Nomeado professor catedrático de filosofia na Universidade de Cambridge, com apenas 38 anos, foi, de 1979 a 1987, Reitor do King’s College. Em 1989 e 1990 foi professor em Berkeley, na Universidade da Califórnia. A saída de Inglaterra foi justificada pelo próprio como reacção à política universitária do governo de Margareth Thatcher. Regressa a Inglaterra, em 1990, para ocupar uma cátedra de Filosofia Moral, na Universidade de Oxford, onde ensina até à jubilação, em 1996. Morreu no dia 10 de Julho de 2003, em Roma, vítima de ataque cardíaco.

Antropologia do Espaço I Filomena Silvano


Antropologia do Espaço
Filomena Silvano

ISBN: 978-989-8834-84-3

Edição: Outubro 2017
Preço: 11,32 euros | PVP: 12 euros
Formato: 14,5 x 20,5 cm (brochado, com badanas)
Número de páginas: 128



Concebido como um guia para um possível percurso de leitura.


Ce petit livre permet de comprendre la naissance et les enjeux de l’anthropologie de l’espace et il vise à donner aux étudiants lusophones l’envie de s’y engager.
[Maurice Blanc]

Antropologia do Espaço, de Filomena Silvano, é um livro com vocação marcadamente didáctica, mas que constitui uma notável síntese (deveríamos dizer um mapa?) de uma disciplina (a antropologia) que tem vindo a ganhar (pelos motivos que Jameson enunciava) uma importância crescente na cultura contemporânea.
[…]
Filomena Silvano percorre as etapas fundamentais de uma autonomização teórica da noção de espaço e de uma fundação sistemática da ideia de antropologia do espaço: passamos aqui pelo fascinante contributo de Henri Lefebvre.
[Eduardo Prado Coelho]

Percorrendo a definição de espaço como conceito, método e etnografia, a obra vai atravessando o património legado pelos autores nesse domínio, dos clássicos aos contemporâneos, de campos diversos – filosofia, geografia, sociologia, literatura – e que vão configurando a disciplina da antropologia do espaço.
Síntese de uma disciplina afirmativa no pensamento científico – a antropologia do espaço – a obra desenvolve-se em três partes fundamentais, que atravessam períodos históricos e de reflexão sobre o espaço, numa perspectiva de desenvolvimento cronológico e de configuração da disciplina.
[Dulce Moura]

Toda esta viagem que documenta as etapas de construção teórica da Antropologia do Espaço, a sua autonomização como campo disciplinar, bem como os seus contributos mais recentes, constitui um excelente exemplo de divulgação científica e pedagógica de um tema crucial, quer para as Ciências Sociais quer para a Arquitectura.

Porque alertam para a complexidade das dimensões sociais, simbólicas e identitárias do espaço, as questões despertadas pelas várias abordagens apresentadas por Filomena Silvano são, então, essenciais para lidar com os desafios que o mundo contemporâneo apresenta à prática e ao pensamento arquitectónicos.
[Manuel Teles Grilo]

Concebido como um guia para um possível percurso de leitura, este pequeno livro foi organizado de forma a tentar responder a três objectivos: primeiro, transmitir aos leitores a informação teórica e etnográfica que constitui o património mais clássico da Antropologia do Espaço; segundo, pô-los em contacto com obras que foram fundamentais para a afirmação académica do referido campo disciplinar; e, terceiro, enunciar algumas das propostas que se mostraram mais eficazes na abordagem dos espaços contemporâneos.
[Filomena Silvano]

Filomena Silvano é Antropóloga, Professora da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas – Universidade Nova de Lisboa e membro do CRIA – Centro em Rede de Investigação em Antropologia. No seu trabalho relaciona as questões das identidades colectivas e individuais com o estudo do espaço, do habitat, da cultura material e da cultura expressiva. Integrou várias equipas de investigação. Colaborou com o cineasta João Pedro Rodrigues em três documentários. É autora dos livros Territórios da Identidade e Antropologia do Espaço.

Álvaro Lapa – Alguns desenhos e pinturas


Álvaro Lapa – Alguns desenhos e pinturas
Álvaro Lapa

Edição limitada de 300 exemplares

ISBN: 978-989-8618-99-3

Edição: Dezembro 2016
Preço: 9,43 euros | PVP: 10 euros
Formato: 16,2 × 29 cm (brochado, com badanas)
Número de páginas: 12

[ Em colaboração com a Fundação EDP ]


Este livro foi publicado por ocasião da exposição Álvaro Lapa – Alguns Desenhos e Pinturas, no Cinzeiro 8, Museu da Electricidade, de 18 de Dezembro de 2015 a 21 de Abril de 2016.

«todas as palavras para algumas imagens de álvaro lapa:
o que se pode saber do seu trabalho é pouco o que se pode ver é quase nada o que se pode dizer é menos que nada. nos nossos olhos pôs duas pedras outra na boca duas mais em cada mão e uma pedra sobre o seu trabalho como se com essa pedra escondesse o sexo (mas foi apenas para pesar sobre os papéis porque o vento transporta o homem transparente o homem negro animal levantado folha de lótus na praia pedra tumular pedra da bastilha livro dos sonhos) como se essa pedra lhe pesasse sobre o coração […]» 
[João Pinharanda]

Álvaro Lapa nasceu em Évora no dia 31 de Julho de 1939. O primeiro contacto com a pintura efectua-se através de aulas de desenho com António Charrua. Em 1956, fixa-se em Lisboa onde começa por se matricular na Faculdade de Direito e, mais tarde, na Faculdade de Letras, em Filosofia, licenciatura que conclui em 1975. Em Junho de 1961 efectua a sua primeira viagem ao estrangeiro, a Paris, onde estabelece contacto com pintores próximos do surrealismo e com a arte norte-americana. No seu percurso, a pintura e a escrita mantiveram caminhos paralelos, que se cruzaram frequentemente. A teoria da arte faz parte da sua obra literária, assim como a poesia e pequenas histórias de natureza surrealista. O reconhecimento da sua obra reflectiu-se em exposições retrospectivas como as da Fundação de Serralves e da Fundação Calouste Gulbenkian. Foi distinguido com o Grande Prémio Fundação EDP Arte em 2004. Faleceu no Porto no dia 11 de Fevereiro de 2006.

terça-feira, 7 de novembro de 2017

Contemplação Particular I António Gonçalves


Contemplação Particular
António Gonçalves

Textos de Elísio Summavielle, Rosa Maria Martelo, António de Castro Caeiro, Luís Quintais,
Maria Souto de Moura, António Celso Ribeiro Vitória

ISBN: 978-989-8834-78-2

Edição: Setembro 2017
Preço: 37,74 euros | PVP: 40 euros
Formato: 24 x 29,5 cm (encadernado)
Número de páginas: 104 (a cores) / contém DVD

Edição bilingue: português-inglês



«Apresento um corpo visto de dentro, feito da sua pulsão, do seu estímulo, dos seus impulsos, numa afiguração não objectiva, mas provocatória da sensibilidade.»


«Contemplação particular é o título atribuído ao políptico que apresento neste projecto, uma pintura de grande formato que se insere num núcleo de trabalhos resultantes do meu estudo e prática da pintura. Trabalhos desenvolvidos com base na leitura das Tentações de Santo Antão, entre outros que foram formando uma base de estudo do erótico, do religioso, do pensamento estético e filosófico onde o corpo e a sua sexualidade têm uma forte presença. O políptico foi impondo a necessidade de um espaço autónomo, um espaço que lhe fosse dedicado e para ele construído. Neste sentido, ocorreu-me a possibilidade de desafiar um arquitecto a projectar um edifício que albergasse a pintura, que fosse um espaço consagrado à contemplação da mesma, permitindo uma experiência de observação e de fruição, onde o público entre sem qualquer inibição, podendo vivenciar uma experiência contemplativa e de introspecção. […]

O projecto arquitectónico nasceu de uma necessidade imposta pela escala da pintura. O políptico foi adquirindo uma dimensão que me levou a pensar a sua forma de exposição. Senti que deveria ter um espaço próprio, um espaço que permitisse a sua contemplação, que não fosse o convencional espaço da galeria ou do museu, mas um espaço mais próximo dos espaços públicos que assistam a recolha e o silêncio daqueles que os frequentam.»
[António Gonçalves]


Pintura e concepção do projecto: António Gonçalves Arquitectura: Maria Souto de Moura Música: António Celso Ribeiro Vitória (com António Luís Silva no piano). Obra em exposição no CCB, em Lisboa, de 8 de Abril a 25 de Junho de 2017.

António Gonçalves (1975), Vila Nova de Famalicão. Frequentou a Escola Soares dos Reis, Porto. Licenciou-se em Artes Plásticas – Pintura pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto. Frequentou a Faculdade de Belas Artes de Cuenca-Espanha, ao abrigo do Projecto Erasmus 1998/1999.
 Doutorando em História de Arte, na Universidade de Les Illes Balears, Palma Maiorca. Artista Plástico; Director Artístico da Galeria Municipal, Ala da Frente, Vila Nova de Famalicão, desde 2015; Director Artístico da Fundação Cupertino de Miranda Vila Nova de Famalicão, desde 2002; Professor Auxiliar na Escola Superior Artística do Porto, extensão de Guimarães, de 2001 a 2014 e Adjunto do Director Artístico da Fundação Cupertino de Miranda - Famalicão 2000/2002.

quarta-feira, 1 de novembro de 2017