sexta-feira, 3 de dezembro de 2021

Textos de Afirmação e de Combate do Movimento Surrealista Mundial

Textos de Afirmação e de Combate do Movimento Surrealista Mundial 
Mário Cesariny 

Preâmbulo de Laurens Vancrevel 
Posfácio de Perfecto E. Cuadrado 

ISBN 978-989-8833-82-2 | EAN 9789898833822 

Edição: Novembro de 2021 
Preço: 24,52 euros | PVP: 26 euros 
Formato: 16,5 × 24 cm (brochado, com badanas) 
Número de páginas: 496 

Com a Fundação Cupertino de Miranda

O 25 de Abril fez-me trazer para primeiro plano este serviço de utilidade pública de reunir, em extenso, dados universais do surrealismo que pela sua linguagem não poderiam antes daquela data sair entre nós sem preço imediato de martírio, talvez ressurreição, com certeza morte. (Civil, para começar.) 
[Mário Cesariny] 

Considero-me privilegiado por ter testemunhado, desde 1974, o desenvolvimento deste livro até à sua publicação em 1977. Mário Cesariny havia concebido o projecto nos primeiros dias da Revolução dos Cravos em Abril de 1974, quando os longos anos da ditadura repressiva finalmente terminaram. Falou-me das suas ideias para o livro em várias cartas e, durante as nossas visitas regulares, mostrou-nos, a mim e à minha esposa Frida, os novos dossiers que pensava incluir. Em Junho de 1977, levou-nos à impressionante e antiga tipografia Império, na Rua do Salitre, em Lisboa, para ver as provas que estavam a ser preparadas para correcção final. 
Textos de Afirmação e de Combate do Movimento Surrealista Mundial tornou-se verdadeiramente um livro totalmente inortodoxo e continua formidável, pioneiro, urgente e pertinente mesmo passado meio século. Cesariny era não só um singular inovador da poesia e pintura portuguesas, como era brilhante na sua análise da mundivisão que o surrealismo desenvolvera. Tudo o que tocava e concebia ficava imbuído de uma nova vida. 
[Laurens Vancrevel] 

O itinerário do livro através de capítulos cronológicos umas vezes, outras geográficos, pessoais ou temáticos, vai desenhando o mapa do labirinto da «única real tradição viva» (Ernesto Sampaio dixit), onde pode servir-nos de fio de Ariadne para, forçando e controlando sistematicamente as leis do acaso, ir ao encontro do Minotauro do «obscuro objecto do desejo» de cada um de nós e de todos nós juntos no caminho da coincidente revolução do «homem interior» e do «homem exterior» (nos termos de Breton para se referir ao sonho da fusão dos sonhos de Rimbaud e Marx), revolução quetem três caras: a Liberdade, o Amor, a Poesia. 
[Perfecto E. Cuadrado]

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