Antonio Sáez Delgado, Barbara Fraticelli, Carlos Paulo Martínez Pereiro, Fátima Freitas Morna, Filipa Maria Valido-Viegas de Paula-Soares, Jerónimo Pizarro, João Tiago Lima, Jordi Cerdà, Marco Lucchesi, Margarida I. Almeida Amoedo, Pedro Serra, Roberto Vecchi, Rui Sousa Coordenação de Antonio Sáez Delgado e João Tiago Lima
Antonio Sáez Delgado, Barbara Fraticelli, Carlos Paulo Martínez Pereiro, Fátima Freitas Morna, Filipa Maria Valido-Viegas de Paula-Soares, Jerónimo Pizarro, João Tiago Lima, Jordi Cerdà, Marco Lucchesi, Margarida I. Almeida Amoedo, Pedro Serra, Roberto Vecchi, Rui Sousa
Coordenação de Antonio Sáez Delgado e João Tiago Lima
ISBN 978-989-8833-78-5 | EAN 9789898833785
Edição: Novembro de 2021
Preço: 15,09 euros | PVP: 16 euros
Formato: 16 × 22 cm (brochado, com badanas)
Número de páginas: 176
Com o apoio da Embaixada de Espanha
Eduardo Lourenço: «Os nossos destinos foram sempre paralelos ou cruzados,
nunca opostos enquanto culturas, pois, como o viu com nitidez Oliveira
Martins, fazemos parte de uma única estrutura, criada séculos antes que os
povos que constituem a Península se definissem como nação.»
A raia na água. Eduardo Lourenço e o mundo hispânico reúne uma dúzia de textos, da autoria de vários especialistas internacionais, que têm em comum o pensamento de Eduardo Lourenço e as suas múltiplas relações com o chamado mundo
hispânico. Mesmo que se possa dizer que a temática ibérica não é um dos tópicos principais do ensaísmo de Eduardo Lourenço, a verdade é que, desde cedo, ela atravessa alguns dos seus textos publicados. […]
Nascido em São Pedro do Rio Seco, pequena aldeia situada no concelho limítrofe de Almeida, rapidamente Eduardo
Lourenço tomou consciência da proximidade geográfica e cultural entre Portugal e Espanha. […]
A vida de Eduardo Lourenço, assim, começa cedo a estar polvilhada por um conjunto notável de relações ou vínculos
de diferente natureza com o país vizinho e a sua cultura. Entre elas, destaca-se a importância que teve na vida do ensaísta um acontecimento especialmente marcante, ocorrido já na altura em que frequentava o
Colégio Militar em Lisboa, como foi a eclosão da Guerra Civil em Espanha. Contrariamente ao que seria de supor para alguém proveniente de
uma família ultracatólica e bastante conservadora, o jovem Eduardo adota uma posição favorável aos republicanos. Tal decisão revelar-se-á fundamental para todo o seu percurso intelectual, fazendo do ensaísta um
homem politicamente situado à esquerda.
A atividade profissional de Eduardo Lourenço, enquanto professor
universitário, também é marcada pelas relações ibéricas, uma vez que é
nesse contexto que o ensaísta começa a aproximar-se dos textos de um
conjunto notável de intelectuais espanhóis, entre os quais se destacam
vários nomes que chegarão a transformar-se em referências diretas do seu
pensamento, como Miguel de Unamuno ou José Ortega y Gasset.
[Antonio Sáez Delgado e João Tiago Lima]