O Desenho Impreciso de Cada Rosto Humano,
Reflectido! — Retratos de Júlio Pomar
Textos de Ana Anacleto, Alexandre Pomar, André Silveira,
Carolina Machado, Joana Batel, Laura Castro, Pedro Faro,
Sara Antónia Matos, Susana Pomba
Design gráfico de ilhas studio
ISBN 978-989-8833-85-3 | EAN 9789898833853
Edição: Setembro de 2021
Preço: 23,58 euros | PVP: 25 euros
Formato: 17 × 21 cm (brochado)
Número de páginas: 280 (a cores)
Com o Atelier-Museu Júlio Pomar e o apoio da EGEAC
Esta exposição, particularmente difícil de montar pela pluralidade de obras
disponíveis e pela quantidade possível de mostrar no Atelier-Museu, foi um
momento extremamente desafiante para a equipa do museu, que, de certa
forma, trouxe para mais perto não apenas os amigos e retratados pelo pintor,
como também o próprio Júlio Pomar. O seu rosto, e sobretudo o seu sorriso,
estavam nela reflectidos através dos outros semblantes!
A exposição «O desenho impreciso de cada rosto humano, reflectido! Retratos de Júlio Pomar», com curadoria de Sara Antónia Matos e Pedro Faro, incide sobre o modo como Júlio Pomar pensou o género artístico do retrato ao longo dos mais de
setenta anos que compõem a carreira do pintor. A exposição procurou assim reunir retratos de diversas fases de criação, desde
o neo-realismo, na década de 1940, até 2018, ano em que morreu. Não sendo possível mostrar, numa só exposição, no espaço
do Atelier-Museu, todos os trabalhos realizados neste domínio por Júlio
Pomar, procurou seleccionar-se retratos que marcaram a passagem entre
«fases» e retratos menos vistos, menos icónicos, por serem abordagens
prévias, ou até estudos das obras mais conhecidas. Desse modo, conseguiu abranger-se um maior número de personalidades. […]
Houve ainda outro critério que orientou a selecção de obras para a
exposição e que, salvo raras excepções, quando isso não prejudicou a
relação indissociável entre pintura e desenho, passou por não repetir
retratos da mesma personalidade, sobretudo quando os mesmos pertenciam ao mesmo período estilístico. […]
A pintura e o desenho de retrato dão conta das várias relações que o
artista foi estabelecendo com pessoas do seu círculo de contacto mais
pessoal, e com figuras notáveis de diversos domínios da sociedade portuguesa, desde artistas, seus «pares» e companheiros, a escritores, políticos e protagonistas de fado. Estas abordagens das últimas décadas
foram reunidas no piso superior do Atelier-Museu, criando um atlas de
ligações, encimadas pela figura alegórica da «República», protagonizada
pelo rosto de Cristina Branco. Além disso, a exposição inclui vários
auto-retratos, de diferentes momentos da vida do artista, deixando perceber o seu avanço de idade.
[Sara Antónia Matos e Pedro Faro]
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