terça-feira, 26 de novembro de 2013

«Billy Budd, Marinheiro», de Herman Melville



Billy Budd, Marinheiro

Herman Melville


Tradução e apresentação de Aníbal Fernandes


ISBN: 978-989-8566-32-4
Edição: Novembro de 2013
Preço: 13,21 euros | PVP: 14 euros
Formato: 14,5×20,5 cm (brochado, com badanas)
Número de páginas: 160

«Herman Melville [Nova Iorque, EUA, 1819 – Nova Iorque, EUA, 1891] foi um exímio manipulador de significados ocultos; e serviu-se deles para explorar as profundas zonas da consciência humana que as convenções literárias da sua época não aprovariam ver à solta, directamente em palavras, sem a penumbra dos símbolos. Numa grande parte das suas histórias reconhecem-se sentidos múltiplos; e à de Billy Budd não bastaria este, imediato, que valoriza a frustração sexual de Claggart vivida com ódio sádico numa profunda e amarga solidão. Pode afirmar-se que nenhuma outra obra sua levou a tão variadas e audaciosas interpretações. Aquela que se detém no problema emocional e sexual de Claggart não deixa, ainda assim, de conduzir a outro problema, levantado pelo conselho de guerra que condenou Billy Budd e põe em relevo uma verdade fundamental das sociedades regidas pela Lei: que a força desta Lei se sobrepõe à consciência da Justiça.»

da Apresentação de Aníbal Fernandes

«No tempo em que não havia barcos a vapor ou não eram, pelo menos, tantos como os que hoje existem, alguém que vagueasse ao longo das docas de um importante porto de mar teria por vezes a atenção alertada por um grupo de marinheiros bronzeados, homens de um navio de guerra ou mercante com a roupa domingueira de quem tinha tempo livre em terra. Em certas ocasiões caminhavam lado a lado, mas noutras eram como uma escolta a cercar uma qualquer figura superior da sua classe que andava com eles por ali fora como Aldebarã entre as luzes menores da sua constelação. Este objecto notável era o “Marinheiro Bem Parecido” de um tempo menos prosaico, tanto para a marinha de guerra como para a marinha mercante. E sem traço perceptível de vanglória, antes com a simplicidade desenvolta da sua natural realeza, é que ele parecia aceitar a espontânea homenagem dos seus camaradas.»

Billy Budd, capítulo I

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