terça-feira, 26 de novembro de 2013

«Para Grandes Solidões Magníficos Espelhos», de Carmo Sousa Lima, Vasco Araújo e João Sousa Monteiro


Para Grandes Solidões
Magníficos Espelhos
 
Carmo Sousa Lima | Vasco Araújo | João Sousa Monteiro

ISBN: 978-989-8566-34-8
Edição: Novembro de 2013
Preço: 13,21 euros | PVP: 14 euros
Formato: 15,5x23,5 cm (brochado, com badanas)
Número de páginas: 144 (com fotografias a preto e branco)

Durante vários meses, Carmo Sousa Lima (psicanalista) e Vasco Araújo (artista plástico) conversaram sobre a infância e os mistérios que a tecem sem se deixarem ler; sobre a delicadeza; sobre o enigma que parece estar no coração de tudo; sobre a virtude da incerteza, a coragem, o fascínio da fragilidade; sobre os medos que cruzam a vida em todas as direcções. A obra em vídeo de Vasco Araújo – hoje uma referência central no panorama da arte contemporânea – inspirou muitas destas conversas. Sem que tivesse sido planeado, o livro revelou-se um surpreendente ‘statement’ sobre a experiência criativa de Vasco Araújo. Longos anos de experiência clínica, e um olhar de autora de poesia, atravessam cada linha deste livro. Olhada em conjunto, a conversa – com as suas hesitações, inseguranças, mudanças bruscas de direcção – reflecte sem o quererem, a experiência da vulnerabilidade com que os dois interlocutores vêem, de dentro, a vida. João Sousa Monteiro (psicanalista) colaborou na última, e mais extensa, conversa deste livro.


«Vasco: …O mundo é feito de coisas invisíveis, que quando se mostram são extraordinárias!
João: Mas quantos dos vivos estão vivos? O que é que, em cada um de nós, está vivo – ainda está vivo, já está vivo, nunca esteve vivo, nunca estará vivo, não queremos que esteja vivo? C. Péguy dizia que em cada novo dia, a coisa mais velha do mundo é o jornal da véspera, e a mais nova, a Ilíada. Quantos de nós somos apenas o jornal da véspera? Quanto de cada um de nós já se tornou no jornal da véspera, ou quantas vezes nunca foi outra coisa senão o jornal da véspera? Estou inteiramente de acordo em que é precisa imensa coragem para manter um olhar claro relativamente à vida. Mas não é exactamente o que mais nos falta a todos, coragem?
Carmo: …«ele há dias»… e nessa matéria – como em tantas outras – há dias que valem anos e anos que valem dias…»
cartaz

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