terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Cesariny – em casas como aquela | Duarte Belo, José Manuel dos Santos



Cesariny – em casas como aquela
Duarte Belo, José Manuel dos Santos

ISBN: 978-989-8566-82-9

Edição: Novembro 2014

Preço: 14,15 euros | PVP: 15 euros
Formato: 16,7x21 cm (brochado, com badanas)
Número de páginas: 88 (fotografias impressas em duotone)

[ Em colaboração com a Fundação EDP e com a Fundação Cupertino de Miranda ]


Este livro foi publicado com o apoio da Fundação EDP, por ocasião dos VIII Encontros de Mário Cesariny, realizados pela Fundação Cupertino de Miranda em Vila Nova de Famalicão, em Novembro de 2014. Reúne um conjunto de fotografias de Duarte Belo registadas na casa de Mário Cesariny, na Rua Basílio Teles, n.º 6 – 2.º dir., em Lisboa, no âmbito da atribuição do Grande Prémio EDP – Artes Plásticas, em 2002, e integrando o conjunto de iniciativas comissariadas por João Pinharanda que conduziram à realização da exposição retrospectiva, em 2004, no Museu da Cidade, em Lisboa.

«Estas fotografias de Duarte Belo são como um navio de espelhos onde o mundo fechado de Cesariny nos entrega os seus sinais, as suas sombras, as suas solidões, os seus sóis, os seus fantasmas, os seus funâmbulos. Nesse navio, ele era como um capitão na sua ponte de comando sob os relâmpagos que dão a fundura do mar à altura do céu. 
Agora, olho estas fotografias (Cesariny gostava de dizer: lindas) de Duarte Belo e elas são a madalena do Proust que-ele-não-leu-porque-não-precisava e que me traz o tempo e os seus habitantes. Olho-as e digo com ele: “… a sombra dita a luz / não ilumina realmente os objectos / os objectos vivem às escuras / numa perpétua aurora surrealista / com a qual não podemos contactar / senão como os amantes / de olhos fechados / e lâmpadas nos dedos e na boca”. 
Olho-as e vejo-me nelas como se tivesse acabado de chegar àquela casa que apenas foi inteiramente dele quando a rua lhe negou abrigo, susto e aventura. Nestas fotografias, a casa é uma colagem de objectos em êxtase, uma colecção de imagens em rotação, uma constelação de astros em fuga, uma sucessão de sinais sagrados. Aqui, Mário Cesariny é um rei no seu castelo de relâmpagos e raios.» [José Manuel dos Santos

Duarte Belo nasceu em Lisboa (1968). Licenciado em Arquitectura (1991). Paralelamente à actividade inicial em Arquitectura, desenvolve projectos em Fotografia. Expõe individualmente desde 1989, tendo já participado em numerosas exposições individuais. Está representado em diversas colecções públicas e privadas, em Portugal e no estrangeiro. Já desenvolveu a actividade de docência e participa regularmente em seminários, congressos e mesas redondas. 
Da obra publicada poderíamos destacar Orlando Ribeiro — Seguido de uma viagem breve à Serra da Estrela (1999); Ruy Belo — Coisas de Silêncio (2000); À Superfície do Tempo — Viagem à Amazónia (2002); Geografia do Caos (2005); Olívia e Joaquim – Doces de Santa Clara em Vila do Conde (2007); desenha, produz e fotografa as ilustrações do conto O Príncipe-Urso Doce de Laranja (2009). De uma obra documental extensa, centrada no levantamento fotográfico da paisagem e das formas de ocupação do território, são de destacar as obras Portugal — O Sabor da Terra (1997) e Portugal Património (2007-2008).


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