Amadeo de Souza-Cardoso – Fotobiografia
Catarina Alfaro, Helena de Freitas, Leonor de Oliveira
2.ª edição, aumentada, trilingue (português, francês, inglês)
ISBN: 978-989-8834-14-0
Edição: Abril de 2016
Preço: 47,17 euros | PVP: 50 euros
Formato: 24 × 29 cm [encadernado]
Número de páginas: 432, a cores
[co-edição com a Fundação Calouste Gulbenkian]
Esta edição da Fotobiografia de Amadeo de Souza-Cardoso foi publicada por ocasião da exposição «Amadeo de Souza Cardoso 1887-1918», organizada pela Fundação Calouste Gulbenkian e pela Réunion des Musées Nationaux – Grand Palais, em Paris, de 20 de Abril a 18 de Julho de 2016.
A Fotobiografia de Amadeo de Souza-Cardoso apresenta-se na forma de uma malha organizada entre texto e imagem. A multiplicidade de documentos e fotografias reproduzidos permite contextualizar a sua vida artística, fixar o seu rosto em sucessivas poses, cristalizar alguns dos seus pensamentos na grafia das cartas. Sabemos como Amadeo não se deixa aprisionar nesta rede. O artista não tem um discurso regular, desloca-se com destreza entre vários registos, na vida como na obra. Percebe-se na diversidade da pose (entre o provinciano e o cosmopolita), no estilo versátil da escrita, na letra instável, no desconcertante traçado das assinaturas. Parte tudo isto de um sentido de velocidade que lhe percorre a vida e a obra, de um destino que tem que cumprir. [Helena de Freitas]
Amadeo de Souza-Cardoso nasceu em 1887 em Manhufe, perto de Amarante no norte de Portugal, e morreu precocemente em Espinho no ano de 1918, vítima de «pneumónica» ou gripe espanhola. Com apenas 30 anos e em escassos anos de trabalho experimental, o artista desenvolveu, entre Paris e Manhufe, a mais séria possibilidade de arte moderna em Portugal, num diálogo internacional, intenso mas pouco conhecido, com os artistas do seu tempo. Em 1906 parte para Paris a fim de estudar Arquitectura, mas rapidamente se afasta desse propósito, mais interessado nas energias plásticas emergentes que irradiam desta cidade.
Aqui se reuniram, residentes ou de passagem, os artistas protagonistas dos movimentos de ruptura que alteraram em definitivo os cânones de representação da arte ocidental. Durante os anos em que viveu em Paris (1906 e 1914) e posteriormente em Portugal (1914-1918), sabe-se que Amadeo desenvolveu laços de convívio e de amizade com muitos desses artistas, chegando mesmo a estabelecer relações sólidas e profundas com alguns deles. Daquilo que se conhece da sua obra e da sua imensa curiosidade e determinação, não será difícil perceber a atenção activa que dedicou a esse universo efervescente. [Helena de Freitas]
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