quinta-feira, 20 de abril de 2023

Angeli – 50 Anos de Humor

 

Angeli – 50 Anos de Humor
Angeli

Curadoria e coordenação editorial de António Antunes
Textos de Fernando Paulo Ferreira e Millor Fernandes

ISBN 978-989-568-091-7 | EAN 9789895680917

Edição: Março de 2023
Preço: 16,98 euros | PVP: 18 euros
Formato: 17 × 24 cm (encadernado)
Número de páginas: 128 (a cores)

Com a Câmara Municipal de Vila Franca de Xira
Edição bilingue: português | inglês



Millor Fernandes: «Em tempo quando Arnaldo nasceu, o pai, vendo com orgulho que tinha pela frente um branco, classe média e macho, e não querendo humilhar ninguém com o ser que apresenta ao Brasil, chamou-o de Angeli. Anagrama de genial.»
 



Eis o Angeli, um dos ícones de nosso desenho de humor. Da geração de Laerte, Glauco, Paulo e Chico Caruso. Todos de São Paulo. Embora Chico já esteja tão carioquizado que vereadores paulistas vão lhe dar o título de Paulista Honorário.
Desenhista de humor, como batismo, é definição analítica. As definições sintéticas, chargista, ou caricaturista, são redutivas e depreciativas, mas o nome não importa. Com qualquer nome, o desenho do Angeli é a busca, bem-sucedida, de retratar o escroto que está diante de nós e nós não vemos. Diz aí, Amália, é porque são nosso reflexo? Que é isso, mulher?, fecha esse Freud de bolso e vem pra cama. E nada de foque-foque, ou fuc-fic. É vamos apreciar juntos essas figuras de os Figuraços, da República dos Bananas do Angeli.
Olha bem as caras desses caras como ele viu. Claro que pertencem a um mundo mais baixo, mais escroto, como eu disse, não existe outro adjetivo. Mais escroto do que o nosso, esclareço. E o nosso não é lá essas coisas. Existe em qualquer lugar, no submundo ou no sub-sub- -mundo, uma sociedade tão compacta como essa que Angeli retrata? Claro que não. A República do Bananão, do Ivan Lessa, existe. Existe em nosso mundo, é visível e até louvada, mas sobretudo esculhambada e se chama burguesia.
A do Angeli, os Figuraços, existe no íntimo do «artista». Ele vê, e nos mostra, e só aí nós nos vemos (brr!).
[Millor Fernandes]
 
No ano em que completa 67 anos, Angeli traz-nos uma retrospetiva de uma carreira que começou aos 14 anos de idade. Este artista plástico, que levou o seu desenho humorístico a diversas publicações, mas também à televisão e ao cinema, foi o responsável pelo surgimento, em 1983, da revista Chiclete com Banana, um sucesso editorial considerado, até hoje, como uma das mais importantes publicações de banda desenhada para adultos já editadas no Brasil.
[Fernando Paulo Ferreira]

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