Verdes Moradas,
título pedido de empréstimo à tradução portuguesa de Green Mansions [Verdes Moradas, publicado pela
Sistema Solar, em 2015, com tradução e apresentação de José Domingos Morais] —
novela, publicada em 1904, da autoria de W.H. Hudson —, dá nome a uma exposição
que reúne três artistas cujo percurso se tem regularmente cruzado com a
programação da Fundação Carmona & Costa — Inez Teixeira, Jorge Feijão e
Maria Capelo —, a que se junta um quarto elemento, o arquitecto e fotógrafo
Duarte Belo.
O livro, que usamos como papel de cenário exemplar para assentar as poderosas visões projectadas pelos quatro artistas presentes, é um radioso e comovente canto de exaltação da natureza enquanto lugar, vivido e imaginado, próximo e distante, no qual se plasmam conflitos interiores, paixões, memórias e aspirações propriamente humanas.
Assim, reunindo obras que são atravessadas por uma particular sensibilidade e atenção ao estado do mundo, esta exposição colectiva constitui-se, também, como uma reflexão sobre a crise ecológica, de uma magnitude sem precedentes, que a humanidade vive presentemente e tem como pano de fundo a natureza e a sua tematização. Participa, inscreve-se, destaca a relação milenar que a arte tem com a natureza e as possibilidades de reparação que convoca e/ou engendra.
[Nuno Faria]
As Verdes Moradas é, sem dúvida, uma exposição que nos toca e sensibiliza para o actual estado do mundo, em plena crise ecológica. Os seus autores, Inez Teixeira, Jorge Feijão, Maria Capelo e Duarte Belo, conseguem tocar-nos e levar-nos para esse mundo natural que é a nossa génese e que importa defender e preservar.
[Sérgio Costa]
Este livro foi publicado por ocasião da exposição Verdes Moradas [ensaio sobre os ritmos da natureza], com curadoria de Nuno Faria, patente no Museu da Guarda de 3 de Novembro de 2022 a 9 de Abril de 2023, numa colaboração entre o Museu da Guarda e a Fundação Carmona e Costa.
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