quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

«ESTRO IN WATTS - POESIA DA IDADE DO ROCK» e «ROLL OVER - ADEUS ANOS 70» são apresentados no próximo dia 18, terça-feira, no Museu da Electricidade, em Lisboa.

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ESTRO IN WATTS 
poesia da idade do rock 
(1955-1980)

edição bilingue

Antologia, tradução, introdução e notas João de Menezes-Ferreira

Num percurso de 563 poesias musicadas de 170 autores, desde «Blue suede shoes» de Carl Perkins (1955) até «O superman» de Laurie Anderson (1980), esta é a crónica lírica da vida de várias gerações adolescentes num momento histórico muito preciso: o da conquista da sua autodeterminação, em marcha errante, multímoda, eléctrica, ou como sintetizou Caetano Veloso em 1966 (Alegria, alegria) «sem lenço, sem documento, eu vou». E sem recuo.


«A grande poesia da nossa época é o rock. As palavras são tão importantes como o ritmo. Nunca se assistiu a um tal renascimento poético desde Homero. É o regresso dos bardos de antes da escrita, da época oral. É o reencontro planetário. Canta-se rock na China, na URSS, em todos os países do mundo. O rock é a língua universal. A língua do gesto e do grito. A língua da comunicação e da participação. É uma revolução fantástica.»

MARSHALL McLUHAN
- Depoimento recolhido em entrevista no Le Monde, pelo jornalista P. Dommergues (data indeterminada no final dos anos 60 início dos 70) citado em Les Poètes du rock, de Jean-Michel Varenne, Éditions Seguers, Paris, 1975.


JOÃO DE MENEZES-FERREIRA - No curto período em que fez crítica de música foi autor do programa radiofónico na RDP FM Estéreo «A Idade do Rock» (1977-1980), para o qual reuniu materiais que fazem grande parte desta antologia. Tem formação jurídica (Lisboa) e post-graduação em Altos Estudos Europeus (Bruges). Entre outras actividades, foi advogado, deputado, diplomata, empresário, fundador e dirigente de uma cooperativa de animação cultural e de ONGs e professor universitário.


ROLL OVER
adeus anos 70

Fotografias de José Paulo Ferro
Textos de Margarida Medeiros e João de Menezes-Ferreira



Roll Over fica como um retrato de uma época que ainda está (em certa medida estava) por fazer e que sem dúvida gerará outros que o completem; numa época em que a imagem digital faz desaparecer a importância da fotografia e do snapshot pela imensidão de imagens que se podem gerar em cada segundo, este é um arquivo valioso para a memória destes anos e que complementa qualquer história do “rock português”. Mas é-o sobretudo pelo estilo de aproximação, pela forma como sublinha a cena em detrimento do personagem individual que nela se destaca, o acto, em detrimento da pose, a dinâmica literal em detrimento do esteticismo. MARGARIDA MEDEIROS

Isto é certamente fotografia tribal. Havia então outras tribos, com outras marcas identitárias. Nós – o José Paulo, eu também – fazíamos parte desta tribo.Mas nunca pensámos na publicação destas fotografias «escondidas» (conhecidas de poucos e quase todas inéditas) para alimentar o mercado da nostalgia e do narcisismo. Por mim, tento vê-las na sua dupla essência: valiosos documentos sociológicos e espécimes da nobre arte da fotorreportagem. JOÃO DE MENEZES-FERREIRA

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