segunda-feira, 3 de novembro de 2014

«Como um Deus que Dorme — Dacosta: heterónimo teorema epifania» | Carmo Sousa Lima, António Dacosta


Como um Deus que Dorme
Dacosta: heterónimo teorema epifania

Carmo Sousa Lima, António Dacosta

ISBN: 978-989-8566-75-1

Edição: Outubro de 2014

Preço: 11,32 euros | PVP: 12 euros
Formato: 15,5x23,5 cm (brochado)
Número de páginas: 48 (com reproduções a cores)


Sob o riso fez-se um silêncio dourado por entre árvores antigas – e o narrador começou a pressentir um inquietante sossego. Foi quando começou a ouvir com os olhos um coro que restolhava a caminho de Évora, sussurrando: Tirem-me daqui a Metafísica… Tirem-me daqui a Metafísica…

Apearam-se então no quadro de António Uma Romana em Évora. O narrador mais pensou: «Sempre suspeitei que este foi o sonho que Fernando ofereceu a António com a enigmática dedicatória: Ao último heterónimo… quem, coroado por quatro abelhas, se encantou assim… que transmutado bicho… que solitária coluna…»

[Carmo Sousa Lima, Como um Deus que Dorme]

Carmo Sousa Lima [Ponta Delgada] é psicanalista de crianças e adultos, membro permanente da Sociedade Portuguesa de Psicanálise, da International Psychoanalytical Association, e da European Psychology Federation.

António Dacosta [Angra do Heroísmo, 3 de Novembro de 1914 – Paris, 2 de Dezembro de 1990], poeta, crítico de arte e pintor. A sua obra pictórica é constituída por duas fases distintas. Entre 1939 e 1948 trabalha essencialmente dentro de um idioma surrealista, afirmando-se como uma figura de referência do movimento em Portugal. Essa fase encerra-se com pinturas realizadas em Paris – onde fixa residência a partir de 1947 –, em que se aproxima da abstracção. Segue-se um hiato de trinta anos em que interrompe quase por completo a prática artística, dedicando-se à crítica de arte. Retoma a pintura de forma consistente apenas no final da década de 1970. A partir daí e até à data da sua morte irá realizar um conjunto de obras diversas, identicamente notáveis.

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