Quino – 60 Anos de Humor
Texto de José Pablo Feinmann
Coordenação editorial de António Antunes
ISBN: 978-989-8834-68-3
Edição: Abril de 2017
Preço: 14,15 euros | PVP: 15 euros
Formato: 16,5x22 cm [encadernado]
Número de páginas: 120
Edição bilingue: português-inglês
[em colaboração com a Câmara Municipal de Vila Franca de Xira]
Livro publicado por ocasião da exposição Quino 60 anos de humor, do artista vencedor da 18.ª edição da Cartoon Xira e apresentada entre 22 de Abril e 28 de Maio de 2017 no Celeiro da Patriarcal, em Vila Franca de Xira.
O humor de Quino é antiutópico. Este mundo não lhe permite alentar qualquer esperança. Ele não pode oferecer vidros coloridos. Que o façam os outros. Ele expõe a impossibilidade do homem no mundo mercantilizado, mecanizado, caótico, doente, egoísta, competitivo e frio do capitalismo. As suas notas também atingem a massificação e o autoritarismo dos regimes coletivistas. […]
Se o mundo é assim como Quino diz que é, é preciso fazer algo. E aqui reside a glória de um grande artista: mostrar-nos o horror do dia a dia, o intolerável do que é aceite, o pesadelo que habita o sonho, a impossibilidade – neste mundo já decidido – de tudo o que podemos amar. Quino não desenha utopias. Não acredita – suponho – que o futuro trará certamente algo de melhor. No entanto, o impiedoso presente que desenha só nos pode levar a querer mudá-lo. Toda a mudança implica imaginar um futuro diferente. Quino impele-nos a isso: ao futuro, à coragem, às nossas mais verdadeiras potencialidades. Assim, e não paradoxalmente, a sua negrura, o seu impiedoso ceticismo transforma-se em prática. [José Pablo Feinmann]
Quino [Mendoza, Argentina, 1932] matricula-se na Escola de Belas-Artes com 13 anos e pouco tempo depois abandona-a para se tornar autor de banda desenhada. Aos 18 anos muda-se para a cidade de Buenos Aires. A sua famosa tira Mafalda nasce em 1964 e, a partir de 1965, passa a ser publicada no jornal El Mundo e, depois, na revista Siete Días Ilustrados.
Com enorme sucesso, tanto ao nível nacional como internacional, Mafalda continuaria a ser publicada até Junho de 1973, quando Quino decide deixar de a desenhar. Quino continua, no entanto, a sua actividade como autor de banda desenhada. Por sua vez, Mafalda continuou a ser reimpressa em mais de trinta países, chegando a converter-se na tira latino-americana mais vendida no mundo. 2014 foi um ano especial, uma vez que Quino comemorou 60 anos no humor gráfico e Mafalda celebrou o seu 50.º aniversário. Nesse mesmo ano foi galardoado em Espanha com o Prémio Príncipe das Astúrias de Comunicação e Humanidades e abriu a 40.ª Feira Internacional do Livro de Buenos Aires.
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