Os Cavalos de Abdera –– E mais forças estranhas
Leopoldo Lugones
Tradução e apresentação de Aníbal Fernandes
ISBN: 978-989-8833-06-8
Edição: Setembro de 2017
Preço: 14,15 euros | PVP: 15 euros
Formato: 14,5 x 20,5 cm (brochado, com badanas)
Número de páginas: 160
Jorge Luis Borges: «Toda a literatura é fantástica porque está cheia de
símbolos e sonhos.» Sentimos a comodidade desta indiferenciação quando
nos tentamos a não definir um género para os contos de Lugones.
Jorge Luis Borges, que o admirava, várias vezes o recordou; escolheu-o para a sua Biblioteca de Babel e depois da sua morte resumiu-o com muita eficiência: «Como o de Quevedo, como o de Joyce, como o de Claudel, o génio de Leopoldo Lugones é fundamentalmente verbal. Não há uma página do seu extenso labor que não possa ler-se em voz alta e não tenha sido escrita em voz alta. Períodos que noutros escritores resultariam ostensivos e artificiais, correspondem nele à plenitude e às amplas evoluções da sua natural entoação. […]
Leopoldo Lugones era director da Biblioteca Nacional de Maestros, presidente da Sociedade Argentina de Escritores, e em 1926 […] tinha recebido o Prémio Nacional de Literatura. Mas, indiferente a estes prestígios, recolhia-se numa solidão apenas enfeitada pela sua obra poética (Lunario Sentimental continua inapagável referência para os estudiosos da poesia argentina), por escritos em prosa onde existem ensaios, uma única novela intitulada El Ángel de la Sombra (1926) e contos que chegam a cento e trinta e um, seleccionados por ele próprio para formar La Guerra Gaucha (1905), Las Fuerzas Extrañas (1906), Cuentos (1916) e Cuentos Fatales (1924), ou conviverem com poemas em Lunario Sentimental (1909) e Filosofícula (1924). [Aníbal Fernandes]
Escritor argentino, Leopoldo Lugones nasceu no dia 13 de Junho de 1874, em Villa de María del Río Seco, e morreu no dia 18 de Fevereiro de 1938, em Tigre. Escreveu e publicou poesia, ensaio, novela e contos. No dia em que se suicidou, com uma mistura de cianeto e uísque, deixou uma carta de onde se destacam estas palavras: «Peço que me enterrem na terra sem caixão, sem nome que me recorde; proíbo que o meu nome seja atribuído a um qualquer lugar público; não culpo ninguém de nada; sou o único responsável por todos os meus actos.» Foi um dos fundadores e o primeiro presidente da Sociedade Argentina de Escritores (1928-1932). Numa homenagem a Leopoldo Lugones, o Dia do Escritor, na Argentina, é assinalado no dia 13 de Junho.
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