quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

Lux in Tenebris I Miguel Telles da Gama


Lux in Tenebris
Miguel Telles da Gama

Textos de José Sarmento de Matos, Jorge Silva Melo, Manuel Costa Cabral

ISBN 978-989-8902-46-7 | EAN 9789898902467

Edição: Novembro de 2018

Preço: 16,98 euros | PVP: 18 euros
Formato: 17 x 22 cm (encadernado)
Número de páginas: 104 (a cores)

Com a Fundação Carmona e Costa

Edição bilingue: português-inglês



O Miguel mete-se connosco, desencadeia fiozinhos do inconsciente que irrompem nas tais bolhinhas que perturbam o correr plácido do consciente. Espicaça-nos. Mas cuidado: ele mete-se connosco mas não brinca connosco.

Este livro foi publicado por ocasião da exposição Lux in Tenebris, de Miguel Telles da Gama, com curadoria de Manuel Costa Cabral, realizada na Fundação Portuguesa das Comunicações entre 22 de Novembro de 2018 e 5 de Janeiro de 2019.

No princípio deste ano, o Miguel desafiou-me para ver o que eu achava do primeiro quadro que estava quase pronto e que abria o tema da sua próxima exposição. Lá fui ao seu atelier pequeno no fundo do quintal para observar com bastante interesse, pois daquele pincel nunca se sabe o que pode sair. Olhei, e gostei da originalidade do tema e da estranheza que me causou. […] Para mim, a pintura não se interpreta, sente-se.
Desde o momento que vi esse quadro, desencadeou-se em mim a sensação incómoda de que um fiozinho subia do inconsciente e fazia como que umas bolhinhas agitadoras na linearidade mais ou menos calma da nossa linha do consciente, da racionalidade e da lógica que nos vai facilitando o confronto com o mundo exterior. Perturbou-me. 
[José Sarmento de Matos]

São armaduras, carapaças, viseiras, palas, articulações, é metal o que Miguel Telles da Gama agora obsessivamente pinta, o que restou de cavaleiros andantes, o que ficou das latas improvisadas do Alexandre Nevsky, negros metais bélicos que já não protegem vencedores nem santos combatentes, há muito que já não há Carlos V para os pintores retratarem no auge da batalha ou na paz de Breda. 
[Jorge Silva Melo]

Porquê a inscrição da pintura num círculo em trabalhos anteriores e agora neste? O círculo como na lanterna mágica, a abordagem através de um buraco de fechadura, de um óculo…

…porque na verdade é disso que se trata, nós estamos do lado de cá e é como se houvesse uma coisa no lado de lá que nós vemos e a que não temos acesso.
[Conversa Manuel Costa Cabral | Miguel Telles da Gama]

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