O Que Pode a Arte? — 50 anos do Maio de 68
Ana Vidigal, Carla Filipe, João Louro, Jorge Queiroz, Júlio Pomar, Ramiro Guerreiro, Tomás Cunha Ferreira
Textos de Daniel Ribas, Hugo Dinis, Mariana Pinto dos Santos,
Nuno Crespo e Sara Antónia Matos
ISBN 978-989-8902-40-5 | EAN 9789898902405
Edição: Outubro de 2018
Preço: 18,87 euros | PVP: 20 euros
Formato: 17 x 21 cm (brochado com badanas)
Número de páginas: 208 (a cores)
Com o Atelier-Museu Júlio Pomar
Edição bilingue: português-inglês
O que pode a arte, então? A arte abre espaço para outra coisa, outras alternativas de representar o mundo, dando lugar a hipóteses imprevistas, alternativas desconhecidas, posições híbridas e desviantes que descentram os poderes opressivos.
Este catálogo é publicado por ocasião da exposição «O que pode a arte? 50 anos do Maio de 68» (15.05-29.09.2018), com curadoria de Nuno Crespo e Hugo Dinis.
A exposição, que recorda e comemora o 50.º aniversário do movimento estudantil francês, junta obras de Júlio Pomar, Ana Vidigal, Carla Filipe, João Louro, Jorge Queiroz, Ramiro Guerreiro e Tomás Cunha Ferreira. De diferentes modos, estes artistas continuam a encontrar na arte uma forma de afirmar os seus posicionamentos críticos sobre o mundo onde vivem, sobre as suas crises e formas de superação, mostrando o modo como a produção artística é contagiada pelas transformações políticas e sociais.
O Maio de 68, em França, teve na sua base greves e manifestações estudantis que rapidamente assumiram proporções revolucionárias, tornando-se símbolo de uma nova ordem social, que dizia respeito não só às relações académicas mas também às instituições sociais, políticas, económicas e culturais.
A consciência do poder reivindicativo dessa classe estudantil, culta e informada, que visava direitos democráticos e culturais e que reclamava liberdade de expressão, de comportamentos e de participação na construção do mundo, continua a manifestar-se particularmente entre os artistas e os intelectuais.
Júlio Pomar, a viver em Paris desde 1963, não ficou indiferente ao movimento, especialmente à agitação social, tendo feito um grupo importante de pinturas onde fica patente o espírito de 1968 e a articulação arte-política que lhe era próxima no início de carreira.
[…]
A arte e a estética adquirem assim um significado político, sem que as obras sejam ilustrativas ou propagandísticas. Envolvendo escolhas e posicionamentos ideológicos, a arte e a estética são forma de obter voz, afirmá-la e fazê-la ouvir no domínio público.
[Sara Antónia Matos]
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