Almadilha – Ensaios sobre Sophia de Mello Breyner Andresen
Federico Bertolazzi
ISBN 978-989-8902-72-6 | EAN 9789898902726
Edição: Abril de 2019
Preço: 14,15 euros | PVP: 15 euros
Formato: 16 x 22 cm (brochado)
Número de páginas: 192
Sophia de Mello Breyner Andresen: «Talvez eu vá ficando igual à almadilha da qual os pescadores dizem ser apenas água.»
A voz de Sophia de Mello Breyner Andresen é uma das mais límpidas da poesia de língua portuguesa. Desde o seu primeiro livro, Poesia (1944), Sophia mostrou uma pertinaz paixão para a busca de uma linguagem capaz de recuperar a íntima e primordial potência das coisas e da palavra que a possa nomear. A sua busca formal indaga o real na tentativa de pôr a nu aquela espécie de núcleo da essência que vive na integridade primitiva das coisas. […] para Sophia a poesia, que ela própria definiu «a minha explicação com o universo», faz-se instrumento de busca ontológica: através da palavra ela pode definir e conhecer as coisas e clarificar a sua relação com elas. Através da palavra, que se quer exacta, essa relação que tem como fundamento o rigor e a intransigência formal, liga-se à verdade e, clarificando e tornando nítido o eixo principal da existência na relação do homem com o mundo, contribui também para a explicação da relação do homem com o homem. […]
[Federico Bertolazzi]
Federico Bertolazzi nasceu em Terni, Itália, em 1973. Doutorado pela Universidade de Lisboa, é professor de Literatura Portuguesa na Universidade de Roma «Tor Vergata» e responsável científico da Cátedra Agustina Bessa-Luís. Entre os seus estudos destacam-se Noite e Dia da Mesma Luz. Aspectos da Poesia de Eugénio de Andrade (Lisboa, 2010); Con la Notte di Profilo. Brevi saggi su Eugénio de Andrade (Roma, 2011); Por Mares que só Eu Sei. Le canzoni, il teatro, la prosa di Chico Buarque (Roma, 2011). Traduziu e organizou as edições italianas de Luís de Camões, D’Amor sì Dolcemente. Antologia di sonetti (Livorno, 2019); Maria Teresa Horta, Mia Signora di Me (Livorno, 2018); Al Berto, Orto di Incendio (Firenze, 2017); Sophia de Mello Breyner Andresen, Come un Grido Puro (Milano, 2013); David Machado, Lasciate Parlare le Pietre (Roma, 2012); Orlando Ribeiro, Portogallo. Il Mediterraneo e l’Atlantico (Roma, 2012); José Maria Vieira Mendes, Mia moglie (Roma, 2008); Eugénio de Andrade, Dal Mare o da Altra Stella (Roma, 2006); José Cardoso Pires, Gli Scarafaggi (Roma, 2006); Ivo Castro, Storia della Lingua Portoghese (Roma, 2006); Lygia Fagundes Telles, Ragazze (Roma, 2006), entre outros.
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