sexta-feira, 5 de julho de 2019

Com os Beatles, Caro Jó I Luís Pinheiro de Almeida



Com os Beatles, Caro Jó
Luís Pinheiro de Almeida

Apresentação de Marcelo Rebelo de Sousa
Textos de Albino Reis, Pedro de Freitas Branco, Vítor Soares

ISBN 978-989-8902-88-7 | EAN 9789898902887

Edição: Junho de 2019
Preço: 13,21 euros | PVP: 14 euros
Formato: 17 x 24 cm (brochado)
Número de páginas: 106 (a cores)



«Olha, tenho os autógrafos dos Beatles. Não leste no jornal? Os gajos passaram aqui por Lisboa. Ficaram dois dias e foram fazer um espectáculo ao Monumental.»


Luís Pinheiro de Almeida foi um dos mais destacados colegas da minha turma de 1966, na Faculdade de Direito de Lisboa. […]
Com o correr dos anos, afastámo-nos nos nossos percursos. Sobretudo até que a Internet, pelo começo do século, o converteu num dos meus mais assíduos interlocutores semanais, quase diários. Acompanhando tudo e tudo comentando com argúcia e sugerindo com ironia.
Pude, assim, acompanhar a sofisticação da sua Beatlomania. Que havia passado da paixão ingénua do adolescente a chegar à idade adulta para um misto de teórico e compilador sobre a temática, perseguindo dados, descobrindo pistas, alimentando obras sobre o que já não era um passatempo, nem uma nostalgia de outras eras, antes se convertera num dos centros da sua vida. […]
Aqui vai, Luís, o meu texto. Prometido há séculos.
Para te agradecer a recordação de há mais de cinquenta anos. E para te dizer como admiro essa tua maneira de não envelheceres. Encontrando nos Beatles uma forma de continuar a sonhar como sonhavas há meio século…
[Marcelo Rebelo de Sousa]



Nasci em 1967, não tendo, por isso, oportunidade de conhecer o Luís Pinheiro de Almeida enquanto jovem. Afinal, talvez a perda não seja tão decisiva quanto eu julgava ser. As cartas não mentem, e revelam, além da sua importância histórica, como o Luís enquanto adulto não é assim tão diferente. Elas são o fiel retrato de quem viveu, e ainda hoje incarna, o genuíno espírito renascentista dos anos 60. Estas cartas são o testemunho de quem estava lá! 
[Pedro de Freitas Branco]



Luís Pinheiro de Almeida nasceu e viveu em Coimbra até aos 17 anos. Foi aí que, em 1963, ouviu pela primeira vez os Beatles e partilhou a sua nova paixão com os amigos do Bairro e do Liceu. Em 1965, quando veio viver para Lisboa, descobriu um novo mundo que passou a relatar, quase diariamente, aos seus amigos de Coimbra.
As cartas que escrevia para o amigo Jó (Jorge Carvalho, falecido em 2017), na altura vocalista do grupo Protões, com o registo do que acontecia em Lisboa sobre discos, rádio, cinema, bailes, jornais, concertos, vivências, tudo, ajudaram, segundo Jó, a encurtar a distância entre Coimbra — uma cidade onde não existia informação — e o Mundo.
Agora, é graças a Jó, que guardou essas cartas durante 50 anos, que podemos descobrir como era, nos anos 60, o dia-a-dia de um miúdo de 17 anos… fã dos Beatles, em Lisboa.

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