Topografias Rurais / Rural Topographies
Alberto Carneiro, Ana Lupas, Lala Meredith-Vula,
Claire de Santa Coloma
Organização de Tobi Maier
Textos de Tobi Maier, Irene Buarque,
Catarina Rosendo, Bernardo Pinto de Almeida e Marina Lupas Collinet
ISBN 978-989-9006-39-3 | EAN 9789899006393
Edição: Dezembro de 2020
Preço: 18,87 euros | PVP: 20 euros
Formato: 17 × 22 cm (brochado)
Número de páginas: 192
Com a Fundação Carmona e Costa e Galerias Municipais / EGEAC
Edição bilingue: português-inglês
Alberto Carneiro: «A arte faz-se para transformar
as imagens do quotidiano.»
Os trabalhos dos artistas apresentados nesta exposição «Topografias Rurais» chamam a atenção, de forma vibrante e poética, para os mistérios que habitam tanto a mente humana como a paisagem natural que nos circunda.
[Tobi Maier]
No final de Abril de 2017, a Irene Buarque manifestou a vontade de se fazer uma exposição da obra de Alberto Carneiro
na Galeria Diferença, no âmbito do programa de celebração do quadragésimo aniversário desta cooperativa de artistas.
Mesmo sendo demasiado cedo para qualquer iniciativa pública em torno da obra do Alberto Carneiro, que havia falecido
no dia 15 desse mesmo mês, a ideia era irrecusável, desde logo pela circunstância de ele ter feito parte do grupo original dos
fundadores da Cooperativa Diferença em 1979 e de, em vida, nutrir uma carinhosa amizade, mesmo que por vezes à distância, por Irene Buarque. Quando, de imediato, aceitei o repto, foi também porque seria isso que o próprio Alberto faria.
A associação das Galerias Municipais e do seu director Tobi Maier a este projecto enriqueceu-o em múltiplas instâncias,
permitindo alargar o enquadramento da desejada homenagem ao Alberto às duas galerias com as quais mais trabalhou nos
anos 1970, a Quadrum, então dirigida por Dulce d’Agro e hoje integrada nas Galerias Municipais, e a Diferença. Como
sucedeu com outros artistas na mesma altura, estas galerias proporcionaram ao Alberto importantes espaços
de visibilidade para aquelas que são, de entre o seu vasto
corpo de trabalho, algumas das suas obras mais experimentais, realizadas num período que aliou uma pessoal
e radical indagação artística a um contexto institucional
livre dos constrangimentos impostos pelo mercado artístico, então inexistente. A evocação visual deste passado, documentada nas duas exposições agora patentes na
Quadrum e na Diferença, partiu do olhar curatorial que
Tobi Maier dedicou ao projecto, um olhar atento à circunstância nacional que possibilitou a consolidação do
percurso artístico do Alberto mas, sobretudo, dirigido
para a construção de ligações com artistas de várias nacionalidades e gerações, como são os casos de Ana Lupas,
Lala Meredith-Vula e Claire de Santa Coloma.
[Catarina Rosendo]
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