terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

«Autobiografia», de Thomas Bernhard

Sintra, Hotel Tivoli, 1987 (Foto de Peter Fabjan, irmão do autor)

Autobiografia
Thomas Bernhard
(Heerlen, Holanda, 9 de Fevereiro de 1931 | Gmunden, Áustria, 12 de Fevereiro de 1989)

Tradução e introdução: José A. Palma Caetano

ISBN: 978-989-8566-31-7

Edição: Fevereiro de 2014

Formato: 14,5x20,5cm | Número de páginas: 544

Nas livrarias na última semana de Fevereiro

«É certo que os cinco livros da Autobiografia [A Causa (1975), A Cave (1976), A Respiração (1978), O Frio (1981) e Uma Criança (1982)] servem a Bernhard para dar a conhecer o que foi a sua infância e a sua juventude, mas sempre na medida em que esses períodos da sua vida e os acontecimentos por ele narrados foram relevantes para a sua obra literária. O escritor enfatiza os momentos que o marcaram para o resto da existência, faz notar os seus problemas, os seus erros, as fraquezas e os aspectos contraditórios do seu carácter, mas também as suas grandes decisões, a sua independência, a sua força de vontade, a sua natureza insubmissa e inconformada, mesmo na luta pela própria vida.

[…] ficção e biografia interpenetram-se em Bernhard de uma forma nem sempre clara, porque ambas participam igualmente da sua escrita enquanto obra de arte e ambas se completam e explicam reciprocamente. […] Na verdade, esse período da infância e juventude—e a ele se limita a Autobiografia—influencia decisivamente a personalidade do escritor, modela o seu carácter e de certo modo constrói as bases da sua carreira literária. Pode-se mesmo dizer que, sem conhecer as suas origens, as circunstâncias em que se verificou o seu nascimento, o que ele foi em criança e as provações por que passou na adolescência, não será fácil compreender devidamente a sua obra.» 

José A. Palma Caetano, Introdução.


Thomas Bernard nasceu em 1931 na Holanda, filho natural de uma austríaca e de um pai que nunca conheceu. Passou a infância com a mãe e os avós maternos, em Viena, e foi influenciado pelo avô, que era escritor. A sua educação fez-se em dois internatos, um nacional-socialista e outro católico, e na música, com aulas de canto e violino. Mais tarde estudou representação e direcção de actores. Entre 1952 e 1955, Bernhard colaborou com vários jornais, escrevendo crítica literária e começou a publicar alguns poemas e contos. Em 1957 publica o seu mais conhecido livro de poesia, Na Terra e no Inferno, e, em 1963, Frost, um dos seus mais importantes romances. A sua obra desenvolve-se entre a poesia, a ficção, o teatro e o ensaio. Autor maior da segunda metade do século XX, e certamente um dos mais polémicos, morre em 1989, na sua casa, em Gmunden, na Áustria.

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