quarta-feira, 15 de outubro de 2014

«Ernesto de Sousa e a Arte Popular – Em torno da exposição Barristas e Imaginários»| Ernesto de Sousa



Ernesto de Sousa e a Arte Popular – Em torno da exposição «Barristas e Imaginários»
Ernesto de Sousa 

Textos de Ernesto de Sousa, Mariana Pinto dos Santos e Nuno Faria

[edição bilingue]

ISBN: 978-989-8566-62-1

Preço: 23,58 euros | PVP: 25 euros

Formato: 16x22 cm (brochado)
Número de páginas: 320 (com reproduções a PB e a cores)

[ Co-edição: A Oficina, CIPRL ]


Catálogo publicado por ocasião da exposição «Ernesto de Sousa e a Arte Popular» [26 de Abril de 2014 – 6 de Julho de 2014, na Plataforma das Artes e da Criatividade / CIAJG, Guimarães], produzida pelo Centro Internacional das Artes José de Guimarães.

A exposição reactiva as investigações de Ernesto de Sousa [Lisboa, 1921-1988] em torno da arte popular e da escultura portuguesa e tem como pano de fundo a exposição «Barristas e Imaginários: quatro artistas populares do Norte», que o autor concebeu e apresentou na Galeria Divulgação, em Lisboa, em 1964, com obras de Rosa Ramalho, Mistério, Franklin Vilas Boas e Quintino Vilas Boas Neto. […] Estamos, assim, perante uma exposição sobre outra exposição. Faz coabitar fotografias e textos de Ernesto de Sousa com objectos dos artistas por ele estudados, procurando reactivar as múltiplas e fecundas relações e estratos de sentido que o inquieto investigador (ou operador estético, designação que mais tarde reivindicaria) produzia, a partir de métodos analíticos invulgarmente excêntricos para o contexto de então, dominado, no campo da história da arte, por leituras conservadoras e disciplinares. A arte popular ou, como Ernesto de Sousa preferia designar, «de expressão ingénua», foi alvo de um considerável interesse desde os últimos anos da década de 50, com diversos contactos e investigações, quer no campo da etnologia, quer da arquitectura, passando pelo interesse em artistas populares «descobertos» de forma mais ou menos ocasional por artistas como António Quadros (que foi o primeiro a reconhecer a idiossincrasia do trabalho de Rosa Ramalho) ou por diversos arquitectos. Vindo do neo-realismo, no qual pontifica Dom Roberto, filme que realizou em 1962, Ernesto de Sousa chega à arte popular através de um profícuo desvio pela arte primitiva africana, à qual, de resto, aproximará alguns objectos de Franklin, por exemplo. [Nuno Faria]

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