terça-feira, 3 de dezembro de 2019

Espelho / Mirror I Rui Sanches


Espelho / Mirror
Rui Sanches

Textos de Delfim Sardo, Sara Antónia Matos e Richard Deacon

Design de Pedro Falcão

ISBN 978-989-9006-00-3 | EAN 9789899006003

Edição: Novembro de 2019
Preço: 33,19 euros | PVP: 35 euros
Formato: 22,3 x 29,7 cm (brochado)
Número de páginas: 280 (a cores)

Com a Fundação Carmona e Costa

Edição bilingue: português-inglês



Este livro documenta a exposição «Espelho/Mirror», de Rui Sanches, que teve lugar em Lisboa, no Torreão Nascente da Cordoaria Nacional entre 29 de Setembro de 2019 e 12 de Janeiro de 2020, com curadoria de Delfim Sardo, e no Museu Coleção Berardo entre 10 de Outubro de 2019 e 12 de Janeiro de 2020, com curadoria de Sara Antónia Matos.


A obra de Rui Sanches tem vindo a desenvolver-se, ao longo dos últimos 35 anos (a sua primeira exposição individual em Portugal teve lugar em 1984), como uma extensa reflexão em torno de três questões fundamentais: a relação da criação moderna e contemporânea com a história e as diferentes linhagens que se foram definindo, a possibilidade de tematizar a questão do ponto de vista (do espectador e dos que a obra em si mesma propõe) — quer em termos físico-percetivos, quer em termos representacionais — e a questão da relação da arte com o mundo, seja por processos de ressignificação, de relação com o contexto, de citação ou paráfrase ou pelo léxico material utilizado. 
[Delfim Sardo]


Cada desenho fixa momentos ou estados, não tanto sobre a figura ou os objectos, antes sobre as suas qualidades líquidas, os movimentos e as vibrações que antecedem a forma. Na obra de Rui Sanches, o desenho parece sair da folha de papel, extravasando as suas margens, para lá dele, como se se estendesse pelo espaço. Assim, em certas circunstâncias, o desenho parece poder ser atravessado pelo espectador: este, não tendo base firme (referências de escala, perspectivas) onde assentar os pés, pode aproximar-se ou afastar-se daquele, afundar-se na janela que abre para o lado de lá ou ficar deste lado e vê-lo à distância.
[Sara Antónia Matos]

Os trabalhos produzidos por Rui Sanches nos últimos dois anos, Os espaços em volta, sugerem que os espaços, como vórtices em água turbulenta ou portais cósmicos (wormholes), se abrem por toda a parte em nosso redor. Dois destes trabalhos, os de maior dimensão, contêm mesmo portas, apesar de a entrada permanecer no domínio do imaginário, não no do possível — o que, aliás, faz todo o sentido, pois se de facto entrássemos, muito provavelmente desapareceríamos. 
[Richard Deacon]

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