terça-feira, 3 de dezembro de 2019

Sérgio Pombo — Obras 1973-2017


Sérgio Pombo — Obras 1973-2017
Sérgio Pombo

Textos de João Pinharanda, Jorge Silva Melo e José Alexandre de São Marcos

ISBN 978-989-9006-08-9 | EAN 9789899006089

Edição: Novembro de 2019
Preço: 18,87 euros | PVP: 20 euros
Formato: 17 x 22 cm (brochado, com badanas)
Número de páginas: 208 (a cores)

Com a Fundação Carmona e Costa

Edição bilingue: português-inglês



João Pinharanda: «No seu trabalho ecoam a potência masculina da vida (a vitalidade sujeita à morte) e a potência espiritual feminina (transportadora de vida) […]»


Este livro foi publicado por ocasião da exposição «Sérgio Pombo: Obras 1973-2017», com curadoria de João Pinharanda, realizada na Fundação Carmona e Costa, entre 23 de Novembro de 2019 e 11 de Janeiro de 2020.


Sérgio Pombo exprime a sua subjectividade dominante e o seu «sentimento trágico da vida» através de uma figuração exacerbada; cria o seu próprio tempo e universo mas insere-os num tempo cronológico que os ultrapassa e num campo longo, expressionista (ainda não inteiramente revelado e estudado), da criação artística portuguesa. A sua obra está presa à angústia que os românticos e os modernos deixaram como herança à contemporaneidade: a vã procura do fio de Ariadne deitado ao chão por Teseu. 
[João Pinharanda]


A pintura de Sérgio Pombo — pintura, desenho, com figuras ou sem, a pintura que nele tudo é pintura, irredutivelmente pintura — é tão brilhantemente viva que ofusca, é tão desassombrada que nos assalta o equilíbrio, sofre, o dia em que nasci morra e pereça, dizia Job, amaldiçoa-nos — mas promete-nos o humano, o humano presente, o humano simplesmente, a vida de hoje, esta, sufocantemente bela na sua crueza rápida, na sua imensa solidão. 
Porque Sérgio Pombo, com a rapidez das estrelas cadentes no céu de todas as noites, persegue a beleza, promete-nos que ela aí vem, está a chegar, voluptuosa, fulgurante, escandalosamente nova, de ontem à noite sempre, nua ainda. 
[Jorge Silva Melo]


O Sérgio Pombo está para lá da contemplação, da interrogação, coloca-se sempre no lugar da acção. Não há comodismo, há uma intransigência quase autofágica que vive a inadaptação como elemento para evoluir. A sua pintura é ele, o seu corpo e os corpos que encontra, e pedaços de todos os lugares que se atravessam na vida humana, sempre à escala do ser humano vezes o infinito. 
[José Alexandre de São Marcos]

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