Sombras e Outras Cores
Manuel Baptista
Textos de Marina Bairrão Ruivo, João Pinharanda e José Gil
ISBN 978-989-9006-09-6 | EAN 9789899006096
Edição: Novembro de 2019
Preço: 28,30 euros | PVP: 30 euros
Formato: 21 x 27 cm (encadernado)
Número de páginas: 200 (a cores)
Com a Fundação Carmona e Costa
Edição bilingue: português-inglês
«Esta exposição não é nem uma Retrospectiva nem uma Antologia. É uma escolha de momentos-chave da obra de Manuel Baptista através da qual percorremos seis décadas de trabalho intenso, mas joyeux, experimental, mas rigoroso, diversificado, mas coerente.»
[João Pinharanda]
Este livro foi publicado por ocasião da exposição «Sombras e outras cores», de Manuel Baptista, com curadoria de João Pinharanda, realizada na Fundação Arpad Szenes – Vieira da Silva (de 31 de Outubro de 2019 a 26 de Janeiro de 2020) e na Giefarte (de 13 de Outubro a 15 de Novembro de 2019), em parceria com a Fundação Carmona e Costa.
O seu trabalho afirma-se num tempo crucial, o final dos anos 1950, início da década de 1960, no contexto de uma geração especial. O desejo de renovação cultural e artística, a procura da possibilidade de trabalhar ou a recusa em participar na guerra colonial (1961-1974) levou uma geração de jovens artistas a partir, uns por opção e motivação expressiva, outros por motivações políticas e existenciais.
[Marina Bairrão Ruivo]
O seu trabalho apresenta uma constante tensão entre construção e acaso, regra e indisciplina. Baptista parte do entendimento unificado que tem do par constituído pela vocação geométrica das formas e volumes e pela expressão da natureza (através da paisagem que o rodeia ou do registo isolado de certos elementos vegetais). Há, assim, no seu trabalho linhas que poderemos classificar como naturalistas e outras como geométricas, linhas de trabalho orgânicas ou matéricas, mas todas genericamente abstractas.
[João Pinharanda]
A linguagem pictural de Manuel Baptista recorre a dois tipos de unidades «primeiras», com características contrárias — por exemplo, a mancha e a recta —, para, com elas, compor imagens de uma extrema complexidade. Na realidade, não se começa por uma mancha e uma recta, já que elas se
apresentam sempre em multiplicidades. A complexidade surge, pois, desde o «início»: conjuntos de manchas das mais variadas formas e cores, soltas e descontínuas, rectas que formam estruturas geométricas contínuas, estendendo-se por toda a tela. Não se vai do simples ao complexo, mas do complexo ao mais complexo.
[José Gil]
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