Um Álbum Aberto — Quinta do Monte
Lourdes Castro, Manuel Zimbro
Textos de Almeida Faria, Carolina Rocha Machado, Manuel Zimbro e Paulo Pires do Vale
ISBN 978-989-9006-06-5 | EAN 9789899006065
Edição: Outubro de 2019
Preço: 18,87 euros | PVP: 20 euros
Formato: 17 x 21 cm (brochado)
Número de páginas: 176 (a cores)
Com a Fundação Carmona e Costa
Edição bilingue: português-inglês
A memória daqueles dias luminosos permanece envolta num halo capaz de
resistir a todas as tristezas e traições do esquecimento.
[Almeida Faria]
Este livro foi publicado por ocasião da exposição «Lourdes Castro, Manuel Zimbro: Quinta do Monte 1983-1988», realizada na Fundação Carmona e Costa, com curadoria de Paulo Pires do Vale, entre 1 de Outubro e 9 de Novembro de 2019, e complementa a publicação do livro de artista Main Entrance – Quinta do Monte 1983-1988, fac-símile baseado no Álbum da Quinta do Monte, de Lourdes Castro e Manuel Zimbro.
Em 1983, Lourdes Castro e Manuel Zimbro deixaram Paris e regressaram a Portugal, à ilha da Madeira, onde a artista nasceu. No dia 21 de Abril desse ano, mudaram-se para a Quinta do Monte, um palacete do início do século XIX emprestado pela família Rocha Machado, para aí residirem enquanto procuravam o lugar onde iriam construir a sua casa.
Nesta exposição, concentramo-nos nos cinco anos vividos nessa Quinta, onde Lourdes Castro faz ou projecta as suas últimas obras, dando atenção às sombras do jardim e das suas flores, da casa e dos seus objectos. O nosso ponto de partida foi o Álbum da Quinta do Monte, nunca exposto, onde Lourdes Castro manifesta a prática da recolha recorrente em muitos dos seus livros de artista, misturando a sua vida, durante a estada naquela Quinta, com a dos anteriores habitantes, cruzando referências e coleccionando indícios. […]
No dia 23 de Maio de 1988, Lourdes Castro e Manuel Zimbro mudaram-se para a casa que construíram no Caniço. Aí continuaram a sua história, iniciaram um novo Álbum.
[Paulo Pires do Vale]
A leveza dos verões do passado tinge-os de tons de nostalgia. Uma vaga tranquilidade invade-nos ao ver as fotografias do verão em que tomávamos o pequeno almoço com Lourdes Castro e Manuel Zimbro na Quinta do Monte, sentados em volta da mesa posta no meio de um prado rodeado de altas árvores. Sentíamos que aquele momento estava certo, que tudo no mundo estava ligado, que até o bolo em cima da mesa evocava os bolos pintados por velhos mestres em quadros florentinos ou venezianos.
[Almeida Faria]
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