quarta-feira, 22 de fevereiro de 2023

O Plantador de Malata

O Plantador de Malata
Joseph Conrad


Tradução e apresentação de Aníbal Fernandes 

ISBN 978-989-568-060-3 | EAN 9789895680603

Edição: Janeiro de 2023
Preço: 14,15 euros | PVP: 15 euros
Formato: 14,5 × 20,5 cm (brochado, com badanas)
Número de páginas: 152


Em Joseph Conrad, uma imprevisível história de amor louco. Uma realidade de fronteira com mais seduções do que as submetidas à disciplina do raciocinado mundo dos homens. 


 
Pode parecer inesperado um «amor louco» no mundo de histórias masculinas que foram centro na vocação literária de Joseph Conrad. Este escritor, inspirado sobretudo pelo mar, pelos seus homens, pelas suas lutas contra os maus humores do oceano, poucas vezes escolheu mulheres como centro das suas imaginações de ficcionista. Podemos lembrar-nos de Amy Foster, que até ficou no título de uma das suas novelas; da Freya que andava por sete ilhas; ou mesmo dessa desencantada mulher de Alvan Hervey, sem direito a nome, que só viu no «regresso» a solução para o irremediável tédio do seu matrimónio. Estas e algumas outras são evidências de uma personagem feminina destituída de um qualquer papel de vida ou morte num enlouquecido amor e que deslocam para um lugar de excepção o que nos é contado em O Plantador de Malata, onde encontramos a sua personagem central transtornada por um irremediável amor; onde não vemos nesse sentimento a bivalência mortal que é destino no Romeu e na Julieta, no Tristão e na sua Isolda, mas uma Miss Moorsom que se desfaz perante o seu apaixonado em irremediáveis e inatingíveis distâncias.
O próprio Conrad, que se casou em 1896 com a inglesa Jessie George e lhe deu um matrimónio com dois filhos gerados nos descansos breves de lar tradicional permitidos por longos períodos marítimos, teve uma vida de sentimentos amorosos pouco frequentada. Descobrem no entanto os seus biógrafos que oito anos antes deste casamento viveu ele próprio um grande desconforto sentimental; o que está na base — excitado literariamente até ao paroxismo — da história contada em O Plantador de Malata.
[Aníbal Fernandes]

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