segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Jorge Queiroz - Debaixo das pedras da calçada, a praia!

 ISBN 978-989-8618-18-4


Jorge Queiroz - Debaixo das pedras da calçada, a praia!

A Arte do Desenho em Jorge Queiroz / The Art of Drawing in Jorge Queiroz
João Miguel Fernandes Jorge


ISBN: 978-989-8618-18-4 


bilingue (port. | ing.)

Edição: Outubro 2012


Preço: 16,04 euros | PVP: 17 euros

Formato: 24×27 cm (brochado)
Número de páginas: 88 (a 4 cores)


Este livro foi publicado por ocasião da exposição Jorge Queiroz – Debaixo das pedras da calçada, a praia!
realizada na Fundação Carmona e Costa, em Lisboa,
entre 24-10-2012 e 02-02-2013


Jorge Queiroz nasceu, em 1966, em Lisboa. Vive e trabalha em Berlim.


«Debaixo das pedras da calçada, a praia! reúne trabalhos de 2009 a 2012. As suas dimensões vão de 40 × 30 cm a 152 × 220 cm. Para esta exposição, Jorge Queiroz criou um trabalho específico para as suas salas.Trata-se de um extenso desenho – um papel de parede padronizado – que envia para a imagem de uns cães encontrados durante um passeio. Fiquemo-nos com as palavras de Queiroz sobre a origem desse papel: "A partir de uma imagem de cães que andaram comigo toda uma manhã e depois desapareceram. Foi há uns quatro anos, e por sorte tinha uma câmara comigo e tudo aconteceu por ter acordado muito cedo e não haver mais ninguém. Foi perto de uma praia. Nunca mais vi essa foto. Quando a voltei a encontrar, acrescentei-lhe umas linhas, uns papéis redondos e uns riscos; depois a imagem, a mesma imagem vai variando como um cinema." O papel, com as imagens dos "cães" que se repetem ao longo da parede, disponibiliza-se a receber sobre si, como todo o papel de parede, a espaços, desenhos. Desenhos que já foram mostrados em exposições anteriores (Bruxelas e Madrid) ou inéditos.»    [ JMFJ ]                             




quinta-feira, 25 de outubro de 2012

"Bem Dita Crise!" no Porto

                                                                     clicar na imagem para aceder a mais informação

Vemo-nos no próximo sábado, dia 27/10 a partir das 17:30, na Fnac Santa Catarina, no Porto.

«[...] e num mesmo dia morreram, ele por ela, ela por ele.»


«Senhores, gostaríeis de ouvir um belo conto de amor e morte? É de Tristão e de Isolda a rainha. Escutai como em grande alegria e grande dor se amaram, e num mesmo dia morreram, ele por ela, ela por ele.»

O Romance de Tristão e Isolda renovado por Joseph Bédier, Sistema Solar, 2012.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Camilo Castelo Branco



A Freira no Subterrâneo
com o português de
Camilo Castelo Branco

ISBN: 978-989-8566-17-1 | PVP: 17 euros



Camilo Castelo Branco

Maria Moisés


ISBN: 978-989-95883- 1-8 | PVP: 5 euros

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Cézanne, por Gasquet | Gasquet, por Cézanne

                                        Paul Cézanne, Joachim Gasquet, 1896

«Embora Cézanne fosse amigo de infância do seu pai, Joachim só o conheceu em Abril de 1896 (o ano do retrato onde hoje o vemos, exposto na Galeria de Arte Moderna de Praga e com um aspecto difícil de associar aos vinte e três anos de idade que nessa altura ele tinha). Entre os dois houve um convívio intenso, os quatro anos de encontros e cartas que veremos reflectidos em O Que Ele Me Disse…, aos quais outros se sucederam de relativo afastamento até ao desacordo político que em 1904 definitivamente os separou.
[...]
Este Cézanne de Gasquet sai de um procedimento mais elaborado: três longos diálogos são uma combinação de afirmações escritas pelo próprio pintor, de outras colhidas em testemunhos de contemporâneos seus (com origens desvendadas em notas finais, a partir de um trabalho de investigação de P.-M. Doran), e ainda do que Gasquet lhe ouviu ao ar livre de Aix quando o pintor instalava na paisagem provençal o cavalete, e no seu estúdio ou mesmo em Paris, nas vezes que visitaram juntos o Museu do Louvre.»

Aníbal Fernandes, in Apresentação de Joachim Gasquet, O Que Ele Me Disse...

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

David Golder - um «retrato inclemente do meio endinheirado judaico»


«A autora de David Golder teve há uns anos traduzido em Portugal o seu romance Suíte Francesa, épico que se queria tolstoiano, em cinco partes, do qual Irene Nemirowsky só teve tempo para escrever duas, antes de ser enviada para Auschwitz, onde morreu em agosto de 1942, pouco tempo antes do marido, também ele deportado para o campo de extermínio.
[...] David Golder, cuja edição original recua a 1929, tinha Irene apenas 26 anos, catapultou-a de imediato para a fama, tendo inclusivamente sido convertido para cinema, em 1931, pelo realizador Julien Duvivier.
[...]
A crueza com que são descritas as personagens, o realismo sem adereços mitigadores com que são recriados os ambientes e a ausência de mensagens redentoras, para o que muito contribuirá também a opção por um narrador impessoal, expurgado de "estados de alma", à maneira de Flaubert, explicarão em grande parte que David Golder tenha sobrevivido ao tempo e se possa ler hoje com o mesmo entusiasmo e surpresa que tomaram de assalto Bernard Grasset, o seu editor original, ou que levou o escritor e crítico Edmond Jaloux a escrever na época; "Fiquei estupefacto."
O retrato inclemente do meio endinheirado judaico, a "história desprovida de caridade" que se conta, para citar Aníbal Fernandes (tradutor e prefaciador), poderá causar estranheza por vir de alguém que é, ele próprio, judeu. Mas sobre isso, Irene Nemirowsky disse, corajosamente, tudo o que haveria para dizer: "É bem certo que eu teria adoçado muito David Golder se já houvesse Hitler e não lhe teria dado o mesmo sentido. Mas seria um erro, teria mostrado fraqueza indigna de um verdadeiro escritor."»

Ana Cristina Leonardo, «O outono do banqueiro», «Actual» / Expresso [onde pode ser lido na íntegra], 13 de Outubro de 2012.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

«É assustadora, a vida! Quero morrer a pintar... morrer a pintar.»

[ clicar na imagem ]

«"… estou velho, doente, e a mim próprio jurei que vou morrer a pintar, em vez de cair no gatismo aviltante que ameaça os velhos quando se deixam dominar pelas paixões embrutecedoras dos sentidos." Um dia, trabalhava ele na natureza, molhou as costas com chuva. Voltou para casa, deitou-se, e dois dias depois morreu [23 de Outubro de 1906].»


segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Bárbara Ubryk, a carmelita de Cracóvia...


«No espaço de poucos pés quadrados, estava agachada, recurva sobre si mesma, uma criatura talvez humana. Dizemos talvez, porque a face contraída pelo sofrimento revelava uma expressão medonha, em que a loucura se confundia com a raiva. Os cabelos prematuramente embranquecidos, ondeavam-lhe desgrenhados sobre os ombros; alguns farrapos cobriam apenas a nudez da miserável mulher. Caíam-lhe os braços sobre os joelhos retraídos. Servia-lhe de leito alguma palha fétida. O único postigo do cárcere tinha sido ladrilhado. Nem ar, nem luz neste túmulo: era o in pace da morte antes do traspasse.»

A Freira no Subterrâneo, com o português de Camilo Castelo Branco, Sistema Solar, 2012, p. 41.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Inimigo Público


«Num estilo cru, simples e elegante, os cartoons que António Jorge Gonçalves tem desenhado semanalmente desde 2003, no Inimigo Público, versam temas nacionais e internacionais, da política institucional ao comentário de género, e constituem um mosaico do mundo tal como nos é servido pelos media à mesa das nossas consciências.»

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Nuno Artur Silva apresenta «Bem Dita Crise!», novo livro de António Jorge Gonçalves


LANÇAMENTO

com apresentação de
NUNO ARTUR SILVA
11 Outubro de 2012, quinta-feira, às 18:30

FNAC CHIADO - LISBOA


Quando, em 2003, António Jorge Gonçalves foi desafiado pela equipa do INIMIGO PÚBLICO para integrar o projecto que então nascia, ficou perplexo: pouco no seu percurso como desenhador de ficção o tinha preparado para ser mais um treinador de bancada da imprensa portuguesa.
Num estilo cru, simples e elegante, os cartoons que tem desenhado semanalmente durante os últimos 9 anos versam temas nacionais e internacionais, da política institucional ao comentário de género, e constituem um mosaico do mundo tal como nos é servido pelos media à mesa das nossas consciências.
Alguns destes cartoons foram publicados na revista COURRIER INTERNACIONAL, jornal LE MONDE, e em colectâneas nacionais e internacionais, tendo integrado exposições e festivais em todo o mundo. Foram também premiados diversas vezes no WORLD PRESS CARTOON. Neste livro, que tem como pano de fundo a crise que atravessamos, os desenhos são complementados por notas do autor sobre a natureza do desenho de imprensa, a proveniência das ideias, ou os excessos da realidade.

António Jorge Gonçalves nasceu e vive em Lisboa. O seu trabalho estende-se pela banda desenhada, o cartoon editorial, o teatro e as suas performances de desenho digital ao vivo. Na banda desenhada destacam-se a premiada série FILIPE SEEMS (com Nuno Artur Silva) – cujo album ANA é apontado como um ponto de viragem na bd nacional – e as inovadoras novelas gráficas A ARTE SUPREMA e REI (com Rui Zink).Teve histórias expostas e publicadas em Portugal, Austrália, Coreia do Sul, Espanha, França e Itália.
Criou cenografia para várias peças de teatro, entre as quais O QUE DIZ MOLERO e ARTE (encenações de António Feio), O DONO DO NADA (de Amélia Muge), COMO FAZER COISAS COM PALAVRAS (com Ricardo Araújo Pereira) ou a ópera ANTÍGONO (encenação de Carlos Pimenta). Nos últimos anos, encontrou no Desenho Digital uma maneira de dar aos seus traços um carácter performativo. Integrou vários espectáculos em Portugal, França, Alemanha, Japão e EUA com músicos, actores e bailarinos, entre os quais, Bulllet, Kalaf, Amélia Bentes, Amélia Muge, Micro Audio Waves, Gino Robair, Gustavo Matamoros, Ellen Fullman, Mário Laginha ou Bernardo Sassetti.



[ clicar na imagem para ver booktrailer ]

Bem Dita Crise!
António Jorge Gonçalves


ISBN: 978-989-8618-01-6
Edição: Setembro 2012

Preço: 16,98 euros | PVP: 18 euros
Formato: 21×17 cm (encadernado) Número de páginas: 128 (4 cores)

 
«o pior dos nossos defeitos é a incapacidade de 
rirmos de nós próprios»

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

«Exemplo concreto deste condicionamento democrático naturalizado está em que a sequência de uma escolha democrática possa ser os mercados financeiros, na manhã seguinte ao escrutínio eleitoral, castigarem o voto que não os beneficiou...»

«[...]
A passagem do século XX ao século XXI foi a passagem de uma premissa de crescimento económico garantido a uma premissa de subsistência económica incerta.
Simplesmente, esta não tem sido uma passagem inteiramente transparente. É assumida de forma demasiado abrupta e, no essencial, para introduzir no regime da subtracção mais uma: a do tempo presente. O que fora o desígnio de outrora de uma sustentabilidade futura deu subitamente lugar a uma consciência extremada da insustentabilidade passada. Neste jogo de responsabilidades adiadas no passado e agora assacadas ao passado, com a ameaça futura a tornar-se passada sem que tivesse passado pelo nosso presente, perpetra-se um enorme salto sobre o tempo da contingência e das escolhas que seria esse presente elidido, num exercício bem sucedido de transferência de responsabilidades.
A Gestalt passou a ser outra e os sinais das coisas passaram a ser lidos por um novo princípio: o da subtracção. Forma-se assim o novo Zeitgeist.
Mas um sistema de escolhas que não arranque do presente é um sistema de escolhas distorcido. A escassez apresentada como facto consumado sobrecarrega as consciências cidadãs com exigências de culpas apuradas e penalizações à medida. Quem decide politicamente faz escolhas olhando sobretudo à responsabilidade passada, dispensando-se com isso de assumir a abertura do presente e de nele assumir plenamente a responsabilidade das escolhas feitas.
A distorção não podia ser mais clara: fazem-se ainda escolhas, mas como se não o fossem, como se fossem inevitabilidades determinadas por estilos de vida passados, esses sim escolhas, na verdade más escolhas, a penalizar. E, previsivelmente, elegem-se bodes expiatórios: governantes passados são diabolizados; mas também a comunidade toda, posta no patíbulo da reprovação por ter «vivido acima das possibilidades». No fundo da questão, o que se instala no regime societário da subtracção é a adversidade à própria vontade de escolher.
O exercício da escolha, que os ciclos democráticos pressuporiam, é posto sob a suspeita da leviandade, sobretudo se forem dadas a escolher novas escolhas. Pelo contrário, o que deve ser esperado da democracia é que deva desdemocratizar-se enquanto irrupção da novidade, e procedimentalizar-se enquanto consagração de uma eficiência decisória. Os democratas, que muito escolhem e pouco decidem, são destronados na tecnodemocracia pelos tecnocratas, que muito decidem e pouco escolhem. Naturalmente, a eurocracia é só uma instância da tecnodemocracia.
A democracia vê deslocar-se, então, o eixo da sua preocupação dos fins e dos princípios para os meios, como se os fins e os princípios tivessem sido definitivamente escolhidos e nada os pudesse disputar a não ser a título de irracionalidade, ruído ou leviandade. A escolha e a vontade democrática vão deslizando para uma técnica da decisão com o intuito de assim conseguir conter os perigos do ímpeto democratista, da vontade popular, da consequência das suas escolhas. Contudo, mais do que dar forma à inorganicidade da vontade, está em causa, neste movimento das democracias, neutralizá-la, anestesiá-la e fazer-lhe um diagnóstico de loucura. Os democratas e a sua mania do retorno da soberania ao povo constituem-se como o foco da desordem do sistema. A sua loucura, portanto. Decide-se contra o escolher.
Se os democratas são os loucos da tecnodemocracia contemporânea, se, por isso, a escolha democrática fica sob suspeita, não surpreende que se naturalizem formas de condicionamento da democracia, que não lhe dão forma nem feição, mas lhe movem oposição. Exemplo concreto deste condicionamento democrático naturalizado está em que a sequência de uma escolha democrática possa ser os mercados financeiros, na manhã seguinte ao escrutínio eleitoral, castigarem o voto que não os beneficiou, precipitando uma queda dos índices bolsistas, e pressionando o eleitorado a avaliar menos o sentido do voto do que o acto da sua votação.
[...]»

André Barata, in «Prefácio - Como queremos continuar a História?», Primeiras Vontades - Da liberdade política para tempos árduos, Documenta, 2012.

O lançamento deste novo livro de André Barata é já no próximo domingo à tarde.
A apresentação estará a cargo do historiador e eurodeputado Rui Tavares.

Aqui fica, de novo, o convite. Até domingo!



terça-feira, 2 de outubro de 2012

Rui Tavares apresenta novo livro de André Barata

[clicar na imagem para a aumentar]


André Barata

PRIMEIRAS VONTADES
da liberdade política para tempos árduos


7 de Outubro (domingo), às 16h30

apresentação por
Rui Tavares

Livraria Assírio & Alvim | Chiado
Pátio Siza — Entrada pela Rua Garrett, 10 ou pela Rua do Carmo, 29, Lisboa

«Sistema da Arte Contemporânea»


Sistema da Arte Contemporânea
Alexandre Melo


ISBN: 978-989-8618-05-4
Edição: Setembro 2012
Preço: 13,21 euros | PVP: 14 euros
Formato: 14,5x20,5 cm (brochado, com badanas)
Número de páginas: 160



Se um objecto é consensualmente comentado, transaccionado e exposto como se fosse uma obra de arte, então ele é, na sociedade e na situação dadas, uma obra de arte.
.

«Numa apresentação genérica e simplificada podemos distinguir três dimensões de funcionamento do sistema da arte contemporânea: uma dimensão económica, uma dimensão cultural e uma dimensão política. É a manifestação interligada destas diferentes dimensões que precisamente constitui o sistema. 
[…]
A natureza global deste sistema deve ainda ser situada no contexto mais amplo da dinâmica de um processo de globalização que constitui uma das dinâmicas fundamentais da evolução das sociedades e do mundo contemporâneo.
[…]
O que é que vai determinar aquilo que é ou não é arte numa determinada sociedade?
O que vai determinar se um objecto é ou não é arte e qual é o seu lugar no conjunto dos objectos artísticos é um consenso informal que surge no decurso de um processo em que a aceitação e divulgação de tal ou tal objecto como obra de arte e a correspondente valorização comparativa se vão alargando desde um pequeno círculo localizado ou especializado até abranger virtualmente o conjunto de uma sociedade ou mesmo, actualmente, de todas as sociedades, isto é, o mundo.
Se um objecto é consensualmente comentado, transaccionado e exposto como se fosse uma obra de arte, então ele é, na sociedade e na situação dadas, uma obra de arte. Independentemente da sua conformidade em relação a uma qualquer definição do que seja obra de arte ou mesmo da própria existência de qualquer enunciado explícito dessa definição.»  A.M.




Alexandre Melo nasceu em Lisboa, onde vive e trabalha. Licenciado em Economia e Doutorado em Sociologia, é Professor no ISCTE, onde lecciona Sociologia da Arte e da Cultura Contemporânea. Desde o início da década de 1980 que escreve para jornais e revistas internacionais de arte contemporânea. Organiza exposições, participa em colóquios e conferências e escreve para catálogos e antologias, em Portugal e no estrangeiro. Tem vários livros publicados, entre os quais Velocidades Contemporâneas, Julião Sarmento, Artes Plásticas em Portugal, Arte e Mercado em Portugal.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

«Primeiras Vontades – Da liberdade política para tempos árduos»

 
Primeiras Vontades – Da liberdade política para tempos árduos

André Barata


ISBN: 978-989-8618-06-1
Colecção Ethos e Polis 1

 
Preço: 15,09 euros | PVP: 16 euros

Formato: 16×22 cm (brochado, com badanas)
Número de páginas: 208
[ Em colaboração com o Instituto de Filosofia Prática ]

Os ensaios deste livro procuram defender um caminho diferente, de escolhas humanas que dêem um futuro à História, através do pensamento sobre a liberdade política de Jean-Jacques Rousseau, Isaiah Berlin, Hannah Arendt, Jacques Rancière, Jean-Paul Sartre e Slavoj Žižek.


«Vivemos tempos árduos. Desde que a crise se instalou no opulento Ocidente, um esquema societário da subtracção hegemoniza-se sob o fundamento duplo de que, na ordem dos factos, o mundo não basta para todos e de que, na ordem dos valores, não devemos dar por garantido nenhum direito adquirido quanto à existência digna no mundo. O próprio exercício da escolha, que os ciclos democráticos pressuporiam, é posto sob a suspeita da leviandade. A democracia ganha aversão aos democratas. No fundo da questão, o que se instala no regime societário da subtracção é a adversidade à própria vontade de escolher. Os ensaios deste livro procuram defender um caminho diferente, de escolhas humanas que dêem um futuro à História, através do pensamento sobre a liberdade política de Jean-Jacques Rousseau, Isaiah Berlin, Hannah Arendt, Jacques Rancière, Jean-Paul Sartre e Slavoj Žižek. E também escolhas por uma continuação da ideia de tolerância, pelo prosseguimento de uma narrativa moderna, por apressada que tenha sido, para Portugal, e pela defesa de um conceito de espaço público, todas elas escolhas que são continuidades de uma modernidade a retomar. Em tempos em que se atropelam declarações de últimas vontades, há que escolher como se os tempos fossem imaginativos e nos movessem vontades de tempos novos. Estas são as primeiras vontades para uma vida humana digna.»  A.B.




André Barata (n.1972) fez toda a sua formação em Lisboa, onde se doutorou em Filosofia Contemporânea. É professor universitário (na Universidade da Beira Interior) e investigador do Instituto de Filosofia Prática. Os seus interesses académicos circulam pela teoria política, o pensamento existencial e a psicologia. Tem publicado livros de ensaio, como Metáforas da Consciência (Campo das Letras, 2000), sobre o pensamento de Jean-Paul Sartre, ou Mente e Consciência (Phainomenon, 2009), conjunto de ensaios sobre filosofia da mente e fenomenologia. Publicou Círculos – Experiências Descritivas (Caminho, 2007), um livro de fragmentos filosóficos, em parceria com Rita Taborda Duarte. Editou Representações da Portugalidade (Caminho, 2011), obra colectiva que inquire criticamente os discursos identitários sobre o país.

Hoje à tarde no Goethe-Institut


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