O Trabalho do Actor na Obra de John Cassavetes
Filipa Rosário
Prefácio de Clara Rowland
ISBN: 978-989-8834-89-8
Edição: Novembro 2017
Preço: 12,26 euros | PVP: 13 euros
Formato: 16 x 22 cm (brochado, com badanas)
Número de páginas: 128
O cinema de Cassavetes é um cinema da palavra, sem deixar, ao mesmo tempo, de ser um cinema do corpo.
[…] é a partir da tensão agonística entre a fixidez do argumento e a individualidade exacerbada da interpretação dos seus actores que os filmes de Cassavetes adquirem a tensão viva que lhes está na base. Como se diz neste livro: «essa passagem — o texto ao atravessar o actor — leva a que se crie uma tensão entre os dois, à qual a palavra resiste, e é nesse momento que a personagem nasce».
[Clara Rowland]
John Cassavetes realizou dez filmes nos Estados Unidos entre 1959 e 1984 e foi actor em muitos outros. […] É-lhe reservado, desde Shadows, o seu primeiro trabalho como realizador, um estatuto particular na História do Cinema, por ter trabalhado sempre à margem do sistema — é esse o traço pelo qual é mais evocado e relembrado, quer pela crítica, quer por realizadores, actores e cinéfilos. Por ter financiado sozinho, ou com a ajuda de amigos, praticamente toda a sua obra demonstrou que é possível fazer cinema com total liberdade criativa e que, mesmo apesar dos constrangimentos económicos que uma produção caseira inevitavelmente implica, a qualidade do resultado final não tem de sofrer necessariamente com isso. Por estes motivos, Cassavetes é considerado o pai do cinema independente.
[Filipa Rosário]
Filipa Rosário coordena o projecto de investigação O Cinema e o Mundo — Estudos sobre Espaço e Cinema, no Centro de Estudos Comparatistas da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde trabalha sobre paisagens do cinema português no âmbito de um projecto de pós-doutoramento. É co-coordenadora do Grupo do Trabalho Paisagem e Cinema da AIM — Associação dos Investigadores da Imagem em Movimento. É doutorada em Estudos Artísticos — Estudos do Cinema e do Audiovisual, pela mesma universidade, com a tese In a Lonely Place. Para uma Leitura do Espaço do Road Movie a partir da Representação da Cidade Norte-americana.
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