segunda-feira, 3 de junho de 2019

Os Olhos Escutam | The Eyes Listen



Os Olhos Escutam | The Eyes Listen
Corita Kent, Detanico & Lain, Dora Garcia, Fernanda Fragateiro, Tomás Cunha Ferreira

Textos de Isabel Capeloa Gil, Paulo Campos Pinto, Paulo Pires do Vale, Jorge Vaz de Carvalho
Antologia de textos sobre arte e palavra organizada por Maria Isabel Roque

ISBN 978-989-8902-84-9 | EAN 9789898902849
Edição: Abril de 2019
Preço: 18,87 euros | PVP: 20 euros
Formato: 21 x 28 cm (brochado)
Número de páginas: 112 
(a cores, com um encarte desdobrável)

Colecção Cultura@Católica 1 — Com a Universidade Católica Portuguesa
Edição bilingue: português-inglês




Jorge Vaz de Carvalho: «Fomos expulsos da nossa inocência: as imagens e as palavras que usamos, afinal, não dão um acesso directo ao mundo, não mostram de forma exacta, franca, sincera, confiável, não são inócuas, óbvias, limpas, puras.»


A exposição «Os Olhos Escutam», comissariada por Paulo Pires do Vale, docente das Faculdades de Teologia e de Ciências Humanas, foi a primeira exposição do novo espaço de exposições temporárias da Universidade Católica Portuguesa, no campus de Lisboa da UCP e decorreu entre 1 de Fevereiro e 30 de Abril de 2019.


Somos feitos de palavras. Com elas damos sentido aos dias, nomeamos e significamos o mundo, narramos o nosso passado, projetamos e antecipamos futuros, tentamos controlar o tempo, abrimos fendas na realidade. Nascer é ser lançado num emaranhado de palavras, numa teia de muitas histórias: as que os pais contam ao adormecer, os mitos fundadores da cultura a que pertencemos, os livros que lemos, os filmes que nos marcaram, as canções que nos acompanham… E essas palavras que nos antecedem, sustentam e constroem são ambíguas, pobres, frágeis. À nossa imagem — ou nós à imagem delas. Capazes de dar a vida ou a morte. De religar ou cindir. De serem ruído ou silêncio — e felizes aqueles que podem dizer, como António Ramos Rosa, «escuto na palavra a festa do silêncio». […]
Se no princípio era o Logos, e essa Palavra se fez carne, então também a carne tem de se fazer palavra. Dizer-se, escrever-se. Mas que relação estabelecemos ainda com a língua numa época de iconocracia? Qual o papel do discurso hoje, quando imperam as imagens? Onde ressoará ainda a palavra?
[Paulo Pires do Vale]

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