Desterrado
António Olaio
ISBN 978-989-9006-24-9 | EAN 9789899006249
Edição: Fevereiro de 2020
Preço: 12,26 euros | PVP: 13 euros
Formato: 14,5 x 20,5 cm (brochado)
Número de páginas: 64 (a cores)
Com a Galeria Ala da Frente, Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão
Edição bilingue: português-inglês
Temos a presença da pintura, do vídeo e do desenho, num possível equilíbrio que nos levará a questionar o espaço e a nossa presença nele, assim como a nossa relação com o entendimento da arte. Quem observa quem? Quem fica desterrado?
[António Gonçalves]
Este livro foi publicado por ocasião da exposição Desterrado, de António Olaio, com curadoria de António Gonçalves, na Galeria Ala da Frente, Vila Nova de Famalicão, de 8 de Fevereiro a 22 de Maio de 2020.
Uma performance apresentada a 20 de Setembro de 2017 no Museu Soares dos Reis no Porto, levou Olaio a estabelecer uma relação com a escultura O Desterrado de Soares dos Reis, onde aparecia de fraque numa oposição à nudez da escultura e num questionar dos territórios e das relações que se estabelecem neste meio com as obras. Na Bienal Anozero’19, em Coimbra (2 Novembro a 29 Dezembro de 2019) veio dar seguimento ao percurso iniciado com a performance no Museu Soares dos Reis com a apresentação de uma instalação intitulada Desterrado: Floating Over my Own Ground onde, num mesmo espaço, uma pintura e um vídeo deixavam-nos numa ambivalência da imagem em movimento com a imagem da pintura que pela sua verticalidade e posição elevada nos adensava a inquietação da nossa presença naquele espaço. Os sentidos procuravam ajustar-se, estávamos a flutuar.
António Olaio tem formação em Pintura, mas o seu trabalho vem-se pautando por uma abrangente exploração de linguagens e territórios criativos. Performance, a música (em 1986 forma e integra os Repórter Estrábico), o vídeo, o desenho, a pintura permitem-lhe uma abrangência de meios onde vai aprofundando reflexões sobre a representação e o seu sentido no objecto de arte. Expor num mesmo espaço diferentes suportes e linguagens é levar o observador a ajustar-se, a encontrar soluções de potencial equilíbrio, em resposta à instigação de desassossego que António Olaio lança. Uma provocação que oscila de linhas ténues e linhas de força bem expressa que nos transferem uma unicidade ao trabalho desenvolvido por Olaio.
Nesta exposição temos a presença da pintura, do vídeo e do desenho, num possível equilíbrio que nos levará a questionar o espaço e a nossa presença nele, assim como a nossa relação com o entendimento da arte. Quem observa quem? Quem fica desterrado?
[António Gonçalves]
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