sexta-feira, 23 de abril de 2021
quarta-feira, 21 de abril de 2021
A Armadilha
A Armadilha
Emmanuel Bove
Tradução e apresentação Aníbal Fernandes
ISBN 978-989-9006-84-3 | EAN 9789899006843
Edição: Abril de 2021
Preço: 14,15 euros | PVP: 15 euros
Formato: 14,5 × 20,5 cm (brochado, com badanas)
Número de páginas: 224
Louis Parrot: «Um livro ofegante…
Uma força dramática intensa…
Não nos cansamos a todo o momento
De ficar maravilhados.»
Mas a França? A conquistada pelos Alemães do nazismo, a que vai interessar-nos neste surpreendente romance de
Emmanuel Bove? Lembremos que as tropas de Hitler começaram a invadi-la a 10 de Maio de 1940. Perante a força alemã
os exércitos francês, britânico e belga depuseram armas; e o governo francês cedeu, pedindo um Armistício assinado quarenta
e quatro dias depois da invasão.
Esta França vencida sujeitou-se a uma complexa divisão do seu território com diferentes tipos de submissão ao poder
nazi. As suas zonas do norte e do oeste foram ocupadas sem nenhuma camuflagem pelo Terceiro Reich; uma pequena zona
do sudeste foi ocupada pela Itália de Mussolini; a zona central e a zona do sul tiveram a benévola designação de «zona livre»,
servida por um duvidoso poder francês dirigido em Vichy pelo marechal
Pétain, simpatizante da causa nazi.
Neste romance de Bove a personagem principal, secretamente gaullista,
deslocar-se-á entre Lião e Vichy, cidades da «zona livre», e voltará à capital
ocupada pelos alemães; tudo para realizar o seu sonho: juntar-se ao general De Gaulle que organizava na Inglaterra um movimento armado resistente e fazia discursos que a rádio difundia, incitando os Franceses à
revolta. E o seu «processo», sombreado pelo absurdo labirinto dos inquéritos, lembrar-nos-á inevitavelmente Josef K., a personagem de Kafka.
[…]
A guerra mobilizou-o em 1940 como trabalhador militar integrado
numa fundição de Cher. Foi desmobilizado em Julho — por si próprio,
com um certificado em que a sua própria assinatura o desmobiliza,
como será explicado pela personagem (até certo ponto autobiográfica)
de A Armadilha. O sonho de Londres tinha-o levado até Argel mas o
paludismo devolveu-o à França de Outubro de 1944, a França libertada,
a de uma recuperada situação política que já permitia a publicação de
A Armadilha, o seu melhor romance, posto à venda em Abril de 1945, na
véspera do seu aniversário, dois meses antes da sua morte.
[Aníbal Fernandes]
Almada Negreiros e o Mosteiro da Batalha — Quinze pinturas primitivas num retábulo imaginado
Almada Negreiros e o Mosteiro da Batalha
—
Quinze pinturas primitivas num retábulo
imaginado
Simão Palmeirim, Pedro Freitas
Apresentação de Joaquim Ruivo; Prefácio de Henrique Leitão;
Posfácio de António Valdemar
ISBN 978-989-9006-57-7 | EAN 9789899006577
Edição: Abril de 2021
Preço: 23,58 euros | PVP: 25 euros
Formato: 17 × 22 cm (encadernado)
Número de páginas: 344 (a cores)
Com o Mosteiro da Batalha
António Valdemar: «São agora revelados, na Batalha, novos inéditos encontrados
no espólio. Os comissários Simão Palmeirim e Pedro Freitas, no estudo incluído
neste livro,
também desenvolveram a interpretação das soluções geométricas, para certificar o trabalho consistente e original de Almada.»
A presente publicação apresenta uma das mais arrojadas linhas de investigação sobre arte levada a cabo em Portugal: a proposta de reconstituição retabular que Almada Negreiros elaborou a partir de um conjunto de pinturas do Museu Nacional
de Arte Antiga (MNAA), baseada em fundamentos de geometria plana desenvolvidos pelo próprio. Este livro acompanha
uma exposição dedicada a este complexo tema, que Almada desenvolveu ao longo de décadas, dando ênfase à produção
artística que resulta da sua investigação. A exposição, patente na
Capela do Fundador do Mosteiro da Batalha, entre dezembro
de 2020 e dezembro de 2021, reconstitui em tamanho natural o
retábulo que Almada imaginou, e mostra uma série de obras inéditas do autor sobre o tema.
A nossa intenção é valorizar, esclarecer e divulgar a produção
artística do autor modernista acerca do tema. Não pretendemos
reacender polémicas em torno do problemático entendimento
das pinturas em causa: entre elas contam-se os famosos Painéis
de São Vicente, do MNAA. É relevante notar desde já que, sobre
estas pinturas, o próprio modernista afirma: «a nossa obra-prima
não deve ter sido posta no seu destino de origem.»
[Simão Palmeirim e Pedro Freitas]
Discurso Silencioso
Jorge Pinheiro
ISBN 978-989-9006-77-5 | EAN 9789899006775
Edição: Abril de 2021
Preço: 12,26 euros | PVP: 13 euros
Formato: 14,5 × 20,5 cm (brochado)
Número de páginas: 82 (a cores)
Com a Ala da Frente — Câmara Municipal de V.N. de Famalicão
De facto, nós não sabemos por que razões chegamos a determinadas
coisas.
Há tanto em jogo naquilo a que pomposamente se chama o acto
de criação.
[Entrevista de Pedro Cabrita Reis a Jorge Pinheiro, D’après Fibonacci e as coisas lá fora, Museu de Arte
Contemporânea de Serralves, Fundação Carmona e Costa, Sistema Solar (Documenta), 2017, p. 130]
Este livro foi publicado por ocasião da exposição Discurso Silencioso, de Jorge Pinheiro, com curadoria de António
Gonçalves, realizada na Galeria Ala da Frente, em Vila Nova de Famalicão, de 10 de Abril a 31 de Julho de 2021.
O criador — já a palavra é extremamente pomposa — é, de facto, apenas um demiurgo, sem dúvida. Nós não somos
criadores. O Homem não tem capacidade, em termos absolutos, de criar. Tem apenas a capacidade de juntar coisas com coisas, para obter um resultado quantas vezes imprevisto. E isso, estou de
acordo, é o trabalho do demiurgo.
[Entrevista de Pedro Cabrita Reis a Jorge Pinheiro, D’après Fibonacci
e as coisas lá fora, Museu de Arte Contemporânea de Serralves, Fundação Carmona e Costa, Sistema Solar (Documenta), 2017, p. 131]
Olho para a pintura dos outros apenas na medida em que ela serve
para fazer a minha. Não me preocupo com o que está ou deixa de estar
na moda. O que me preocupa é o mundo onde eu sou e onde consciencializo a existência do Outro, como ele consciencializa a minha.
[Entrevista de João Pinharanda e Nuno Faria a Jorge Pinheiro,
Jorge Pinheiro 1961-2001, Fundação Calouste Gulbenkian, p. 32]
Representação do movimento, só no discurso do quotidiano, que
aparece muito frequentemente no desenho livremente realizado. Mas
na pintura é muito raro. Quando se representa o movimento, automaticamente é-se arrastado para a acção e, consequentemente, para uma
história. E eu não quero contar histórias.
[Entrevista de João Pinharanda e Nuno Faria a Jorge Pinheiro,
Jorge Pinheiro 1961-2001, Fundação Calouste Gulbenkian, p. 35]
Pathosformel
Pathosformel
Vasco Araújo
Textos de Daniel Ribas, Maria João Madeira, Nuno Crespo e Pedro Faro
ISBN 978-989-9006-44-7 | EAN 9789899006447
Edição: Fevereiro de 2021
Preço: 20,76 euros | PVP: 22 euros
Formato: 16,5 × 24 cm (encadernado)
Número de páginas: 148 (a cores)
Com a Universidade Católica, Escola das Artes, CITAR
Edição bilingue: português-inglês
Nuno Crespo: «O trabalho de Vasco Araújo é um desafio. E é-o na forma
como permanentemente interpela as nossas concepções acerca do que é um
sentimento, uma emoção e como as suas obras interrogam os mecanismos
com que construímos a nossa persona.»
Textos: Livro — Daniel Ribas, Maria João Madeira, Nuno Crespo, Pedro Faro, e Vasco Araújo;
Caderno — Vasco Araújo a partir de Cesare Pavese, Douglas Sirk, Grada Kilomba,
José Pedro Serra, Luís Miguel
Nava; e textos originais de Diogo Bento,
José Maria Vieira Mendes, Rafael Esteves Martins.
Pathosformel é o título de um projecto complexo que Vasco Araújo desenvolveu na Escola das Artes da Universidade
Católica Portuguesa. Dele fazem parte um filme, uma instalação e este caderno de pesquisa [reproduzido no livro] criado
pelo artista durante a preparação das obras e seu desenvolvimento.
Podemos pensar nesta publicação como uma espécie de guião ou, se
se preferir, um caderno de campo. Nele o artista ensaia não questões técnicas relativas a posição de câmara, indicações sobre representação ou
luz, mas materializa uma disposição poética que, subterraneamente, alimentou as obras que desenvolveu. Disposição essa que se prolonga e se
expressa em todas as peças da ficção sentimental proposta por este artista,
mas que igualmente cria um possível enquadramento para a compreensão
de uma parte significativa do trabalho que tem vindo a desenvolver ao
longo da sua carreira.
Um agradecimento especial ao Vasco Araújo. Ao longo dos quase dois
anos em que conviveu na EA contagiou-nos com a sua intensidade e com
um rigoroso e muito inspirador método de trabalho. Entre pandemia,
confinamento e recolher obrigatório, concretizou uma obra complexa que
nos interpela de modos inesperados. A intensidade da experiência que nos
propõe é fruto da inquietação que este artista transporta para as suas obras
e que toma o espectador por inteiro. Não podemos senão estar gratos a
este artista pelo modo como, ao longe, questiona a textura emocional humana e nos lança a todos numa viagem emocional interna.
[Nuno Crespo]
É Só Uma Ferida
Pedro Barateiro
ISBN 978-989-9006-68-3 | EAN 9789899006683
Edição: Abril de 2021
Preço: 16,98 euros | PVP: 18 euros
Formato: 21 × 29,7 cm (brochado)
Número de páginas: 112 (a cores)
Com a Fundação Carmona e Costa e Mousse Publishing
Edição bilingue: português-inglês
Os desenhos são como uma ferida aberta, uma autópsia.
Este livro foi publicado por ocasião da exposição É só uma ferida — Just a wound, de Pedro Barateiro, com curadoria
de João Mourão e Luís Silva, realizada na Fundação Carmona e Costa, entre 17 de Abril e 17 de Junho de 2021.
Querido vizinho / amante / turista,
Fiz estes desenhos em silêncio enquanto a cidade estava mais ruidosa do que nunca. Tenho olhado para o meu telefone
em silêncio enquanto todos gritam lá dentro. Bem, às vezes os desenhos eram feitos com algumas pessoas na sala, às vezes
falava enquanto os fazia. O telefone limitou-se a testemunhar tudo, espreitando, ouvindo e respirando, gravando todas as
acções. Não penso muito enquanto faço estes desenhos. Não penso muito enquanto tiro estas fotografias. […] Os desenhos
são como uma ferida aberta, uma autópsia. Eles reflectem, tal como o espelho do telefone.
Os desenhos neste livro foram feitos no meu estúdio na Rua da Madalena 117-A, na Baixa de Lisboa. Mudei-me em
Novembro de 2014. Fica numa das partes mais antigas da cidade. No estúdio existem ruínas, artefactos, provavelmente cadáveres também. O terramoto de 1755 remodelou esta zona, da mesma forma que o capital de risco
sob o feitiço do turismo o fez nos últimos anos. […]
Entre ruínas, ratos e humanos, abri um espaço para projectos chamado Spirit Shop, em duas salas do estúdio. Nós lidamos com espírito.
Não é fácil convidar outros, outros espíritos, para o nosso espaço pessoal.
Mas sempre gostei de conversar, trocar ideias. Tenho muita sorte em ter
este espaço numa parte da cidade que se transformou de maneiras tão
diferentes. As coisas estão a mudar. Eu estou a mudar o tempo todo. Por
isso tive de fazer algo acontecer ali, além de projectar a minha própria
subjectividade.
Estás convidado a passar quando quiseres. Talvez esteja lá. Entra e
pinta os meus olhos de verde Veronese, a cor que usei nestes desenhos. Se
eu não estiver, deixa uma mensagem por baixo da porta a dizer que leste
isto. Não sou um empresário, sou um amador, um mágico, um palhaço,
um monstro, um empreendedor das minhas próprias acções, tal como
tu. Estarei à espera atrás da cortina.
Atenciosamente,
— Pedro
Anda, Diana — Diário ficcional
Diana Niepce
Design de Horácio Frutuoso
ISBN 978-989-9006-76-8 | EAN 9789899006768
Edição: Abril de 2021
Preço: 15,09 euros | PVP: 16 euros
Formato: 17 × 24 cm (brochado)
Número de páginas: 216
Com o Teatro Praga (colecção «Série»)
Na casa da janela partida, tiro a terra das meias e das botas.
Alguém entra no andar de cima.
Faço silêncio.
À mesa recordo a conversa com todos os que morreram.
Acordo.
Cambalhota, queda para trás, gancho de pés na corda. Os pés falham as cordase as pontas dos dedos das mãos amparam
a queda. A cabeça recolhe, a cervical bate no colchão, ouço o barulho de ossos a partir. O corpo desliga. O corpo levita.
As pernas flutuam, os braços mexem e eu não sinto nada.
Estou a arder. Doem-me os ombros. Sinto as clavículas coladas ao pescoço e as articulações em curto-circuito.
Queimam-me.
Diana Niepce (1985) é bailarina, coreógrafa e escritora. Formou-se na Escola Superior de Dança (Lisboa), fez Erasmus
na Teatterikorkeakoulun (Helsínquia), uma pós-graduação em Arte e Comunicação na Universidade Nova de Lisboa, completou a formação CGPAE do Forum Dança e é também professora habilitada de hatha yoga.
É criadora da peça de circo contemporâneo Forgotten Fog (2015) e das peças de dança Raw a Nude (2019), 12 979 Dias
(2019), Dueto (2020) e Duetos (2020). Enquanto bailarina e performer colaborou com o Bal Moderne| Rosas, Felix Ruckert,
Willi Dorner, Antonio Tagliarini, Daria Deflorian, La Fura
dels Baus, May Joseph, Sofia Varino, Miira Sippola, Jérôme Bel, Ana Borralho e João Galante, Ana Rita Barata e
Pedro Sena Nunes, Mariana Tengner Barros, Rui Catalão, Rafael Alvarez, Adam Benjamin, Diana de Sousa e
Justyna Wielgus. Fez direcção artística e foi docente na
Formação de Introdução às Artes Performativas para Artistas com Deficiência na Biblioteca de Marvila — CML
(2020).
Publicou um artigo no livro AnneTeresa de Keersmaeker
em Lisboa (ed. EGEAC / INCM), o conto infantil Bayadère
(ed. CNB), o poema «2014» na revista Flanzine e o artigo
«Experimentar o corpo» no jornal de artes performativas
Coreia. Foi jurada do prémio Acesso Cultura 2018 e do
Festival InShadow 2018.
quinta-feira, 15 de abril de 2021
sexta-feira, 9 de abril de 2021
quinta-feira, 8 de abril de 2021
Grande Prémio Fundação EDP Arte 2021
Luisa Cunha acaba de ser
distinguida com o
Grande Prémio Fundação EDP Arte 2021
Parabéns, Luisa Cunha!
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