quarta-feira, 23 de março de 2022

A Vida na Terra

A Vida na Terra 
Pedro Valdez Cardoso 

Textos de Sérgio Fazenda Rodrigues, Ana Anacleto, Sandra Vieira Jürgens, Nuno Faria e João Pinharanda 
Tradução de José Gabriel Flores 

ISBN 978-989-8833-84-6 | EAN 9789898833846 

Edição: Março de 2022 
Preço: 28,30 euros | PVP: 30 euros 
Formato: 20,5 × 30 cm (brochado, com badanas) 
Número de páginas: 280 (a cores) 

Com o apoio da Fundação Carmona e Costa e dgARTES 

Edição bilingue: português-inglês


Sérgio Fazenda Rodrigues: «[…] o trabalho de Pedro Valdez Cardoso inquire os protocolos do poder, num recorte que vai do indivíduo à sociedade, e do passado à contemporaneidade.» 



O que realmente interessa a PVC é aquilo que está nas entrelinhas, o que não se lê ou diz mas é demasiado perceptível. Interessam-lhe os mecanismos de controlo, as relações de poder, a subjugação permanente, ainda que subversiva, do outro. 
O efeito de paralaxe em que frequentemente vivem as suas peças é a pedra-de-toque de um discurso que se constrói sobre uma lógica de intervalo, de lacuna e de antecipação — o pré-conceito como dispositivo. Interessa-lhe, basicamente, a forma de contar, a história e os elementos no seu interior, por esta ordem. 
O que parece estar sempre em cena, ou em causa, é o corpo, em rigor o único barómetro mensurável, o único lugar comum e último reduto da individualidade e da diferença — o lugar de todas as formas de dominação. A natureza, a animalidade, a caça, a guerra, são, finalmente, formas de (des)figuração de um medo original, de uma dobra escondida: o outro em nós. Porque, afinal, «o inferno são os outros». 
[Nuno Faria] 

Encontrarmo-nos perante uma obra de Pedro Valdez Cardoso é permitirmo-nos responder ao desafio do cruzamento e da dissolução, conscientes de que, dos vários processos de justaposição que vai promovendo na dinâmica construtiva própria do seu trabalho podem resultar momentos de maravilhamento que carregam sempre um peso, lembrando-nos que por detrás de uma máscara está sempre um rosto que é ele próprio, simultaneamente, sempre uma máscara. 
[Ana Anacleto] 

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