António Antunes, André Carrilho, Cristina Sampaio, João Fazenda,
Vasco Gargalo, António Maia, Henrique Monteiro, Rodrigo de Matos,
Cristiano Salgado, Nuno Saraiva, Pedro Silva
Curadoria e coordenação editorial de António Antunes
Introdução de Fernando Paulo Ferreira
Apresentação de Manuel Carvalho
Comentários de José António Lima
ISBN 978-989-568-012-2 | EAN 9789895680122
Edição: Abril de 2022
Preço: 14,15 euros | PVP: 15 euros
Formato: 17 x 24 cm (encadernado)
Número de páginas: 128 (a cores)
Com a Câmara Municipal de Vila Franca de Xira
Edição bilingue: português-inglês
«Se uma imagem vale por vezes mais do que
mil palavras, um cartoon pode valer muito mais
do que mil imagens.»
A palavra significa, a imagem revela, o cartoon vai às causas profundas e faz emergir pela sátira ou pelo humor o significado e a revelação do que é uma pessoa, um facto, um acontecimento. Não é sem razão que a imprensa e o jornalismo em
geral se aproveitam dos cartoons para explorar o seu potencial informativo. Se a notícia ou a reportagem tem de ser e parecer
séria, o cartoon é uma espécie de notícia ou reportagem à
solta, sem estribos, sem formalismos, inteiramente livre
sem poder deixar de ser radicalmente autêntico. Uma espécie de condimento especial que enriquece o jornalismo
e o torna mais vívido, intenso e atrativo.
[…]
Num país tantas vezes sisudo, avesso a riscos, embrenhado na ordem e na hierarquia ou subordinado ao respeitinho, os cartoons e os cartoonistas fazem mais falta do
que em outro lado. Ao tornar a seriedade artificial ou institucional risível, ao subverter a noção da respeitabilidade
pública ou política, ao exacerbar a hipocrisia pelo traço ou
o conservadorismo pela cor, eles ajudam a tornar o nosso
espaço público mais habitável e democrático.
[…]
Devemos muito aos cartoonistas, aos nossos cartoonistas. Nós, os jornalistas, mas também todos os que se divertem, refletem, indignam, protestam e criticam as suas
criações. Porque, em última instância, há no seu mester
um irreprimível instinto de liberdade, uma saudável propensão para demolir convenções ou, pelo menos, para as
causticar. Um mundo sem este instinto e sem esta propensão seria sem dúvida muito pior.
[Manuel Carvalho]
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