quinta-feira, 28 de abril de 2022

Cartoons do Ano 2021


Cartoons do Ano 2021 
António Antunes, André Carrilho, Cristina Sampaio, João Fazenda, Vasco Gargalo, António Maia, Henrique Monteiro, Rodrigo de Matos, Cristiano Salgado, Nuno Saraiva, Pedro Silva 

Curadoria e coordenação editorial de António Antunes
Introdução de Fernando Paulo Ferreira
Apresentação de Manuel Carvalho
Comentários de José António Lima

ISBN 978-989-568-012-2 | EAN 9789895680122

Edição: Abril de 2022 
Preço: 14,15 euros | PVP: 15 euros 
Formato: 17 x 24 cm (encadernado) 
Número de páginas: 128 (a cores) 

Com a Câmara Municipal de Vila Franca de Xira 
Edição bilingue: português-inglês


«Se uma imagem vale por vezes mais do que mil palavras, um cartoon pode valer muito mais do que mil imagens.» 



A palavra significa, a imagem revela, o cartoon vai às causas profundas e faz emergir pela sátira ou pelo humor o significado e a revelação do que é uma pessoa, um facto, um acontecimento. Não é sem razão que a imprensa e o jornalismo em geral se aproveitam dos cartoons para explorar o seu potencial informativo. Se a notícia ou a reportagem tem de ser e parecer séria, o cartoon é uma espécie de notícia ou reportagem à solta, sem estribos, sem formalismos, inteiramente livre sem poder deixar de ser radicalmente autêntico. Uma espécie de condimento especial que enriquece o jornalismo e o torna mais vívido, intenso e atrativo. 
[…] 
Num país tantas vezes sisudo, avesso a riscos, embrenhado na ordem e na hierarquia ou subordinado ao respeitinho, os cartoons e os cartoonistas fazem mais falta do que em outro lado. Ao tornar a seriedade artificial ou institucional risível, ao subverter a noção da respeitabilidade pública ou política, ao exacerbar a hipocrisia pelo traço ou o conservadorismo pela cor, eles ajudam a tornar o nosso espaço público mais habitável e democrático. 
[…] 
Devemos muito aos cartoonistas, aos nossos cartoonistas. Nós, os jornalistas, mas também todos os que se divertem, refletem, indignam, protestam e criticam as suas criações. Porque, em última instância, há no seu mester um irreprimível instinto de liberdade, uma saudável propensão para demolir convenções ou, pelo menos, para as causticar. Um mundo sem este instinto e sem esta propensão seria sem dúvida muito pior. 
[Manuel Carvalho]

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