quinta-feira, 3 de novembro de 2022

Ecofenomenologia Decolonial — Variações Fenomenológicas sobre a Alteridade

 

Ecofenomenologia Decolonial — Variações Fenomenológicas sobre a Alteridade
Alexandre Marques Cabral

Apresentação de Cristine Monteiro Mattar

ISBN 978-989-568-046-7 | EAN 9789895680467

Edição: Setembro de 2022
Preço: 15,09 euros | PVP: 16 euros
Formato: 14 × 21 cm (brochado, com badanas)
Número de páginas: 204
Colecção «Fenomenologia e Cultura» | Volume 3

Com o apoio do PRAXIS


Cristine Monteiro Mattar: «Este é um livro de desassossego: inquieta, desacomoda, tira o sono, impossibilita continuar vivendo como se vive. Desconforto indispensável para nos desanestesiar, deslocar, desabituar o nosso olhar acostumado e indiferente aos horrores das vidas dos/as Outros/as, mas também às vozes, ecoepistemologias, singularidades, espiritualidades.»



“O brasileiro é um povo alegre e cordial!” “Por aqui tudo acaba em samba!” “Não sou racista. Tenho até amigos/as negros/as. Minha tataravó era negra.” “Há democracia racial no Brasil, vide a miscigenação.” “Cota é mimimi, vitimismo.” “A empregada aqui em casa é como se fosse da família.” “Não tenho nada contra os gays. Só não precisam se beijar na minha frente, aí já é demais!” “Prefiro ter um/a filho/a morta/a ter um/a filho/a trans.” “O mundo está muito chato: já não se pode mais fazer piada sobre negros/as, gays, deficientes, travestis, mulheres, índios. Parece que tudo agora é racismo, misoginia, capacitismo, homofobia, transfobia, assédio.” “Seu cabelo é tão bonito, tão cheio. Como se faz para lavar?” “Isso é programa de índio.” “Tem que matar mais”. “Acho que não se devem eliminar e esquecer autores e teorias europeias somente porque agora há estudos decoloniais, com essa história de valorização dos saberes ancestral e dos povos originários. Como ficam a erudição e o acúmulo cultural dos últimos séculos? Não se pode jogar fora a água do banho com o bebê.” “O problema é apenas de classe, como afirma a sócio-história. Não tem nada a ver com gênero, raça, deficiência ou orientação sexual.” “Você me entendeu mal, não foi o que eu quis dizer.” “Desculpe, eu não sabia que isso era racismo, assédio, estupro, genocídio. As pessoas estão muito reativas hoje em dia.” “Não posso resolver o problema do Brasil.” 
Quantas vezes já presenciamos essas falas? O coronelismo colonial brasileiro se faz ouvir em toda a parte. Defende com garras e armas o heteropatriarcado da casa grande. 
[Cristine Monteiro Mattar]

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