Topomorphias
Jorge Martins
Textos de José Alberto Ferreira e Sérgio Mah
ISBN 978-989-568-047-4 | EAN 9789895680474
Edição: Outubro de 2022
Preço: 22,64 euros | PVP: 24 euros
Formato: 19 × 22,5 cm (brochado, com badanas)
Número de páginas: 112 (a cores)
Com a Fundação Eugénio de Almeida – Centro de Arte e Cultura
Edição bilingue: português-inglês
José Alberto Ferreira: «Criador ecléctico, inesgotável e inconformado,
como lembra Sérgio Mah no belíssimo texto que escreveu para apresentar
estas “geografias da forma”, na já longa carreira de Jorge Martins
permanece intocada a inquirição perante o acto de pintar, a busca
inquieta do pintável, do que na pintura é cor, matéria, luz e espaço.»
As obras reunidas nesta publicação foram escolhidas pelo artista seguindo um desejo prévio: o de conceber uma exposição
a partir da sua produção mais recente em pintura. Algumas obras remontam ao início dos anos 2010, mas a grande maioria
foi produzida após 2018, incluindo inúmeras obras realizadas durante
o período do surto pandémico. É, pois, revelador que, num tempo de
angústia, isolamento social e desencanto anímico, o artista não tenha
esmorecido a sua verve criativa. Pelo contrário, o volume e a qualidade
das obras patenteiam um fulgor inventivo que, contornando os constrangimentos do mundo exterior, compõem um imaginário pleno de
luminosidade e vitalidade estética. Sendo tão diversa a sua produção
artística, é prudente não nos limitarmos a considerações gerais, porque
subitamente iremos deparar com algo — uma obra, um tópico, um
indício — que nos conduz para uma perspectiva divergente. Importa,
pois, concentrarmo-nos nestas obras convocadas pelo artista, averiguar
a composição e os encadeamentos plásticos e conceptuais que animaram a sequência e a distribuição das obras pelos espaços expositivos.
[…]
Nesta selecção de pinturas encontram-se várias obras que partem
de uma nítida vontade de ocupar a superfície da tela, de a percorrer
num registo mais experimental ou reflectido, visando todas as direcções de forma rápida ou lenta, através da inventariação e de pontuações de cor variada ou através de traços rectos, curvos ou ziguezagueantes. O plano da tela é pensado como uma arena propiciadora de
acções, um palco aberto que espera e admite os movimentos de um
corpo expressivo. E é na acção contingente, e por vezes incerta e hesitante do corpo, que se encontra a intensidade e o nível de inscrição
deste gesto pictórico.
[Sérgio Mah]
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