Eu nem Sabia Que Marvila Existia Vários autores
Edição e organização de Fátima Tomé, Inês Sapeta Dias,
Maria do Mar Fazenda
Design gráfico de vivóeusébio
ISBN 978-989-9006-92-8 | EAN 9789899006928
Edição: Agosto de 2021
Preço: 15,09 euros | PVP: 16 euros
Formato: 13 × 21 cm (brochado)
Número de páginas: 216 (cadernos a cores)
Co-edição com o Arquivo Municipal de Lisboa
José Bragança de Miranda: «Eu nem sabia que Marvila existia. Não fazia
a mínima ideia. Sabia que havia o 39, acho eu… o autocarro 39 tem lá
escrito Marvila, foi a única coisa que alguma vez me levou a pensar em
Marvila. Mas imagino que seja igual a todos os outros espaços, onde as
pessoas vivem, se protegem, se jogam, se perseguem umas às outras, etc.»
José Bragança de Miranda — […] A Carla Filipe trouxe uma imagem de que gostei muito, do vegetal, o verde a
invadir a pedra e a destruí-la… presenças muito fortes da natureza no meio duma espécie de suburbanização geral. Esses
espaços têm interesse porque neles a natureza resiste melhor, as casas ocupam demasiado espaço. Eu, sempre que vou pelas
ruas e vejo o asfalto dobrado pelas raízes das árvores, sei que está tudo a trabalhar, está tudo a fazer o que tem de ser feito. A
terra está realmente a emergir contra tudo o que a história fez.
Maria Filomena Molder — Como aquela árvore a crescer no telhado de
uma casa que vimos no nosso passeio.
joana braga — A vegetação a tomar conta…
Maria Filomena Molder — Ah, mas a vegetação toma sempre conta, sempre.
Com a participação de moradores e de investigadores de diversas áreas de trabalho (como o urbanismo, a arquitectura, a filosofia ou a história), o livro propõe
um trajecto pela maior mas também das mais desconhecidas freguesias de Lisboa,
Marvila. O texto remonta às conversas entre estes diversos intervenientes, que tiveram lugar ao longo de dois anos em diversos bairros da freguesia, como se de uma
única conversa, sem princípio nem fim, se tratasse. Uma conversa que projecta na
paisagem do presente os múltiplos e complexos passados, e os futuros possíveis, de
Marvila. […] O texto-montagem resulta da edição e remontagem da transcrição
das intervenções em conversas que tiveram diferentes formatos: sessões de trabalho
informais realizadas na Biblioteca de Marvila, encontros organizados pela TRAÇA
em diferentes colectividades, e ainda as conversas tidas durante os passeios realizados por várias zonas da freguesia de Marvila, entre Fevereiro de 2019 e Março de
2020. A montagem segue o método do trajecto e o seu fio condutor foram as diferentes distâncias e proximidades ao tema-lugar onde todos estes encontros decorreram, como se de uma única conversa, sem princípio nem fim, se tratasse.
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